terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como melhorar seu marketing pessoal

Por Wagner Campos

Você já teve a oportunidade de fazer seu marketing pessoal algumas vezes. Provavelmente, você teve sucesso que dividir estes momentos entre sucessos e fracassos. Mas, se a divisão teve maior participação dos fracassos, está na hora de você melhorar seu marketing pessoal.



Então, preste atenção nas dicas que darei a seguir:

Você é o que acredita ser? Tem mais rótulo e embalagem que conteúdo ou vice-versa? Um bom rótulo pode colaborar para adquirirmos algo, mas se o conteúdo for ruim, o produto será descartado imediatamente, ou seja, você pode até ter impressionado em um primeiro momento, mas se não pode contribuir com nada, tenha certeza que é uma questão de tempo para que você seja "descartado".


Como você se diferencia da maioria? O que você oferece a mais? Quais as vantagens que uma empresa pode ter em contar com você na equipe? Toda empresa quer investir em profissionais que ofereçam retorno a este investimento (de tempo, financeiro etc). Analise o que você poderá proporcionar para a empresa, como em quanto tempo.

Quais são suas forças e suas fraquezas? Quais são seus pontos fortes que contribuem para você se diferenciar de seus concorrentes? Sua formação, experiência, fluência em idiomas, seu networking entre outros. E quais são seus pontos fracos? Em que você precisa melhorar? Tem dificuldades de falar em público, de se relacionar, ou possui pouca experiência? Como você lida com suas dificuldades? Os pontos fracos devem ser eliminados ou reduzidos, ou seja, identifique todos seus pontos fracos e desenvolva um plano de ação para superá-los. Já os pontos fortes devem ser potencializados, ou seja, veja como pode valorizar ainda mais seus pontos fortes e utilize os mesmos em seu favor.


Como você investe em seu tempo? Aprenda a definir prioridades e abrir mão de coisas ou projetos fúteis. Dedique-se a você, sua família e seu futuro. Organize-se! Se você nunca tem tempo para nada, provavelmente esteja desperdiçando tempo demais com algo desnecessário. Desapegue-se, seja flexível e administre seu tempo de forma mais produtiva.


Tenha conteúdo. Obtenha uma boa formação, participe de palestras, treinamentos, leia vários títulos de livros para se manter atualizado.



Cuide de sua saúde, utilize vestuário adequado e atente-se aos pequenos detalhes. Sua imagem pessoal também refletirá o profissional existente. Lembre-se do início deste artigo. É preciso ter rótulo e embalagem, mas também, muito conteúdo. Não adianta ter um excelente conteúdo se a embalagem e rótulo não contribuírem para criar o destaque inicial.


Lembre-se que você é o "produto" mais importante que venderá em toda sua vida. E como todo produto, possui um ciclo de vida de introdução, crescimento, maturidade e declínio. Caso tenha atingido a maturidade, faça como os produtos tradicionais. Inove constantemente para permanecer este estágio, pois, ao ir em direção ao declínio, o retorno será pouco provável.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Sociedade Contemporânea e o Marketing Político

A sociedade contemporânea se configura a partir do processo de transformações em todos os níveis: social, econômico, cultural e político dentre outros. Tais transformações são reflexos do processo de evolução da sociedade oriunda das revoluções científica, industrial e tecnológica.




Hoje vivemos no mundo das mídias, das tecnologias da informação e da comunicação. A sociedade está em rede e na cultura da virtualidade.



A revolução tecnológica propiciou grandes mudanças nos domínios da vida social e, sobretudo política, visto que as tecnologias da informação também influenciaram no campo político. Isto porque os sistemas políticos também precisam se apropriar de meios mais eficazes e modernos para difundir seus ideais e pensamentos, gerar competições e, de certa forma, tentar influenciar as massas. Contudo, entender essa evolução no campo da política, requer em primeira instância que se faça algumas considerações sobre os primórdios do marketing político.



Pode-se dizer que o marketing político não é uma criação do mundo contemporâneo. Ele existe desde a Antiguidade e se apresentava de forma mais simples. A configuração atual foi que se estruturou a partir do século XX.



Segundo Drummond (1996) “o que difere o marketing político de ontem do de hoje são as condições sócio-econômicas, políticas e culturais usadas e os meios adotados, agora representados pela complexa sociedade contemporânea industrial e pelas modernas técnicas de informação e comunicação”.



Na Antiguidade os recursos não eram tão avançados. As estratégias de marketing adotadas para difundir os princípios políticos e as doutrinas religiosas eram as propagandas políticas, as quais propiciavam contatos sólidos com a massa.



Destarte, fica evidente que a história do marketing político está associada ao desenvolvimento das propagandas, as quais procuram criar, transformar e impor sentimentos, opiniões e condutas. Todavia, graças à evolução dos meios e campos de ação e, principalmente devido às transformações societárias, o marketing político evoluiu, atingindo uma maior abrangência e complexidade.



Mas afinal, o que é marketing político?



Segundo Figueiredo (1994) “marketing político é um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um (a) candidato (a) do seu eleitorado potencial...” .



Com esta conceituação fica evidente que marketing político não se limita a simples propaganda. Vai muito além do que isso é estratégia pensada e planejada antecipadamente e que requer uma série de instrumentos e/ou critérios, dentre os quais: análise geral do cenário social, sobretudo o político, análise da vida dos adversários e perfil, bem como os anseios do eleitorado, realização de pesquisas não só quantitativas mas também qualitativas (pesquisas de opinião) e por fim, comunicação.



