segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sexo funciona? Veja como o marketing tem explorado o erotismo na publicidade

O apelo sexual em propagandas é comum e, às vezes, inevitável. Conheça a cronologia da aplicação desse recurso e entenda por que (e como) ele é tão explorado desde os tempos de antanho


Por Eber Freitas, Revista Administradores

"(...) Voltou a focalizar os anúncios do lado oposto da rua. Tinha as suas razões particulares para odiá-los. Mecanicamente, releu os slogans. 'Borgonha Kangaroo - o vinho para os britânicos', 'A asma a estava sufocando!', 'O Molho Q.T conserva o sorriso do marido', 'Passe o dia inteiro com um tablete de Vitamalt', 'Curve Cut - O cigarro dos esportistas'".
O trecho do livro "Keep the Aspidistra Flying", do britânico Eric Arthur Blair*, demonstra como a persuasão era trabalhada no marketing nos idos anos de 1936. A "sensualidade" expressa no terceiro slogan representa o papel da mulher numa sociedade patriarcal e como os fatores sociais, culturais e antropológicos impactaram a produção publicitária de um recorte histórico – sobretudo quando estamos falando de apelo sexual nos anúncios.
"O uso do sexo na propaganda não é recente. Isso porque a utilização de tal apelo pelos publicitários pode ser considerado como um reflexo, um espelho da vida na sociedade. Neste contexto, o corpo foi transformado em um dos principais símbolos e objetos vendáveis e cultuáveis do mundo capitalista", afirma Martin Petroll, doutor e autor de pesquisas na área de Marketing e Propaganda.
sexo na publicidade
Divulgação

A publicitária Suzane Barros, sócia-diretora da Agência Dádiva, acredita que esse tipo de apelo é inevitável quando o serviço oferecido pelo cliente exige uma dose de erotismo, como é o caso de motéis. "Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizar os meios de comunicação para que a propaganda não seja veiculada em horários impróprios", disse. Mesmo sem atender a empresas cujo serviço demande esse tipo de recurso, ela explica que sempre é recomendável ao publicitário buscar soluções criativas, que evitem a utilização do sexo como ferramenta de marketing.
Mas o que é suficiente para caracterizar o apelo sexual em uma determinada propaganda ou ação de marketing? Apenas a nudez, a mais singela insinuação de sedução, ou também a ideia de que o uso daquele produto ou serviço irá culminar, cedo ou tarde, em uma relação sexual? Citando o estudioso Tom Reichert, autor da pesquisa "Sex in Advertising", Petroll afirma que a nudez é apenas uma das cinco formas de manifestação sexual nas propagandas realizadas pelas empresas.
A representação dos gêneros
Imagem: Divulgação        
sexo na publicidade        
Apesar de ter se modificado ao longo das décadas, assumindo abordagens cada vez mais ousadas, a representação do homem e da mulher, em muitos aspectos, permaneceu quase inalterada por muito tempo. "As atitudes do consumidor ante a propaganda e a marca serão positivas quando for veiculado um modelo do sexo oposto ao seu, e vice-versa", diz Martin, acrescentando que a reação pode ser mais ou menos positiva conforme o nível de nudez do modelo, sempre do gênero oposto. "A única exceção ocorre quando a consumidora está exposta a um anúncio contendo nudez parcial masculina, sendo ela mais favorável a esse tipo do que ao nu total masculino", explica.
Até hoje, em propagandas de determinados produtos, a mulher é mostrada por um viés de objeto, passivo, enquanto o homem é o sujeito, ativo no ato da conquista e da consumação, tal qual nos anos 1950. Para Petroll, "as propagandas brasileiras não costumam mostrar o homem como objeto de desejo no jogo da sedução, mas sim como conquistador, concomitante ao que a sociedade considera como comportamento sexual apropriado do homem e da mulher".
Porém, pode-se notar, cada vez mais, um papel ativo da mulher nas propagandas contemporâneas – e não apenas em publicidade de produtos de limpeza ou para o uso no lar, como costumeiramente se apregoa. Isso se deve, principalmente, aos movimentos de emancipação do sexo feminino, que tiveram início no começo do século passado, mas que receberam ampla adesão e participação de outros segmentos da sociedade a partir dos anos 1970.
"Nos últimos tempos, auxiliadas pela revolução sexual, houve uma mudança considerável no comportamento das mulheres, que – de esposas, mães, românticas, sonhadoras, passivas, doces e sensíveis – passaram a ter um comportamento mais ativo na sociedade por meio, principalmente, da inserção de sua força de trabalho no mercado. O homem também teve de mudar a sua postura, tanto em relação ao papel da mulher como em relação ao seu próprio papel dentro desse novo contexto", explica o pesquisador. Apesar desses fatores, ele complementa que a sociedade ainda atribui as velhas representações ao homem e à mulher.
Formas de manifestação sexual na propaganda
Imagem: Divulgação         
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1. Exibição do corpo
A nudez em si, a exploração do corpo humano e da sensualidade como finalidade do produto ou serviço anunciado; sua transformação em símbolo de culto e comércio.
2. Comportamento sexual
Consiste na interação entre os modelos nas propagandas, a insinuação, a provocação, o flerte. É a utilização mais frequente e mais apelativa.
3. Fatores contextuais
São aspectos não inerentes aos modelos em si, mas às situações e locais ou, até mesmo, às técnicas de produção, como o movimento das câmeras.
4. Referências sexuais
Sugere ou insinua o sexo através de formas verbais e/ou visuais, com mensagens de duplo sentido. Petroll destaca que "um exemplo clássico de referências sexuais numa propaganda data dos anos 1980, quando a Calvin Klein veiculou a uma campanha da então desconhecida modelo Brooke Shields vestindo jeans com a seguinte pergunta: 'Você quer saber o que existe entre mim e a minha Calvin? Nada!'. O impacto da frase de duplo sentido foi enorme, graças também a alguns fatores contextuais, como o movimento da câmera, que trilhava o corpo da modelo verticalmente, bem devagar.
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Campanha da cerveja Devassa/Imagem: divulgação