Assim fica claro que o marketing político tornou-se ferramenta indispensável no campo da política como um todo.



Atualmente torna-se quase impossível pensar em processo eleitoral sem um bom marketing político por trás.



O marketing político nos dias atuais se configura como uma atividade profissional que requer multidisciplinariedade. Nesse sentido, as equipes que assessoram os candidatos, são formadas por uma gama de profissionais das mais diversas áreas com o objetivo de planejar adequadamente todas as estratégias a serem postas em prática numa campanha eleitoral.



As campanhas eleitorais deixaram de ser baseadas nas simples intuições e palpites aleatórios e se transformaram em um amplo espaço de discussões, planejamento e pesquisas com fins táticos. A distribuição de “santinhos” e as exibições de nomes e partidos de candidatos pichados nos muros das casas não são mais suficientes



Uma campanha vitoriosa requer a estruturação de todo um aparato físico e humano. Faz-se necessária não só a existência de planos estratégicos, mas também, a estruturação de mão-de-obra especializada em propaganda, bem como, a criação de um processo de avaliação da campanha.



Vale ressaltar que não apenas o marketing político é fundamental mas, todo e qualquer tipo de marketing, pois este permeia as nossas vidas seja no âmbito político, cultural ou comercial como ilustrado no artigo “a fábrica do desejo” do autor Franck Mazoyer, publicado no jornal Le Monde Diplomatique Brasil, o qual retrata o marketing no mundo do mercado.



Por outro lado, não podemos perder de vista um ponto crucial: a estratégia de marketing deve ser bem elaborada discutida e refletida com o intuito de analisar se o alvo desejado terá a possibilidade de ser atingido da forma adequada. Em muitos casos o marketing político pode ser interpretado às avessas ou expressado de forma negativa, o que tende a derrubar um candidato, ou transmitir uma imagem desfavorável, que a depender da mudança de estratégia implementada poderá ou não reverter e/ou maquiar a imagem previamente criada.



No documento “Fahrenheit 11 de Setembro” (Michael Moore) nota-se o uso de um marketing político negativo. A princípio as redes de televisão projetaram George Bush como candidato eleito à presidência dos EUA, em detrimento do favoritismo do também candidato Al Gore.



Diante de manipulação e de fraudes Bush foi eleito a contra-gosta da população. Sua imagem política ficou em baixa e sua popularidade na estaca zero.



Após os atentados de 11 de setembro de 2001, Bush se aproveitou do clima de tensão na sociedade americana e criou um clima de medo constante, ao divulgar a possibilidade de novos ataques terroristas ao país. Com o discurso de que iria proteger “o seu país” passou a receber apoio popular.



O fato ocorrido ilustra perfeitamente uma das grandes estratégias do marketing político: a manipulação. Em muitos casos, se distorce a imagem do real ou até mesmo a postura de um candidato ou representante político, em função de que o objetivo deste seja alcançado.



Comunicação: um instrumento essencial para a efetivação do marketing político



Comunicação é tudo. É a peça fundamental para a difusão do marketing político nas campanhas eleitorais.



Na sociedade contemporânea onde há o predomínio da cibernética e da robótica, em suma das tecnologias da informação e da comunicação, o marketing político tem se apresentado com uma nova roupagem: mais moderna, eficiente e bastante diversificada.



O marketing político na sociedade contemporânea se apresenta de forma digital.



Nas campanhas políticas alguns candidatos têm se apropriado do uso do “blog” como uma ferramenta para a difusão de suas idéias e propostas de governo, bem como, para a promoção de uma interatividade expressa pela configuração de espaços de debates virtuais.



Além disso, vem sendo utilizado outros instrumentos tecnológicos como celulares e wallpaper mobile para a divulgação da imagem do candidato na sua campanha política. Sites de relacionamento, como por exemplo, o orkut também vem sendo utilizados com esta finalidade.



A internet vem se constituindo em uma excelente ferramenta da comunicação para os candidatos e seus marketeiros. Todavia, vale lembrar que a internet não é uma mídia de massa. Muitas vezes, as pessoas estão conectadas “navegando” por coisas inúteis. A televisão ainda é o principal veículo de comunicação, dominação e manipulação coletiva. É a mídia das massas.



Contudo, diante das transformações ocorridas em todo o meio social, principalmente no que se refere aos avanços tecnológicos, a tendência é a de que o marketing político digital atinja, aos poucos, outras camadas da população.

Considerações finais:



O marketing político, portanto, surge como um instrumento capaz de evidenciar o candidato de forma planejada, utilizando técnicas, estudo e os diversos meios de comunicação.



Nesse contexto, a atuação do gestor público é algo fundamental para o desenvolvimento do marketing político, uma vez que, o exercício de sua profissão implica diretamente na visão político da sociedade.



Referências bibliográficas:



CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: A era da informação, a sociedade e a cultura. 4ª. Ed. Trad. Klauss Brandini Gerhardt e Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2000.(V. 01).



DRUMMOND, Kátia Mattos. Marketing eleitoral. Planejamento e ação. Salvador: Ruído Rosa, 1996, p. 17-39.



FIGUEIREDO, Rubens. O que é marketing político. São Paulo: Brasiliense,1994. (Coleção Primeiros Passos, v. 289).



MARKETING Político.

Disponível em: < http://www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/mktpol.htm.>. Acessado em 1º de setembro de 2007.