5. Formas subliminares

Explora o inconsciente do usuário, implantando mensagens visuais que lembram partes íntimas do corpo de forma imperceptível a olho nu. "Esse reconhecimento inconsciente é sexualmente provocativo e motivante, apesar de o indivíduo muitas vezes não estar consciente das associações sexuais do objeto e dos conteúdos simbólicos", explica.
Cases
(Anos 1950)
O homem de meia-idade, charmoso e sedutor, que atrai olhares inocentes das garotas, que ficam enrubescidas. O sexo masculino tem papel ativo e extremamente dominante na relação, enquanto a mulher é a feliz dona de casa, são fatores que ressaltam a ordem moral pretendida pela sociedade nos anos 1950 – sobretudo, pelas classes mais elevadas.
(Anos 1960)
A liberdade sexual e a pressão crescente do feminismo forçam a sociedade a atribuir à mulher um papel cada vez mais protagonista, pelo menos em alguns aspectos, como se percebe na propaganda do higienizador íntimo Tasmin. Há uma ligeira insinuação, quase despercebida, que relaciona o produto ao órgão genital. O papel dominante do sexo masculino ainda é facilmente perceptível.
Imagem: divulgação        
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(Anos 1970)
Os fabricantes de calças jeans aproveitam o período de liberação sexual e rompimento dos velhos paradigmas para ousar na propaganda dos seus produtos. E haja ousadia.
(Anos 1980)
A memorável propaganda do sutiã Valisère é um marco da publicidade tupiniquim. O corpo feminino não é mais apenas um objeto de desejo, e sim um organismo com necessidades e vontades particulares, algumas (ou muitas) das quais não podem ser supridas pelo homem. Os norte-americanos suspiram com a então jovem atriz Brooke Shields no marcante comercial da Calvin Klein.
(Anos 1990)
Um copo de cerveja na mão é garantia de mulher na cama, certo? Para os publicitários e fabricantes de cerveja, sim. Pelo menos até o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) bater em cima, em 2007. Desde 1997, a Skol utilizava o slogan "a cerveja que desce redondo" associado ao corpo feminino como fonte de prazer e luxúria. As mulheres, obviamente, nunca gostaram disso.
Mulheres sensuais e motos possantes: uma combinação que não falha nunca em campanhas para máquinas de duas rodas. Em 2008, a modelo norte-americana Marisa Miller protagonizou uma ação para a Harley Davidson, na qual suas curvas se confundem com as da poderosa V-Rod Muscle.
Para não cair no clichê da sensualidade nas propagandas de cerveja, a marca Devassa fez uma ação criativa e viral: usou a imagem da cantora Sandy, conhecida pela fama de boa moça, com a chamada "todo mundo tem um lado devassa", explorando o contraste entre o puro e o profano. A ação foi um sucesso nas redes sociais e a campanha permaneceu por vários dias entre os temas mais comentados no Brasil.
Propagandas de perfumes, loções, hidratantes ou desodorantes normalmente têm como objetivo atiçar os sentidos do usuário, provocando-o com uma dose variável de erotismo. A divulgação do Axe Excite foi mais além e atribuiu uma masculinidade tão inconteste ao consumidor que até o mais raquítico dos homens torna-se um garanhão. A mesma marca já fez uma campanha semelhante: lembram do elevador?
* As versões brasileiras foram publicadas com dois títulos: "Mantenha o Sistema" (editora Hemus) e "Moinhos de Vento" (editora Nova Fronteira). Blair é mais conhecido pelo seu pseudônimo, George Orwell.

Como usar o LinkedIn


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Linkedin é uma das ferramentas essenciais que todo profissional que deseja alcançar o sucesso deve conhecer, o objetivo do Linkedin está ligado em cuidar de um item extremamente precioso: a nossa carreira e promover contatos profissionais, é uma rede de networking, que visa fortalecer parcerias entre clientes / empresas, além de poder expor potencialidades, como seus melhores Jobs, certificados e premiações, é uma ótima maneira também de “dar a cara pra bater na rede”, de um jeito profissional é claro, um item de grande peso na ferramenta é a opção de “Recomendação” onde pode-se Recomendar ou ser Recomendado por alguém em méritos profissionais ou acadêmicos e poder mostrar assim uma certa “qualificação" e “competência”. 

É um planejamento a curto e longo prazo, pois no presente momento você consegue gerar negócios e futuramente ter um perfil cobiçado, se o mesmo for bem feito, pois as contratações em tempos de geração z estão sendo feitas por intermédio das mídias sociais. Isso mesmo! portanto tenha um comportamento corporativo, dentro da plataforma do Linkedin, ao contrário das outras redes como Orkut e facebook que você pode fazer o que vier na telha.

Através do Linkedin, é possível criar um tipo de currículo interativo, onde você pode incluir as empresas que já trabalhou, onde estudou e diversas outras informações, além de poder se manter conectado a outros profissionais da sua área.

Na área de Publicidade / Designer / Marketing um recurso extremamente útil, é o botão chamado “seguir empresas”, ele nos permite acompanhar a atividade das empresas e descobrir algo muito além do briefing, permitindo assim ficar mais próximo das informações pertinentes para agregação do briefing, é claro que neste caso me refiro a empresas que tem seus perfis cadastrados lá, geralmente de médio/grande porte.

A importância do uso do LinkedIn se revela pela forte presença de grandes empresas e corporações e muitas delas inclusive recomendam que seus colaboradores criem seus perfis e se conectem uns aos outros.

Os perfis de empresa mostram interessantes estatísticas sobre os funcionários conectados a ela na rede, como a média de idade, cargos mais comuns e mostra até a trajetória profissional de muitos destes funcionários, onde trabalharam antes e depois de passarem pela empresa, formando assim uma rede de empresas relacionadas.


Os perfis criados no LinkedIn são facilmente indexados pelos motores de busca do Google, o que significa que ao procurar o nome de uma pessoa, provavelmente você encontrará entre os resultados da busca um link para o perfil profissional da pessoa no site do LinkdeIn.

Como proceder no Linkedin...

1. Complete seu perfil. 

De acordo com o LinkedIn, você tem 40X mais chance de receber oportunidades, se seu perfil estiver completo. Um perfil completo inclui seu trabalho atual e dois empregos anteriores, sua formação educacional, um resumo do perfil, foto do seu perfil, suas especialidades e pelo menos três recomendações. Seu resumo do perfil deve destacar as suas paixões, interesses e sua personalidade. Sua experiência profissional destaca-se a ações específicas e os impactos obtidos. Muitas pessoas cometem o erro de escrever a sua experiência como uma recitação de tarefas.

2. Construa a sua rede. 

Concentre-se em amigos e colegas que o conhecem bem. Não há prêmio para acumular a maior parte das conexões. Suas conexões devem ser pessoas que estariam dispostos a dar credibilidade e entusiasmo ao apresentá-lo a outros em sua rede. Para isso, eles devem conhecê-lo bem o suficiente. Aqui está outra razão para ter cuidado com quem você convidar para sua rede. Suas conexões podem também pedir-lhe para a introdução de outras pessoas na sua rede. Você quer comprometer sua reputação com os seus amigos ou ex-chefe, incentivando-os a falar com alguma pessoa aleatória na sua rede? 

3. Junte-se ao seu público-alvo 

Por quê? Haverá pessoas que estão lá fazendo o que você quer fazer. Participe das discussões. Criar discussões sobre tópicos que você está interessado em fazer perguntas interessantes. Fazer essas coisas lhe permitirá conhecer pessoas que podem aumentar o seu trabalho ou conhecimento do setor, dar-lhe feedback sobre a sua procura de emprego, ou mesmo se aproximar de você sobre o emprego potencial. A chave para obter um lote desses grupos está dando a eles. Para que alguém lhe ajude, eles precisam sentir que vale a pena o seu tempo, ou porque realmente gostam de você, e / ou acreditam que ajudá-lo a prestações de alguma forma. Se você está ali apenas para tirar algo do grupo, você não vai encontrar muitos dispostos a ajudá-lo.

4. Participe de Grupos pertinentes no LinkedIn. 

O conteúdo destes grupos é bastante limitado, mas sendo o membro de um é valioso porque você pode enviar convites a conexões ou mensagens a outros membros do grupo que de outra forma não poderiam se envolver. 

5. Pesquisa Empregos LinkedIn. 

Quando você procura Empregos por título da empresa ou de trabalho, você pode ver quais dos seus contatos estão na empresa ou conhecer a pessoa que publicou o trabalho. Aproveitar essas conexões para ajudar você a ter uma oportunidade.

6. Busca de conexões com empresas visadas. 

Você irá aumentar dramaticamente suas chances de uma entrevista ou impressão inicial favorável se você começar uma introdução a um recrutador ou gerente de contratação de alguém que confia. Faça uma busca por pessoas que podem fazer essa introdução, introduzindo o nome da empresa. Vamos dizer que eu estou interessado em trabalhar para a Apple. Minha pesquisa sobre a Apple irá gerar pessoas em minha rede que trabalham ou trabalharam na Apple. Você pode, de fato, ser capaz de pedir um contato de 1 º grau (alguém que eu estou conectado no LinkedIn) para uma introdução pessoal ou recomendação para o gerente de contratação. Alternativamente, esta pessoa pode ser uma grande fonte de informações sobre a empresa ou indústria, que vai me ajudar a distinguir-me na entrevista. Para uma conexão de 2 º grau (uma ligação de uma das minhas ligações), vá para o seu perfil e se parecer relevante, contate-o para uma introdução

7. Faça contato direto. 

Depois de identificar as pessoas através do LinkedIn que podem ser úteis, é importante que você tenha o direito de perguntar. Na maioria dos casos, pedir um emprego ou uma entrevista não é o direito de perguntar. A maioria das pessoas não pode te ajudar com o que pode ser o seu principal objetivo, mas eles ainda podem ajudar com informações, feedback, apresentações e muito mais.

8. Mostre que você está procurando. 

Todo mundo é uma ligação de trabalho potencial, mas eles não podem ajudar, se eles não sabem que você está procurando. Use o campo de atualização para indicar que você está procurando um emprego ou outra informação.

9. Demonstrar seus conhecimentos por meio de respostas LinkedIn. 

No LinkedIn Answers você pode perguntar e responder a perguntas sobre tópicos específicos de negócios. As pessoas que lerem suas respostas e estiverem impressionados com a sua visão podem ter interesse por você, isso aumenta sua credibilidade e visibilidade dentro da rede.

10. Otimizando seu perfil.

Ao preencher seu perfil e experiências, coloque as palavras-chave pelas quais deseja ser encontrado, sincronize o seu blog com o seu perfil do LinkedIn, consiga recomendações de quem já trabalhou com você ou de quem foi seu cliente. Isso conta muito na hora de uma contratação ou pesquisa. Todo este preenchimento de perfil no LinkedIn leva tempo e não precisa ser feito de uma vez só. Como em tudo na internet, a rede exige pró-atividade e tempo para conquistar emprego bacana, negócios, fontes. E aprender a usar qualquer ferramenta demanda tempo de uso, paciência e conhecimento.  Usar todo o potencial do LinkedIn, porém, requer conhecer o site e seu potencial, indo além de criar um cadastro.




Sucesso a todos!
Equipe Acervo Publicitário

Fuja dos maus relacionamentos


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Empresas que desapontam os clientes ficam marcadas para sempre. As histórias negativas são relembradas continuamente, mesmo depois de as companhias já terem corrigido o seu comportamento.

O Blog do Agendor publicou ontem um infográfico com seis dos piores casos de relacionamento com cliente da história corporativa (americana) recente. O infográfico foi originalmente postado no Get Satisfaction em outubro de 2010 e, de lá pra cá, outros casos entraram para o hall da má-fama entre os clientes, mas nem por isso os “clássicos” foram esquecidos.
Aqui mesmo, no Insight Corporativo, o caso da United Airlines e do guitarrista Dave Carrol foi usado como exemplo do atendimento engessado que muitas empresas ainda praticam, no post “O excesso do ‘by the book’”.

Os fiascos de relacionamento com cliente
O infográfico “Customer relations fiascos” está em inglês. Para quem entende, vale a pena ler inteiro, porque o texto é curto e objetivo. Em todo caso, segue um resumo:

Facebook: Em determinado momento a rede social mudou a política de privacidade para algo do tipo “podemos fazer o que bem entendermos com as suas informações, mesmo que você cancele sua conta”. Isso gerou tantos protestos na blogosfera e no próprio perfil do Facebook que a empresa acabou voltando à política de privacidade antiga.
United Airlines: O músico Dave Carrol teve sua guitarra quebrada durante o carregamento de bagagens na aeronave e a companhia se recusava a reembolsá-lo. Ele escreveu três canções e colocou-as na internet. Isso, enfim, chamou a atenção da empresa que tentou reverter o quadro, mas não conseguiu competir com o viral disseminado pelo cantor.
Domino’s: Empregados da pizzaria postaram vídeos em que zoavam a comida dos clientes – em um deles, colocavam um alimento no nariz e depois devolviam no prato. Isso causou péssima imagem da empresa, mas o seu proprietário, Patrick Doyle, retrucou: apareceu pessoalmente em vídeos pedindo desculpas e garantindo que o fato era um caso isolado. A empresa ainda usou o twitter para promover opiniões favoráveis a rede.
Southwest Airlines: O cliente Kevin Smith foi expulso da aeronave por ser muito gordo – ele precisaria ter comprado uma passagem a mais. Smith tuitou para seus 1.6 milhões de seguidores e, 16 minutos depois, a empresa entrou em contato com ele, se desculpando e se explicando.
Toyota: A agência Saatchi & Saatchi criou um concurso de vídeo para o carro Yaris da montadora japonesa, não o promoveu o bastante e acabou pedindo para a sua produtora fazer um filme, já que por causa do pequeno número de participantes, provavelmente ganhariam a competição. O vídeo era sexista e vulgar. Quando caiu na rede e desagradou, a Toyota teve que correr para apagar o incêndio.
Motrin: a marca de pílulas de ibuprofeno lançou um comercial abordando como carregar os bebês nos cangurus causa dor nas mães. O vídeo se tornou um viral nada positivo, e logo centenas de mães estavam repudiando a marca, que colocou um pedido de desculpas no site, mas não teve tempo de impedir a publicação dos anúncios impressos.

Cuidado para não cometer o mesmo erro

O que não falta são empresas que se aventuram nas redes sociais, mas que permanecem lá como se estivessem em uma vitrine: mostram o que querem, mas não enxergam nada – até que uma crise chega e ela não sabe administrar as ferramentas que tem. O twitter da companhia Qantas, por exemplo, “foi dormir” em meio a uma crise entre a empresa e o sindicato que fez parar todas as suas aeronaves. Leia mais…

Prometeu tem que cumprir
As promoções nas redes sociais viraram febre. Uma pena, no entanto, que em muitos casos (e na maior parte deles que eu tomei conhecimento) a divulgação é um sucesso, mas a execução um fiasco. Casos negativos não faltam:
Quem se lembra da “Chuva de twix?”, um flash mob organizado via twitter? Quem foi, saiu de lá com muito papel e pouco chocolate (matéria da Exame.com).
 A Pepsi subestimou o potencial da promoção e não deu conta de oferecer os produtos em dobro (veja reportagem no IG).
No Facebook, a rede Giraffas e a marca Danone Activia forneceram cupons (mediante cadastro) para retirada de produtos em pontos de venda determinados. Nas páginas de ambas, é possível encontrar clientes constrangidos por não conseguirem retirar os produtos conforme indicado ou serem mal atendidos porque os pdvs não sabiam da promoção.