SILVA, Valdir Roberto da. Marketing político. Disponível em: www.portaldomrketing.com.br/Artigos/Marketing%20político.htm.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desculpe ou desculpa?

Artigo escrito por Gustavo Rocha
O título não é uma pegadinha de português.

Normalmente usamos o desculpe no significado de desculpar-se de algo que fizemos e queremos perdão.

Quando usamos desculpa, queremos dizer algo para fugir, não cumprir aquilo que foi ou está sendo pactuado.

O Perdão é o mais nobre dos sentimentos. Precisa de muito amor, verdade e autoconhecimento para perdoar alguém de coração.

Desculpar-se no universo corporativo é fundamental.

Somos falíveis, as vezes erramos, somos grosseiros com pessoas queridas, somos ríspidos, enfim, agimos diferente da nossa conduta habitual.

Se erramos, pedimos desculpa e pronto. Certo?

Errado!

Pedir desculpas não é o suficiente. Devemos tentar reparar o erro. Compensar a pessoa se for possível.

Agora, se não for possível reparar, olhe bem nos olhos da pessoa que cometeste a injustiça e diga: “Errei. Me desculpe. Você pode me perdoar?”

Se você foi o injustiçado, aceite de coração o pedido de desculpas. Não é fácil pedir perdão a alguém. É um gesto nobre, de coração. E mais, se for sincero o pedido, podes ter certeza que perdoar fará do perdoado um amigo verdadeiro.

Esta é uma das facetas da desculpa.

A outra é muito, diria largamente utilizada nas empresas: Desculpas.

Desculpa para não cumprir no prazo;

Desculpa para chegar mais tarde;

Desculpa para sair mais cedo;

Desculpas.

Por óbvio, ululante, diáfano que ao errar, chegar atrasado ou sair mais cedo fornecemos motivos.

Uma coisa é o motivo. Outra é a desculpa.

O motivo é aquele utilizado vez em quando, quase nunca, já que somos conscientes da obrigação que temos e assumimos. Desculpa, é quando qualquer motivo é motivo para não trabalhar.

Analise seus motivos, seus porquês, seus sonhos.

Está descontente com o trabalho? Procure outro!

Acha o salário baixo? Estude, seja diferente, crie!

Sente-se menor que os outros? Veja se está mesmo ou se não é coisa da sua percepção.

Afinal,

Desculpar-se sim, desculpas, não!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Redes Sociais: Você está preparado?

As redes sociais são a mídia do momento. Artigos, reportagens, não importa onde, só se fala disto.

Traça-se paralelos entre as redes sociais e o mercado de trabalho, redes sociais e o marketing jurídico, redes sociais e a nova forma de comunicação da sociedade.

A reflexão que ecoa em todas as perguntas é: Estamos preparados?

Talvez sim, talvez não.

Estar preparado para as redes sociais significa muito mais do que estar com a sua marca nas redes e atualizar periodicamente.

Significa interagir com outros nas redes;

Significa monitorar o que é debatido e interagir;

Significa dedicar tempo e assuntos com foco nas redes e para as redes;

Você faz isto ou apenas atualiza?

Atualizar é imperioso, contudo não resolve tudo.

Sem interatividade a rede fica monótona, vazia, sem qualquer sentido.

O importante é se tornar conhecido das pessoas pela interatividade, pensamento, atualizações e visões sobre os fatos do dia a dia.

Isto mesmo! Fatos do dia a dia.

As redes estão cheias de pessoas vazias, é verdade.

As redes estão cheias de pessoas querendo apenas fama, é verdade.

As redes estão cheias de pessoas com interesses pessoais, é verdade.

Mas, apenas isto é verdade?

Claro que não!

As empresas cada vez mais optam pelas redes como forma de se relacionar com o seu público alvo, com o seu mercado.

Repito, não basta atualizar. Tem que interagir. Tem que ouvir o cliente.

Você está preparado para ouvir o cliente e lhe responder em tempo real?

Você está preparado para monitorar críticas e sem brigas e discussões resolver as situações?

Você está preparado para toda esta interatividade?

Em caso positivo, parabéns, você está preparado para as redes sociais. Caso negativo, pense bem. O futuro da sociedade passa pelas redes sociais e sua empresa depende disto…

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – www.gestao.adv.br
blog.gestao.adv.br
gustavo@gestao.adv.br

Todos direitos reservados.


FONTE/ORIGEM => http://blog.gestao.adv.br/

As mídias sociais e o novo modelo de recrutamento

O artigo da Fernanda Fabian ilustrou muito bem como as pessoas podem perder seus empregos usando as mídias sociais de forma inadequada, porém existe o outro lado. As mídias sociais vêm se tornando uma ferramenta muito eficaz tanto para recrutadores como para quem está em busca de um novo emprego (ou do primeiro).
Quando estamos em busca de um novo trabalho o que nos vem à cabeça em primeiro lugar é procurar uma agência de recrutamento, porém, essa opção resulta em entrar em uma fila e concorrer com centenas de pessoas que tiveram a mesma idéia que você. No entanto se você é um profissional antenado com as novas tendências deve ter percebido que as mídias sociais estão se tornando o lugar ideal para mostrar o seu talento e dar o pulo do gato em relação a uma vaga de emprego.

O desafio para quem está buscando uma nova vaga de emprego é saber construir online a sua marca pessoal. As mídias sociais oferecem algumas tecnologias que se usadas corretamente vão levá-lo de encontro ao tão sonhado emprego.

Em minha opinião não existe nada mais poderoso do que um blog para criar uma marca pessoal na internet. O blog pode destacar seus valores, suas habilidades, sua criatividade, seu conhecimento e sua capacidade de interação social. Além disso, ele pode ser integrado com outras mídias sociais como o LinkedIn, por exemplo, o que te coloca em contato direto com recrutadores do mundo todo.

Para as empresas, usar as mídias sociais como ferramenta de recrutamento está tornando-se uma prática bastante comum. As organizações que possuem políticas de recrutamento online estão economizando milhares de dólares em taxas de recrutamento e contratações contornando as empresas de headhunting e encontrando os candidatos diretamente nas redes sociais.

Um exemplo disso é um atributo do LinkedIn chamado “LinkedIn Recruiter“, desenvolvido pela SAP, que permite que as empresas rastreiem na Web os talentos de acordo com a análise de critérios como habilidades, idade, sexo e até mesmo a interação social. Muitas companhias têm economizado milhares de dólares com esse novo modelo de recrutamento. No Brasil não só o LinkedIn mas redes sociais como o Twitter, Orkut e Facebook, assim como os blogs são enormes bancos de dados que vem crescendo de forma exponencial e servem como fonte de informações para contratar novos funcionários.

As mídias sociais estão norteando uma mudança no modelo de recrutamento atual utilizado pelas empresas e todas as evidências apontam para um caminho onde as companhias que fazem a mediação entre candidatos e contratantes deverão mudar o seu modus operandis ou arcarão com as consequências.

O que determina a influência no Twitter?

mídias sociais são consideradas uma revolução na comunicação, isso devido ao fato de serem democráticas. Qualquer um com acesso a internet pode utilizar essas mídias e influenciar pessoas o que qualifica o marketing em mídias sociais como uma forma de boca a boca ou marketing viral. Nesse novo cenário, os modelos mercadológicos tradicionais perderam seu valor, os consumidores deixaram de ser uma estatística e passaram a ser indivíduos com preferências e atitudes.


A mídia social é o local onde se encontra um novo tipo de consumidor, que possui um papel mais ativo. É o espaço onde não só as grandes empresas têm o poder de criar conteúdo e formar opiniões, mas sim, dividem essas funções com os indivíduos presentes nesses ambientes online, onde todas as ações geradas pelas marcas são necessariamente complementadas pelas ações geradas pelos usuários, ou seja, não há controle das conversações mas é possível influenciá-las.


Os influenciadores nas mídias sociais fazem parte de uma meio onde não existem posições formais e as posições estabelecidas devem ser consolidadas diariamente, afinal as pessoas precisam de um motivo para segui-lo, caso esse motivo deixe de existir existem milhões de pessoas que estão somente a um clique de distância.


Nesse ecossistema as pessoas são vistas de acordo com o valor agregado de suas ações e mensagens, não se trata apenas de números. Muitos usuários do Twitter possuem inúmeros seguidores, porém, são poucos que conseguem ser retweetados de maneira significativa. Por outro lado existem aqueles que conseguem realmente prender a atenção das pessoas, como é o caso do @revrunwisdom, que é provavelmente uma das pessoas mais influentes do Twitter, isso devido ao fato de ele ser o usuário mais retweetado de todos os tempos. Por que ele é tão influente? O que faz as pessoas serem multiplicadoras e difusoras espontâneas de suas informações? Como podemos definir e reconhecer quem são os influenciadores nesse meio? Um grande número de seguidores não se converte em influência? Por que? Está aberta a discussão.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Memória mercadológica

O motivo é que toda marca ou produto traz alguma sensação ou um sentimento que pode ser negativo ou positivo

Por Paulo Araújo

Responda rápido: qual é a cor do "S" da Perdigão?

Vermelho?! Sinto muito, resposta errada! A palavra Perdigão não tem a letra "s".

Mas dificilmente você não pensou na cor vermelha. E por que isso?

O motivo é que toda marca ou produto traz alguma sensação ou um sentimento que pode ser negativo ou positivo.

Essa lembrança é o que chamo de memória mercadológica. Vamos ver abaixo como podemos iniciar o processo de venda desde cedo na mente do cliente e assim sair na frente da concorrência.

Sensações e sentimentos. Pesquise junto ao seu cliente que tipo de sensação ou sentimento lhe desperta ao lembrar-se da sua marca ou produto. Nós pensamos em forma de imagens e não em palavras, por isso todo cuidado é pouco quando o assunto for comunicação, propaganda ou publicidade. A forma como a sua empresa se comunica com o seu público é sempre o início da relação comercial futura que a sua empresa pretende ter com o cliente. Por exemplo: nada mais irritante do que a concessionária de veículo que propaga que faz a melhor avaliação do seu carro usado. Aí você pega o seu carro, a sua intenção de compra e junto com o seu tempo e energia aguarda pacientemente todo aquele processo. É incrível a quantidade de vezes que fiz isso e obtive nem a melhor e nem a segunda melhor avaliação do meu carro. Ponto para a concessionária concorrente.