Maus exemplos não faltam, então bora trabalhar para gerar mais bons casos!
Bom Insight!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quanto você deve cobrar pelo seu produto?

Postado em 23 de novembro de 2011 por Guilherme Lito


Nas nossas reuniões de aceleração de empresas, começamos entendendo o que a empresa faz, qual seu atual modelo de negócios e que tipo de oportunidades os empreendedores já exploraram, para que possamos “estar na mesma página” o mais rápido possível e conseguir agregar.

Nas últimas semanas, tenho visto uma constante nas empresas que já saíram do papel: público-alvo relativamente bem definido, proposta de valor que não é a melhor do mundo, mas mostra algum diferencial, pouco relacionamento com os clientes (isso pode ser tópico para um post mais à frente) e normalmente um canal forte bem explorado e boas oportunidades de testes.

Até aí, os empreendedores estão animados, falando com entusiasmo do seu negócio, o que já fizeram e o que pretendem fazer. Porém, nem tudo são flores. Quando começo a explorar a precificação, tenho recebido uma (ou mais) das 3 respostas abaixo:

1. Não tenho um método muito certo para precificar. Cobro mais ou menos o que é oferecido no mercado.

2. Ainda bem que você perguntou sobre isso, estou totalmente perdido(a), já fiz planilhas, tabelei preços, mas nada me dá segurança no que estou cobrando.

3. Olha, eu vejo quanto custa para mim, boto uma margem de 30% e repasso o preço.

Embora tentativas nobres e que devamos respeitar, acredito que quem dá o preço do seu produto/serviço assim está perdendo boas oportunidades.

Se você entrou aqui achando que ia encontrar uma fórmula mágica, está totalmente errado! Como sempre dizemos, por mais irônico e contra-intuitivo que seja, finanças é uma das ciências mais inexatas de business.

Vamos ao ponto!

Como precificar?

Existem diversas formas de você precificar. Pela minha pesquisa na internet, o que posso dizer é: não utilize os modelos que os caras pregam! Muitos conceitos complexos com nomes estranhos para algo que é simples.

Precificação é algo relativamente lógico, que vale pensar fora da caixa e não envolve essas fórmulas malucas. O importante é que seja saudável para sua empresa e justo para seu cliente. Exemplos: cobrar por metro, por hora, por % resultado financeiro entregue, por aumento de uma certa métrica (se eu aumentar em 20% os acessos ao seu site, ganho X, 40%, ganho Y, acima disso ganho Z), por tempo de uso do produto, por desgaste, ou até “pague quanto você quiser!”.

Alem disso, existe o bom e velho “fee” (valor fixo) que em tese é a melhor forma de cobrar, mas normalmente é difícil, pois você tem que entregar valor de forma recorrente (ex: Netflix e Black Socks).

Qual o melhor para você?


Resposta de consultor: depende…

Mas faça de uma forma que o cliente acha justo e que supere seus custos. Para você entender o que quero dizer, deixa eu dar um exemplo que me espanta até hoje.

Case de como não fazer: organização de eventos

Conversei com donos de 4 empresas que organizam eventos. Sem exceção, todos ganhavam em cima do orçamento do evento. Se o evento custava 10.000, eles recebiam mais 2.000, se o evento custava 20.000, eles ganhavam 4.000 (essa margem é para fins de exemplo).

Isso gera um sistema de incentivo perverso, pois o organizador precisa gastar o máximo possível para que seu ganho seja maior. Ou seja, se ele pensou em um evento eco-friendly, com convites feitos de folha, que será realizado na floresta (não precisa alugar), com comida que os convidados catarão da própria árvore, ele não vai ganhar nada!

Conclusão, se o organizador cobra em cima de quanto será o evento, ele tentará fazer o evento mais caro, não o melhor.

Esse tipo de caso se repete em diversas disciplinas e áreas de atuação. Consultores que cobram por hora são instigados a demorar mais para realizar o trabalho para ganharem mais, publicitários que cobram pela metragem do anúncio, médicos que ganham nas cirurgias teoricamente estão mais propensos a indicar mais e mais intervenções, afinal ele tem que botar comida na mesa, certo?

Como um empreendedor ouve isso? Boas oportunidades!!!

Existem diversos cases de negócios que mudaram apenas a forma como cobravam (ajustando uma coisinha aqui e outra ali) e conseguiram BOMBAR. Muitos desses casos, já mencionados pelo Daniel aqui na coluna de inovação. Recomendo a leitura de:

Priorité – nosso cliente de assessoria de imprensa que cobra por resultado

Netflix – serviço de aluguel de filmes que levou a BlockBuster à falência

Black Socks – serviço de entrega de meias para executivos.

Todos esses caras ofereceram produtos bem similares aos dos seus concorrentes, mas só por cobrarem e entregarem de uma forma mais cômoda/justa, deslancharam.


Tendências

A principal tendência, e que vale uma menção importante aqui é que produtos estão cada vez mais sendo vendidos como serviço e vice-versa, a ver.

Produto = Serviço



Michelin

Em uma reportagem na Época, eles contam o caso da Michelin, que está vendendo número de aterrissagens ou peso de carga transportada, não mais pneus. Dessa forma é de interesse da Michelin que os pneus sejam bons e durem, já que o cliente está pagando pelo resultado, não pela ferramenta em si (o próprio pneu).

Com essa mudança, eles garantem contratos de longo prazo, estreitam relacionamento com os clientes, aumentam a margem e planejam melhor o orçamento, já que sabem com muito mais precisão o quanto receberão no futuro.

SaaS – Software as a Service – Software como serviço

Antigamente você tinha um software, o cliente vinha, comprava e ia embora – produto.

Hoje, você cria um software, bota ele na web, cobra um valor ínfimo mensal e pega milhares de clientes. – serviço (com receita recorrente, daquela boa!)

Serviço = Produto

Da mesma forma que produtos estão se aproximando dos serviços, o inverso ocorre. A LUZ Loja de Consultoria é um exemplo. Nossos clientes sabem que o preço não varia pela quantidade de horas que vou trabalhar, pela marca do seu relógio ou época do ano. Ele está comprando um produto, cujo resultado é claro, não importa quanto trabalho isso gera. Nós que nos viremos! Isso é ótimo, não só pelo lado do cliente, como também para o nosso. Facilita o treinamento, padronização (operação) e geração de métricas. Eu posso dizer qual o melhor e pior serviço em termos de satisfação do cliente e financeiro. Se fosse tudo “personalizado” ou cobrasse por hora, ia ser difícil chegar a uma conclusão sobre o que funciona ou não.