Atendimento e experiência de consumo. O atendimento somente será bom se a experiência de consumo for inesquecível. Chega de confundir bom atendimento com atenção e cortesia. Isso é o básico! Não tem nada de diferente. Quem quer comer fast food está atrás de bom preço, rapidez e praticidade. Não está preocupado com um jantar a luz de velas. Mas que tal bolar alguma coisa para entreter as crianças que esperam ansiosas com seus pais na fila. Qual empresa não deseja ter clientes leais, vender com lucro e ainda receber indicações dos clientes atuais? Todas querem, mas para isso é preciso criar e insistir em tornar o processo de compra algo inesquecível! Não estou falando de brindes e paparicações sem fim, estou falando de algo inusitado. Veja o exemplo do hotel Crowne Plaza que fica em Copenhague, na Dinamarca. O hotel conectou bicicletas ergométricas a geradores e assim os hóspedes que se exercitam produzem eletricidade. Investindo na própria saúde e ao gerar 100 watt/hora o hóspede-atleta recebe como prêmio uma refeição no valor de aproximadamente $60,00 ou por volta de 27 euros. Pedala Robinho!

Posicionamento e investimento na marca. Não basta somente fazer anúncios bonitos é preciso aliar a sua marca a uma causa. O apelo é sempre o mesmo: preço - qualidade - serviço. São poucas as empresas que conseguem ganhar a simpatia do cliente pelo motivo de mostrar a que veio, para que existe. Antes da fusão o banco ABN Real sempre focava na questão de um banco socialmente responsável, inclusive com ações voltadas a terceira idade. A Toyota trabalha forte na produção de carros ecologicamente corretos, inclusive já conta com alguns modelos em seu portfólio. Entenda que quando falo em causa, não precisa ser necessariamente algo ligado ao social ou a ecologia. Podemos pensar em fabricar alimentos saudáveis, produtos que contribuem com a educação e aumento da cultura das pessoas, entre outros tantos exemplos. O importante é vivenciar a missão da empresa, tirar as palavras do papel e torná-las realidade.

O assunto é vasto e interessante e neste artigo apresento pequenas dicas para que independente do tamanho da sua empresa você possa refletir e criar mecanismos e ações para que esteja onde estiver, ao lembrar da sua marca o cliente tenha sempre aquela sensação de que fez ou irá fazer um bom negócio.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Redes Social para advogados

Gustavo Rocha
Recentemente a OAB de São Paulo, numa iniciativa louvável, informou a criação de uma comissão especial, denominada Comissão Web Advocacia. Seu primeiro ato será criar uma rede social exclusiva para advogados similar ao linkedIn e Facebook, bem como um twitter específico para advogados.

A ideia merece aplausos pelo seu ineditismo, coragem e inovação.

Precisamos de muito mais, mas este é um caminho importante, pois demonstra o interesse da OAB, como instituição, modernizando a advocacia.
Existem projetos bem interessantes neste sentido, como é o PROMAD – Programa de Modernização da Advocacia, onde até um software de gestão pode ser utilizado por 6 meses de forma gratuita.

Contudo, devemos analisar estas mudanças sob olhos atentos da realidade, visão estratégica e principalmente mercado.

Em relação a realidade, a advocacia como um todo PRECISA se modernizar, mas quem está efetivamente se modernizando é o judiciário. A advocacia precisa acompanhar, estar atenta a todas as mudanças e principalmente PARTICIPAR destas mudanças.


No campo visão estratégica, precisamos municiar os advogados com o que há de mais moderno em gestão. Devemos como instituição darmos mais cursos, palestras, enfim treinar os advogados a perceberem que o mercado está mudando.


Sistematicamente tenho feito palestras, cursos e seminários. Recentemente fui convidado e aceitei com muito carinho dar uma aula no curso de Gestão Estratégica de Escritórios de Advocacia e Departamentos Jurídicos na Unisinos em Porto Alegre/RS. Será mais uma oportunidade de demonstrar aos advogados o quanto precisamos evoluir e nos conscientizar da tecnologia e gestão na carreira jurídica.

Tudo isto se deve ao terceiro motivo: mercado.


O mercado está com uma visão empresarial, competitivo, mais voltado a resultados. Precisamos adequar uma boa gestão interna com a tecnologia para o sucesso ser garantido.


E você? Como está a sua percepção do mercado?


As redes sociais são uma enorme oportunidade ainda desprezada por muitos profissionais.

São gratuitas, de simples manejo e mais, atingem um público permamente, sempre.



Como assim? Você pode se perguntar.



Simples, ao escrever um artigo, colocar um pensamento, etc nas redes sociais, elas ficam disponíveis para consulta para sempre. Daqui a pouco, alguém poderá lhe conhecer por uma ideia que você escreveu há mais de um ano.



A ideia da OAB será muito útil se compartilhar dados com o mercado, ou seja, se for um instrumento que esteja colaborando com os advogados na divulgação do conhecimento, sabedoria e visão do direito que cada profissional possui.



Vamos transformar a sociedade através de nossas atitudes!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As empresas e o marketing digital

Ricardo Prates

O marketing na internet contempla um conjunto de atividades com o objetivo de promover, anunciar ou dar suporte aos serviços e produtos oferecidos pelas empresas. Para obter sucesso, as empresas devem oferecer uma experiência online superior ao cliente, oferecendo conteúdo relevante, interagindo em tempo real, tomando decisões mais rapidamente e aperfeiçoando o desempenho dos negócios.

O marketing online é um conjunto de ações realizadas na internet que visam ampliar os negócios das empresas, fortalecer sua marca no mercado, conquistar e fidelizar clientes e gerar negócios. Através de um site as empresas podem implementar estratégias interativas de relacionamento com os usuários proporcionando uma maior afinidade e fidelização. Diferentes ações de publicidade online permitem às empresas divulgarem seu site criando nele uma audiência qualificada de usuários com potencial para se tornarem clientes.

O marketing digital permite que as empresas aprimorem o relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de comunicação digital, como o e-mail marketing, ou então estratégias interativas, como foruns ou enquetes, proporcionam uma aproximação dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços. É o primeiro passo para a compra.

Emrpesas de todos portes e segmentos devem utilizar a internet como uma ferramenta de marketing pois dessa forma poderão ampliar seu mercado e promover mais negócios, além de reduzir custos. Apesar dos grandes anunciantes terem muitos recursos adicionais à disposição, as pequenas empresas são as mais beneficiadas com o marketing e a publicidade online poque podem, com pouco investimento, utilizar diversas ferramentas para divulgar e vender seus produtos ou serviços online. Campanhas de publicidade na internet proporcionam resultados eficientes a curto, médio e longo prazo. Apesar da facilidade de uso, para uma empresa obter sucesso através do marketing an web é preciso planejar de forma eficiente seu posicionamento e as ações. A possibilidade de segmentação é uma das principais características e vantagens da publicidade online. Planejando adequadamente as estratégias a serem adotadas e implementando-as de forma segmentanda (focando o público que deseja atingir) os custos para conquistar clientes se tornam menores.

A internet evoluiu e passou a integrar a vida das pessoas. O mesmo ocorreu definitivamente para as empresas que hoje já não cogitam mais a possibilidade de não terem um site. Ou uma loja virtual. Estabelecer presença no meio eletrônico passou a ser imprescindível nos planos de marketing das empresas. Porém mais do que apenas ter um site, o marketing online veio revolucionar a forma de se fazer negócio e de aprimorar o relacionamento com clientes. Através da internet uma empresa expõe seus produtos/serviços e se comunica com seus clientes 24 hs por dia, os quais podem buscar informações ou produtos, comparar preços e fazer compras a qualquer hora do dia, sem a intervenção de um vendedor, sem a necessidade de uma estrutura física.

A internet está mudando o Marketing e também a forma de se fazer negócios.

* Ricardo Prates Morais é editor da emarket News e consultor da emarket, agência de marketing e publicidade online.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A importância da imagem marca em eleições majoritárias

A imagem política pode ser comparada aos rótulos que revestem os produtos, a imagem marca de uma pretensa identidade diferenciada que pode indicar tradição ou quebra dessa tradição e indicador do novo; confiabilidade; qualidade; competência administrativa, ou outros atributos que se mostrem necessários para aquele personagem de acordo com as pesquisas de opinião e da análise conjuntural dos problemas sociais em evidência. Seja qual for a estratégia, a composição da imagem torna-se um processo complexo, pois o modo de representação deve manter um certo grau de permanência e coerência.

Entende-se aqui, o conceito de imagem marca, no domínio da política de imagem, como um processo planejado intencionalmente na construção do perfil de um personagem posto a exposição na esfera pública com a finalidade de conquistar a adesão dos destinatários (eleitores), em meio à disputa de sentidos e ofertas simbólicas dos concorrentes. Para o marketing comercial, a marca e o produto devem ser indissociáveis, por isso o cuidado excessivo das equipes publicitárias dos políticos com o risco de contradição.

Uma vez estabelecida, a imagem marca de um “personagem” político, se faz necessário, uma re-alimentação desta a fim de garantir a continuidade desta marca, mas é preciso contar ainda com acontecimentos inesperados com o fator surpresa, o imponderável, que pode desestabilizar uma imagem marca.

Um fator que pode causar danos ao sucesso de uma imagem é o ato falho do próprio portador da imagem marca, que em seu discurso, por determinado motivo, através de palavras, comportamento ou gestos, pode comprometer a imagem criada. Outro fator é exatamente as mutações nos cenários de representação da política. Os temas agendados pela mídia podem neutralizar ou validar a imagem de um candidato. Existe ainda o fator relacionado às manobras dos opositores que atuam como contra faces das imagens marca.

É importante frisar que em casos de políticos que constroem carreira ao logo de anos no cenário político, a confirmação de uma imagem marca apresenta-se mais apta a enfrentar o imponderável, uma vez que as falas do político ficam registradas pela mídia e os cenários de representação modificam-se ocasionando o paradoxo entre a confirmação ao mesmo tempo da necessária transformação (para a adaptação a novos contextos) da imagem construída.

Assim sucedeu com a imagem marca do atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva, detentor de uma imagem pública atuante no cenário político por mais de duas décadas, desde 1975 quando se elegeu presidente sindicalista, atuando a frente das reivindicações salariais dos metalúrgicos de ABC paulista, passando por 1989, quando pela primeira vez concorreu ao cargo de presidência da república até 2002 quando depois de quatro tentativas sucessivas, finalmente elegeu-se presidente da república.

Além dos ideais, que se modificaram no decorrer dos anos, os cenários de representação política em quais atuava a imagem de Lula, passaram por transformações cruciais que requeriam novas posturas por parte de Lula. É evidente que na década de setenta a “causa” era extremamente distinta do ideário de um candidato à presidência da república.Contudo, mesmo durante as quatro eleições, no período de 1989 a 2002, perceptíveis transformações demarcaram as candidaturas do petista.