Conclusão:

1. Não há resposta correta quando o assunto é precificação, mas acredite, muito provavelmente a forma como você cobra pode ser bem melhor, inclusive um diferencial da sua empresa.

2. Pense numa forma de cobrar mais justa, pois isso facilita (e muito) a negociação com clientes. Se sua precificação é um buraco negro, você perde diálogo com o cliente. Se ela é pautada em algo transparente, vocês podem negociar na hora um valor justo para a contratação (obs: esse comentário vale mais para empresas de serviço)

3. Se você cobra por hora, PARE! Na LUZ pregamos isso porque a hora não garante nada. O que é uma hora? Vamos ficar conversando sobre o final de semana durante esse período? Seus problemas familiares? Sei que o mercado já absorveu isso como “a grande verdade” quando o assunto é consultoria ou outra prestação de serviços desse tipo, e nós inclusive temos contratos por hora, mas, quando possível, vá para o benefício que você está gerando, não o tempo que demora para gerá-lo.

4. Por fim, sempre que possível, tenha uma receita recorrente. Pessoalmente, sou apaixonado por elas e nós estamos brigando para conseguir oferecer um benefício recorrente pago para vocês (afinal o blog é benefício recorrente, mas é gratuito )

E aí, consegui te ajudar? O que resta de dúvida? Manda que eu respondo!! Compartilhem com os empreendedores que estão em cima do muro com seus preços!

Forte abraço empreendedores e força na piruca quando lidando com as planilhas e números!

Novos Talentos? Marina Negri = professora da ECA-USP conversa sobre Ressaca Criativa na Propaganda

Os últimos cinco anos têm sido provocadores com a Publicidade e Propaganda mundial e, em particular, com as agências e profissionais brasileiros. Redes Sociais, Geração Y e transformações intensas na forma de propagar e publicar informação, jogaram os criativos contra o muro da mesmice das ideias óbvias. O maior perigo é que esta tendência já se encontre nas salas de aula e na formação dos publicitários do futuro. Ou será que não?





Na tentativa de encontrar algumas respostas para este dilema, o AGE foi conversar com a professora Marina A. E. Negri, autora do livro "Contribuições da Língua Portuguesa para a Redação Publicitária" (2010,Ed. Cengage). Com passagem pelas agências Leo Burnett, J. W. Thompson e Norton Publicis e Mestre em Comunicação e Mercado pela Fundação Cásper Líbero, Marina é profunda conhecedora de um assunto que é colocado em debate, todos os dias, na sala de aula: a criatividade acabou? Leia e descubra.



AGE.: Olá, professora. O AGE agradece a sua presença neste papo. Para começar, quais as diferenças da propaganda do séc. XXI em comparação com o período passado? O que mudou?



Marina: O prazer é todo meu. Penso que existem grandes diferenças entre a forma criativa da Propaganda e a Publicidade que se instaura agora e o modelo vigente no século XX, por exemplo, para formularmos uma analogia mais atualizada.



Para início de conversa, a migração do computador da esfera corporativa para ingresso proliferado na esfera social foi um evento divisor de águas, que revolucionou desde o organograma das empresas, os métodos de trabalho e os processos de criação de forma avassaladora. Por conta dos inúmeros recursos gráficos disponibilizados pela informatização do sistema, a retórica criativa passou a ser vinculada principalmente às imagens digitais, e praticamente tiveram o texto sucateado dos anúncios em qualquer mídia. Os criadores publicitários exorbitaram na utilização desse formato, e uma das conseqüências dessa hegemonização e homogeneização imagética foi a aparência extremamente similar das peças veiculadas, e a conseqüente confusão de marcas por parte do consumidor.



Nas décadas de 70, víamos o exato contrário: os anúncios tinham nos textos seu leit motiv, sua força comunicativa maior, os redatores eram de excelente qualidade, talvez menos estelares, mais envolvidos com o trabalho, e as correlações que faziam mostravam-se bem mais inteligentes do que as que vemos agora.



Se recuarmos ao início do século XX, as diferenças se imporiam bem mais flagrantemente, já que escritores e literatos como Bastos Tigre, Monteiro Lobato e Orígenes Lessa faziam Redação Publicitária para engrossar seu orçamento doméstico. O arsenal cultural deles era bem nutrido, e isso era vertido nas peças que criavam.



Porém, há outros fatores, que combinados, fragilizaram a comunicação criativa publicitária dos dias de hoje, a meu ver, como, por exemplo, a má formação dos jovens publicitários, com raras exceções; o afastamento do hábito da leitura de qualquer natureza; as sérias dificuldades com a escrita e a indisposição para a pesquisa em suportes extra-telas - marcas das novas gerações.



AGE.: Um dos grandes motivos do aumento pela busca da Propaganda e Publicidade nos vestibulares era a ilusão de ser uma profissão que dá status e ganho financeiro rápido. O estudante de PP ainda pensa assim?



M.N.: Faço apenas uma breve inclusão em sua pergunta: um dos grandes motivos pela busca preferencial da carreira publicitária era também a impressão [errônea] de que se tratava de uma profissão fácil de ser exercida, agradável e pouco exigente de grandes habilidades e competências, sendo, assim, descompromissada da seriedade própria do mundo corporativo, em geral.



Esse é um grande erro de percepção, e a vida cotidiana no ambiente das Agências de Publicidade demonstra isso rapidamente. O publicitário comprometido precisa ser não apenas um ‘antenado’, mas alguém muito bem formado e informado, em constante reciclagem, características que se esperam em qualquer profissão.



O aluno de Publicidade & Propaganda atual guarda ainda resquícios dessa imagem ilusória e equivocada da função publicitária, mas talvez em grau um pouco menor do que existia na massa estudantil das décadas de 80 e 90, por exemplo.



AGE.: Uma discussão mundial entre profissionais coloca em pauta a falta de criatividade nas campanhas atuais e os frequentes erros estratégicos nos planos de Marketing. Estamos menos criativos?



M.N.: Imagino que sim. Os resultados equalizados e bem aquém das expectativas das campanhas atuais deixam esse ponto-de-vista demonstrado.



Havemos de acrescentar um agravante: embora pífios em termos de presença criativa, tais resultados são enormemente festejados por grande parte dos publicitários emergentes ou não, possivelmente deslumbrados com a projeção que a carreira é capaz de lhes conferir.



No entanto, se observada sob um plano teórico mediano, a maior parte das peças que se tornam premiadas não passam de anacolutos verbo-visuais. Isso se estende aos planos de Marketing, vide o que ocorreu recentemente com uma marca consagrada, a Pepsi, atropelada por planners afoitos.



Existe uma espécie de ressaca criativa pontificando no universo publicitário. Na opinião de muitos, isso se deve à entrada do aparato digital nos processos, evento esse ainda em fase de digestão social. Em minha opinião, isso se deve, sim, a esse fator, e, em uma visão macroscópica, vincula-se também a uma conjunção de outros, como o culto à velocidade, à instantaneidade, à transitoriedade, a uma sensação de que tudo é volátil e pode ser substituído imediatamente. Esse cenário pode influenciar nas responsabilidades individuais, portanto, e fazer decair o panorama.