Em 1989, por exemplo, Lula foi apresentado como o candidato dos trabalhadores, esquerdista, defensor de uma classe social específica, e representante de reformas e de projetos socialistas. Já em 2002, a proposta seguiu a tendência dos partidos políticos de aproximar-se do centro ideológico, mostrou se menos radical e apresentou-se como umcandidato de todas as classes, com um discurso direcionado ao crescimento econômico e defensor e assegurador da continuidade de propostas positivas implementadas pelo governo.

A imagem marca do discurso de Lula em 1989, estava centrada em ideais e propostas diferenciadas, já em 2002 essa imagem marca estava situada na pessoa do próprio candidato, na esperança que sua imagem suscitava nos eleitores. O slogan de campanha, “A esperança venceu o medo”, incutia o sentimento otimista da campanha e refletia o próprio amadurecimento do candidato e do PT.

Vale ressaltar que em 1998, por exemplo, na disputa pelo cargo com Fernando Henrique, as modificações efetuadas nas estratégias da campanha petista, repercutiram de maneira negativa para a imagem de seu candidato. No intento de demonstrar amadurecimento e novas propostas, as estratégias foram entendidas e disseminadas pela mídia como sinais de fragilidade, falta de identidade identidade de compromisso com seus princípios partidários. Ao utilizar, por exemplo, a cor branca com mais freqüência do que o vermelho nos comerciais veiculados no HGPE (Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral), ou as alterações na aparência visual de Lula suscitaram criticas da mídia e dos adversários.

Outro fator que merece atenção particular é o cenário de representação vigente, os enquadramentos dados pela mídia a determinados temas expostos ao debate público. As propostas e o discurso do candidato devem estar em sintonia e mesmo tempo dominar a cena de discussão pública.

Um exemplo de perfeita sintonia entre o discurso do candidato e o CRP dominante se deu em 1989 com a candidatura de Fernando Collor de Melo, sua imagem marca era a de defensor das camadas mais carentes da população e perseguidor da corrupção. Como “O caçador de Marajás”, Collor adentrou o imaginário de uma sociedade que sofria com as penalidades da corrupção, um povo que carecia de um herói que pudesse salvar o país. O cenário vigente na década de 80, também favoreceu a consagração da imagem marca de um líder moderno, jovem, empreendedor e herói.

Outro exemplo, do apelo a imagem marca foi à meteórica ascensão e queda da figura política de Roseana Sarney, pré-candidata às eleições presidenciais 2002. A governadora do Estado do Maranhão, filha do expresidente José Sarney, em poucos meses de campanha, ainda em 2001, virou a estrela da disputa presidencial chegando ao segundo lugar nas pesquisas eleitorais.

Sua presença nas eleições indicava a possibilidade de pela primeira vez na historia o país ser governado por uma mulher. Todo sentimento que uma presença feminina poderia despertar foi aos poucos suscitado nas aparições de Roseana. Como não poderia deixar de ser, ressaltada a história de sua vida pessoal se entrelaçava a de sua carreira política.

Como candidata pelo PFL, Roseana teve amplo espaço na mídia, de acordo com dados da revista Veja9, foram setenta inserções em rede nacional e 250 em redes regionais, mas em seus comerciais, a candidata não discursava nem criticava seus opositores, apenas aparecia como uma mulher dinâmica, jovem, bonita, sorridente. Faltava consistência em sua campanha, mas, sua rápida ascensão nas pesquisas mostrou a relevância da imagem pública.

A candidata foi nomeada pela mídia como “O fenômeno Roseana”, com aceitação em todas as camadas sociais e em diferentes regiões do país. O que não se revelou suficiente para sua permanência na disputa diante das acusações de corrupção e fraude envolvendo a empresa e o nome de seu marido Jorge Murad. Diante do escândalo, a rapidez na ascensão da imagem de Roseana, se repetiu na queda de sua candidatura. As eleições presidenciais de 2002 foram marcadas pela visibilidade pública, pelo amplo espaço, sobretudo na Televisão, aberto a disputa de sentidos e de imagens. A desastrosa experiência da candidata do PFL reflete a exacerbação e a intensa fluidez de imagens e marcas no campo da política.

4 Conclusão

O sucesso de um político, na sociedade contemporânea depende diretamente da visibilidade pública e repercussão positiva de sua imagem no cenário público. Na prática do marketing político, toda e qualquer mensagem precisa ser meticulosamente planejada, isso se estende também ao discurso desde as palavras utilizadas, como a tonalidade destas, a gesticulação e expressão facial do candidato.

A imagem marca constitui referência identitária na política numa sociedade marcada pela era da imagem e da publicidade e de uma prática política que se realiza nos padrões de comunicação configurados pela linguagem midiática.

Em períodos de disputas eleitorais, até mesmo a escolha dos candidatos é direcionada de acordo com fatores de caráter publicitário, além de capacidade administrativa, experiência política, os partidos tomam como referência também atributos pessoais, como o carisma e identificação popular na indicação de seus candidatos, da mesma forma que os eleitores fazem suas escolhas políticas.

5 Bibliografia

ALBUQUERQUE, Afonso de, & DIAS, Márcia Ribeiro. Propaganda Política
e a Construção da Imagem Partidária no Brasil: Considerações Preliminares, 2000 – www. cienciapolitica.org.br

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

“A complicada arte de ver”

Rubem Alves

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta… Os poetas ensinam a ver”.

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”. Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam… Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas”.

Por isso – porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver – eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos”…

O texto acima foi extraído da seção “Sinapse”, jornal “Folha de S.Paulo”, versão on line, publicado em 26/10/2004.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Marketing Digital | Publicidade online vai passar jornais e empatar com TV até 2014

Em 2014, não haverá distância entre receitas publicitárias voltadas à internet e à televisão. As duas plataformas devem faturar mais de US$ 100 bilhões naquele ano, de acordo com pesquisa divulgada pela consultoria PricewaterhouseCoopes (PwC).

O relatório também traz outro dado importante. Até 2014, a publicidade em internet irá superar em muito o meio impresso. A web deve movimentar US$ 34,4 bilhões em anúncios, enquanto jornais e revistas ficarão com apenas US$ 22,3 bilhões. O estudo é parte do Global Entertainment & Media Outlook 2010-2014, produzido pela própria PwC. Os dados são organizados em quatro regiões: América do Norte, Europa-Oriente Médio-África, Ásia-Pacífico e América Latina.

América Latina é a região que apresentará crescimento mais acelerado nos próximos cinco anos. O mercado no continente deve crescer a taxas de 8,8% ao ano e alcançar a marca de US$ 77 bilhões em 2014. Enquanto isso, o crescimento médio no mundo será de 5% ao ano, segundo a PwC.

A chave para esse crescimento, aponta a consultoria, é mesmo a internet. Os gastos com acesso à rede (tanto móvel quanto cabeada) no mundo saltarão de US$ 228 bilhões em 2009 para US$ 351 bilhões em 2014. Já o mercado de videogames deve crescer de US$ 52,5 bilhões no ano passado para US$ 86,8 bilhões em 2014. O crescimento do segmento, de 10,6% ao ano, será o mais acentuado depois da publicidade na internet, segundo a PwC.

Fonte: Adnews

O que é Marketing Digital

O que é Marketing Digital


Diego Alves Jacob*

Uma das principais ferramentas para que um trabalho empresarial seja bem sucedido depende do marketing. Sabemos que sem um planejamento estratégico com ações altamente focadas em resultados, dificilmente alcançará vantagem competitiva para o sucesso.

Inserido em um mundo altamente digital as informações mudaram dos catálogos impressos ou dos jornais em papel para sites de e-commerce e blogs. A tecnologia a entrou em todas em nossas vidas/negócios sem pedir licença. Depois do e-business e dos cartões eletrônicos, chega o marketing digital.

Mas afinal, o que é Marketing Digital?

Para alguns autores:

``Marketing Digital é a prática de promoção de produtos e serviços utilizando banco de dados baseada em canais de distribuição para atingir os consumidores de forma atempada, relevante, pessoal e custo/benefício e campanhas que utilizam, Blogs, Tv Digital, Mobile Marketing, Bluetooth Marketing´´.



Simplificando é um conjunto de ações realizadas na internet que visam ampliar os negócios das empresas, fortalecer sua marca no mercado, conquistar e fidelizar clientes e gerar negócios através de um Site, Twitter, Facebook, Blogs e etc. Dessa forma as empresas implementam estratégias interativas de relacionamento com os usuários proporcionando uma maior afinidade e fidelização.



As diferentes ações de publicidade online usando de marketing digital permitem às empresas um relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de comunicação digital proporciona a divulgação de seus produtos/serviços de uma forma diferente, ou seja, de uma forma de aproximação dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços.

O planejamento de marketing digital é o ponto de partida de tudo. A única forma viável de a empresa utilizar adequadamente a Internet é através dele. Pois a internet evoluiu e passou a integrar a vida das pessoas. O mesmo ocorreu definitivamente para as empresas que hoje já não cogitam mais a possibilidade de não terem um site ou uma loja virtual. Estabelecer presença no meio eletrônico passou a ser imprescindível nos planos de marketing das empresas, enfim no Marketing Digital.

Conclui-se que o boom da internet e seus inúmeros recursos mudaram a forma de se fazer marketing no mundo. Muitos dizem que isso facilitou o dia a dia do profissional de comunicação de fazer marketing, será?



* Diego Alves Jacob é professor acadêmico Mestrando em Desenvolvimento Regional (Marketing Digital)
e Especialista em Marketing e Recursos Humanos.

Mensagem de insônia

Mensagem de insônia



Porque a vida é repleta de altos e baixos?

Hoje estava rindo, dentre alguns segundos estou chorando?

Amanhã acordo em depre e depois estou pulando de alegria.

Dentre algumas horas faço comemoração de anos de namoro?

Dentre alguns segundos estou perdendo algo tão sonhado?

O ser humano é tão inflexível que dá medo de viver!

Será que isso é destino?

Ou será ensinamento do nosso Pai Maior?

Alguém tem explicação para isso?

ou mesmo remédio para essa tanta dor?



Diego Jacob

Material

Bem amigos por ser professor de Marketing e de Recursos Humanos o BLOG terá materia mais relacionadas há esses assuntos. Não quer dizer que não tenha de outras áreas também..

DJ

Boa Vindas

Bom dia!!!
Pessoal hoje começo agradecendo VOCÊ por espiar meu blog, pois por algum motivo teve interesse por aqui...
Sejam TODOS bem-vindos...
Sempre terá boas notícias, frases e vídeos para todos nós divertimos, apreender ou mesmo refletirmos sobre algo ou alguém..

Abraços
DJ (Diego Jacob)

Mestrando em Desenvolvimento Regional (Marketing Digital)

Esp. em Marketing e Recursos Humanos

Celular: (0XX62) 8409-9999

Email: diegojacob2@uol.com.br

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