Os estudantes têm a web para fornecer-lhes informações multifacetadas, mas recorrem aos professores para melhor assimilação e aplicação delas. - Marina A. E. Negri



AGE.: As Redes Sociais mudaram o perfil do mercado publicitário e a chamada "Geração Y" trouxe novos desafios para conquistar o consumidor. As faculdades e seus professores estão preparados para ensinar os profissionais do futuro?



M.N.: O mundo acadêmico prepara-se constantemente para atender às necessidades dos profissionais do futuro. Trata-se de um exercício incessante e diário. Lembro apenas que as redes sociais, em dados de pesquisa recente, começaram a perder força entre a Geração Y, a qual se entedia facilmente com qualquer coisa. Índices apontam que esses jovens já buscam novos interesses que, no caso, substituiriam a febre das redes sociais.



O que nós, docentes, fazemos é um permanente alinhamento com os interesses e idiossincrasias dessa geração, sem perder o foco de cada uma das disciplinas ministradas. Não somos mais os únicos provedores de informação na vida deles, somos provedores de conhecimento, de metodologias de trabalho, avaliadores de performances, em alguma instância. Os estudantes têm a web para fornecer-lhes informações multifacetadas, mas recorrem aos professores para melhor assimilação e aplicação delas. Creio que ainda temos um papel a ser exercido na vida deles.



AGE.: Na sua opinião, o que não pode faltar na estante de um profissional de propaganda? Quais sãos os seus livros, filmes e autores preferidos que poderiam servir como referência para a profissão?



M.N.: É claro que não podemos prescindir de conhecimentos confiáveis de atualidades e das realidades brasileira e mundial, em algum grau. Eu nem discuto isso com meus alunos, apenas coloco esse pré-requisito como fundamento para fruição de conteúdos quaisquer. Na estante particular de um profissional da Publicidade não podem faltar os clássicos da Literatura e também da Música, do Teatro, do Cinema.



Fora essas coletâneas, Dicionários e Gramáticas atualizados precisam ser objetos de consulta familiares não apenas a Redatores, mas a todo e qualquer profissional. Meus livros preferidos são muitos, mas vou filtrar as predileções para vocês (veja a lista na fanpage do AGE no Facebook). São meus escolhidos porque se percebe ou originalidade na forma, ou presença de espírito na abordagem de temas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como tornar-se um profissional de marketing digital



 

Recebo todos os meses dezenas de emails perguntando como tornar-se um profissional ou um Consultor de Marketing Digital. Assim, decidi escrever este post para orientar quais os passos para os interessados em tornar-se um profissional ou Consultor de Marketing Digital.
É um fato inegável que a demanda por profissionais de marketing digital tem crescido muito mais rápido do que a oferta, e que muitas vezes os cursos formais não tem sido suficientes para suprir esta demanda. Somado a isso outros setores do marketing, da comunicação e da publicidade vem reduzindo sua demanda, fazendo com que os profissionais destes setores tenham interesse em se especializar, migrando para o Marketing Digital.

Formação básica de um profissional de Marketing Digital

O profissional que pretende trabalhar com Marketing Digital deve ter formação superior (Marketing, Publicidade, Comunicação, Engenharia, ou Administração). É possível se tornar profissional sem esta formação, mas o resultado pode ser temerário. No passado, webdesigners e programadores entravam no mercado sem nenhuma formação específica. O fato é que Marketing Digital é Marketing, uma ciência que vem da Administração, que vem da Engenharia. Assim possuir a base acadêmica em Marketing e Administração é fundamental para o melhor desempenho das atividades.
A partir desta formação básica é que o profissional pode se desenvolver. Não há ainda um curriculum específico do profissional de Marketing Digital, e os cursos formais de MBA e Pós-graduação ainda tem sua grade curricular criada pela experiência do gestor de cada curso. Isto faz com que na maioria dos casos, mesmo com uma boa Pós ou MBA o profissional ainda sinta muita dificuldade em executar suas tarefas.
Na formação de um profissional de Marketing Digital você deve se preocupar em desenvolver as seguintes competências:

As Setes Estratégias do Marketing Digital como base de formação

Muitos cursos de Marketing e Publicidade tem adotado As Setes Estratégias do Marketing Digital como modelo básico para seus módulos de Marketing Digital. Eu também uso em todo o meu trabalho este modelo, em particular em meus clientes de consultoria e nos meus cursos online de marketing digital.

Como As Setes Estratégias do Marketing Digital são um modelo teórico de Marketing para a Internet e o ambiente online baseado nas teorias do Marketing, ela é ao mesmo tempo um bom caminho de aprendizado, desenvolvimento, e uma metodologia sólida de trabalho.
As Setes Estratégias do Marketing Digital permitem que você ao mesmo tempo crie uma sólida Formação em Marketing Digital, e tenha uma Metodologia de Marketing Digital para o seu trabalho como Consultor de Marketing Digital ou Gestor de Marketing Digital.

Onde trabalhar com Marketing Digital

Para aproveitar melhor o seu interesse na carreira de marketing digital, você deve considerar que existem três posições principais que você poderá assumir neste mercado: Analista de Marketing Digital, Gestor de Marketing Digital e Consultor de Marketing Digital.
O Analista de Marketing Digital irá trabalhar em uma empresa ou agência de publicidade fazendo o planejamento de marketing digital, criando campanhas de marketing digital, e implementando estas ações, e geralmente trabalhando com um conjunto de terceirizados (empresas de SEO, Mídias Sociais, Blogueiros, Agências, etc…). Esta é uma posição mais operacional, ideal para os jovens que querem aprender e ganhar experiência neste mercado, e um bom caminho para aqueles que buscam uma transição de carreira.
O Gestor de Marketing Digital irá trabalhar como Gerente em uma empresa, sendo o principal responsável pelo planejamento de marketing digital, pelo controle das metas, e pelo reporte à Diretoria de marketing ou comercial. Como todo cargo de gerência o ideal é que você já tenha experiência no mercado. Independente da sua competência como profissional de marketing digital, você terá que desenvolver competências em gestão de processo e pessoas para desempenhar bem sua atividade.
O  Consultor de Marketing Digital  é o profissional externo à empresa ou agência de publicidade, que pode trabalhar de forma independente ou associado a uma consultoria, e que irá ajudar a empresa a desenvolver o planejamento de marketing digital, ou a agência a criar a campanha de marketing digital. Ele pode também ministrar cursos e palestras de marketing digital. Esta posição tem mais independência que as anteriores, mas o profissional deve ter um espirito empreendedor, pois além de executar suas atividades terá que vender seus serviços. Este profissional, além de adquirir conhecimento sobre marketing digital, terá que criar um processo de atualização constante, pois é o conselheiro das empresas, e possuir uma metodologia de trabalho, que vai bem além da metodo logia de planejamento e ações de marketing digital.

Buscando um emprego em Marketing Digital

Um vez formado em Marketing Digital você terá um segundo desafio que é conseguir se colocar no mercado. Seguindo a linha de raciocínio que desenvolvi até agora, você primeiro terá que decidir se quer buscar uma colocação como Analista ou Gestor de Marketing Digital ou se pretende desenvolver uma carreira como Consultor de Marketing Digital
Uma alternativa não exclui a outra, mas você terá que escolher em qual delas irá começar para poder buscar seu emprego como profissional de Marketing Digital.
Independente da sua escolha, a sua nova posição como profissional de Marketing Digital dependerá de alguns passos básicos. Crie seu curriculum no LinkedIn, incluindo sua formação específica em Marketing Digital, e um perfil no Facebook. Não espere que alguém leve você a sério no mercado de Marketing Digital se você não tem uma presença sólida na Web. O ideal é que você crie um Blog Profissional (e ligado a ele um Twitter), onde você publique artigos ligados a seus conhecimento em Marketing Digital. Isso ajuda muito na sua exposição, e é fundamental se sua escolha é ser um  Consultor de Marketing Digital.
Uma vez criada esta base, faça o seu próprio planejamento com As Setes Estratégias do Marketing Digital. Exponha-se. Participe de grupos no LinkedIn e Facebook, e do Buzz diário no Twitter.
Se você pretende uma vaga como Analista ou Gestor de Marketing Digital, comece a fazer contato e amizades, via Facebook, Twitter e LinkedIn, com profissionais de agências e de empresas que já trabalham nestas posições. Isso levará você rapidamente a se tornar conhecido. Deixe claro que está buscando uma oportunidade, e mostre seu potencial com as etapas anteriores.
Se você pretende ser Consultor de Marketing Digital, a primeira coisa de que precisa são clientes. Neste caso, criar um planejamento com As Setes Estratégias do Marketing Digital e se expor com seu Blog, Twitter, LinkedIn e Facebook é fundamental. Além disso, se associar a agências ou consultorias, pode ser uma boa estratégia.

Meu trabalho na formação de Gestores e Consultores de Marketing Digital

Desde o lançamento do livro A Bíblia do Marketing Digital tenho participado de projetos de formação de profissionais de Marketing Digital. Além de ministrar vários módulos de MBA e Pós em instituições de ensino, busco criar alternativas para os profissionais com menos tempo ou acesso às instituições de ensino mais renomadas. Como o tempo estes projetos vão se consolidando, e hoje posso estimar que mais de 3 mil profissionais foram treinados diretamente por mim em meus cursos e palestras.
Minhas principais contribuições acessíveis a todos os interessados em se tornar Profissionais, Gestores ou  Consultores de Marketing Digital, são :
Todo este trabalho para contribuir com um mercado cada vez mais competitivo, inovador e saudável para todos os profissionais, gestores e consultores de Marketing Digital.

Fonte: Cláudio Torres

sábado, 19 de novembro de 2011

6 Dicas para Você ser mais Disciplinado

 por: Fred Graef 

“Tudo é difícil antes de ser fácil.” Goethe, filósofo alemão

Você pode relaxar e se visualizar atingindo seus objetivos. Esta sensação que você tem agora te tranqüiliza, pois você sabe que sua vida está na sua mão. Você também sabe que para atingir qualquer meta, precisa de 4 soldados: conhecimento, habilidade, motivação e determinação. Das 4, a determinação é a segunda mais importante (a primeira é ter motivos), pois como diz o ditado, sonho é como namoro, e meta é como casamento, isto é, você precisa colocar na panela energia, comprometimento, tempo e disciplina.

Disciplina pode ser um muro para você ou pode ser um elevador. Você que escolhe. Como muitas coisas na vida, disciplina é simples, mas não é fácil. A disciplina está muito ligada aos motivadores (seus valores) e à sua visão. Quando você cria esta imagem na sua cabeça ligando valores, visão e você sendo disciplinado, fica mais fácil.

Muito bem, não quero ficar debatendo as causas da falta de disciplina. O que desejo é ajudar você a sentir a alegria da disciplina, a ver a imagem dos seus objetivos serem atingidos e a ouvir a sua voz interior se parabenizando pelas conquistas.

Assim, lá vão 6 dicas para você ser mais disciplinado.

[1] Se comprometa com alguém. Fale com seus amigos, seus parentes, seu marido ou sua esposa sobre o que vai fazer. Quando outras pessoas te cobram por algo, você aumenta sua disciplina e seu comprometimento. Eu, por exemplo, para aumentar minha disciplina nos exercícios físicos, fiz uma aposta com meu cunhado: falei para ele que seu não me exercitasse pelo menos 4 vezes por semana, eu iria pagar a ele um bom dinheiro. A fiscal é a minha esposa e até hoje não precisei pagar nada.

[2] Compare os resultados com as metas freqüentemente, se possível, diariamente. Quando você faz isso, você mantém a meta na sua cabeça, na sua visão, e está se comprometendo a fazer melhor e seguir a disciplina. É isso mesmo, o que não é medido não é gerenciado. Você precisa de um placar para te mostrar como você está indo.

[3] Encare a disciplina de fazer o que você precisa fazer como um treino. Pense no Bernardinho, excelência em pessoa, obstinado por treinamento (recomendo a leitura do livro dele). Pois é, na vida treinamos para uma série de coisas: esportes, vestibular, apresentações etc. Sabemos que vamos performar melhor quanto mais treinamos. Assim, visualize-se numa pista de corrida em que seu objetivo está no final desta pista e você está treinando, desenvolvendo a sua disciplina. Sinta no seu peito a alegria do objetivo realizado.

[4] Visualize-se com a meta atingida. Todas as noites , antes de dormir, ou pela manhã, ao acordar, coloque-se num filme e veja, ouça e sinta tudo que vai estar acontecendo quando a sua meta for atingida. Isto mobiliza o seu cérebro e as sua emoções para ficarem mais disciplinados.

[5] Escreva os motivos que te pelos quais você quer a meta. Aqui, são os valores. Veja, ouça e sinta os seus motivos sendo atendidos. Vibre antecipadamente com as sensações e imagens. Uma dica adicional é ser criativo e casar seus motivos. Por exemplo, quando pensar em metas de saúde, além da longevidade, mescle esta meta com, por exemplo, uma meta profissional. Caso você queira melhorar na carreira, além de pensar na saúde com suas metas de exercícios físicos, imagine em como estas metas te alavancam no seu trabalho com uma melhor imagem, com mais disposição, com mais energia para performar.

[6] Dê recompensas a você mesmo. Dê os parabéns para você mesmo. Seu cérebro e seu corpo funcionam à base de dor e recompensa. Assim, treine a você mesmo com regalias. Pode ser qualquer coisa: um jantar com sua esposa ou marido, um final de semana na praia, uma tarde da semana que você se dá de presente para fazer o que quiser. Faça isso e você notará como sua disciplina para fazer o que deve ser feito aumentará.

Como dizia Aristóteles, “nós somos aquilo que fazemos repetidamente; excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito”. Pois bem, invista no hábito da disciplina. Sua vida, sua carreira e seu negócio agradecem.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pequenas Ações Diárias Fazem Toda a Diferença

Por: Fred Graef 

Se você sair com um barco do Rio de Janeiro com direção à Lisboa, a alteração de apenas um grau no leme causará a chegada num ponto totalmente diferente do inicialmente planejado. Esta imagem lança luz sobre a idéia de que pequenas ações e pequenos movimentos ao longo do tempo fazem uma diferença brutal na sua vida.
Quando pensamos em nossos objetivos, às vezes achamos que precisamos fazer coisas fantásticas, mover montanhas, erguer prédios, correr maratonas, matar dois leões por dia etc. Todavia, é recomendável termos em mente que uma grande caminhada começa com um passo, e que a velocidade máxima que podemos adotar é a de um passo por vez. É aquela conversa de que constância e consistência são mais importantes que intensidade ou velocidade. Os resultados dependem de ações, mas estas ações não precisam ser monumentais.
Uma boa dica para você implementar as pequenas ações diárias é a Regra dos 3. Assuma um compromisso com você mesmo de, todos os dias, fazer pelo menos 3 coisas que te aproximam das suas metas. Estas 3 coisas podem ser mínimas. O fato de todo o dia você entrar em ação traz uma série de ganhos. Primeiro, usando a metáfora do barco, você tem condições de todos os dias corrigir a rota. Segundo, utilizando a metáfora da caminhada, você se mantém em movimento e continua se aproximando do seu objetivo. Terceiro, quando você aplica a Regra dos 3 à sua vida, você ganha uma coisa fantástica, o chamado Princípio do Momento. O princípio do Momento tem a ver com a física.
Considere um mundo com atrito e resistência. Para você colocar um corpo em movimento, o trabalho e a energia para tirá-lo do repouso são maiores do que o trabalho e a energia para mantê-lo em movimento. Assim, quando você usa a Regra dos 3 você se beneficia do Princípio do Momento pois mantém o corpo, você mesmo, em movimento. Assim fica mais fácil ter disciplina, persistência e continuar se aproximando do seu objetivo, além de afastar o risco de parar a sua caminhada.
O negócio é começar. Experimente adicionar pequenas coisas ao seu dia a dia que se aplicam na Regra dos 3. Pode ser ler 30 minutos,  meditar por 20 minutos, escrever por 30 minutos, se exercitar 30 minutos, trabalhar no seu projeto de alavancagem profissional por 30 minutos, falar com prospects por 30 minutos, treinar liderança 30 minutos. Enfim, a Regra dos 3 junto com o Princípio do Momento criam carreiras, empresas, prédios, sonhos etc.
Para turbinar estas dicas, depois de aplicar o método por 30 dias, faça um pausa para reflexão e reveja o que você fez no último mês. Reveja o quanto você agiu e o quanto se aproximou do seu objetivo. Esta retrospectiva vai te fazer sentir mais alegria e encher o seu peito com entusiasmo e motivação para você continuar na caminhada.
Muito bem, qual o seu principal aprendizado com este texto? O que você vai fazer de diferente nos próximos dias para se aproximar mais das suas metas? O que você vai fazer para avançar na direção dos seus objetivos? Comece. O importante é entrar em ação. A ação traz a você aprendizado e crescimento.

Pare com tradicionais metas e regras e faça algo útil!



Embora seja muito fácil vir aqui no blog escrever teorias lindas e vender isso como o que há, acredito que seja mais importante ressaltar as armadilhas de se tentar aplicar métodos perfeitos e ferramentas infalíveis, pois isso nos pega de calças arreadas todos os dias e muitas vezes nem reparamos!


Em especial, hoje lidarei com as consequencias (e soluções) de se aplicar cegamente o que se lê e ouve em termos de convivência entre (também conhecido como “gerência de”) pessoas.

Quando há algum problema com pessoas numa empresa nós buscamos tipicamente duas saídas: regras e incentivos.


A justificativa é muito convincente!

Com as regras você baliza o comportamento e com incentivos, tipicamente metas, você direciona a ação.

Isso gera um sistema eficiente à prova de falhas e com pessoas engajadas, certo?!



Resposta errada!


A lenda do sistema perfeito


1. “Na teoria, a teoria e a prática são iguais, na prática, é bem diferente”




Não importa quanto tempo você dedica na construção do sistema perfeito, não importa que você esteja o “melhorando” há 20 anos, a prática sempre será diferente da teoria e tudo o que você poderá fazer com regras e incentivos é, num primeiro momento propor um jogo interessante para todos, mas depois apenas tapar buraco e solucionar cada probleminha pequeno que surgir. Normalmente o empreendedor fica maravilhado com algo e quer porque quer fazer com que a teoria vire prática. Acredite, não acontecerá. Na verdade você entrará numa…

2. Bola de neve



Sim, uma bola de neve que se torna uma avalanche. Quando acreditamos que regras e incentivos são as melhores ou únicas opções, apelamos para mais regras e mais incentivos quando a teoria não funciona. Isso começa a engessar a estrutura da sua empresa e, por consequencia, suas pessoas. É claro que isso minimiza as falhas e faz a roda girar, mas o problema é que também…

3. Garante a mediocridade




Se as pessoas que trabalham contigo seguem roteiros do início ao fim, você está minimizando as chances de erro, mas também está garantindo que elas se tornarão carneirinhos dependentes de roteiros. Existem inúmeros exemplos de pessoas que infelizmente tiveram que tomar a decisão errada sabendo o que era certo “porque as coisas tem que ser assim”.

Acredite, por mais inteligente que você seja, você nunca conseguirá prever e ser justo com cada uma das situações que surgirão no dia a dia! Longe disso!!

Ou seja, no final das contas sua empresa não tem mais profissionais que precisam saber algo, mas sim cachorros bem treinados que ganham mais dinheiro por agir como você manda. Não preciso nem dizer que isso gera uma completa

4. Perda no sentido de trabalhar



Lógico, se você sabe que ganhará mais se fizer um bom relatório, você não fará bem o relatório porque é para fazer bem e você gosta disso, mas porque ganhará mais.

Com o tempo, seus valores invertem e você não vai querer mais o relatório que agrega, mas o que você ganha mais. Esse é o início de uma relação estranha com o dinheiro, que já comentamos por aqui.

Diversas experiências já foram feitas e provaram que nós não nos motivamos por diversas variáveis, e normalmente a mais fácil de racionalizar (esse trabalho me dará R$ 1.000 a mais) é a que ganha.

Aonde isso está acontecendo?


Dois exemplos rápidos para tornar o negócio mais prático…

Governo




A maioria das pessoas com quem converso querem mais controles, mais fiscalização, mais tudo de regras e incentivos para os nossos governantes. Na minha opinião, isso só torna o “funcionamento do sistema” mais caro. Ou você acha mesmo que o conselho fiscal acima do atual conselho será mais honesto? O governo é um ótimo exemplo para mostrar que controle torna não só muitas vezes o negócio mais ineficiente, como aumentam as chances de corrupção, já que tem mais gente envolvida, mais níveis, mais grana.

Empresas “meritocráticas”




As empresas ditas “meritocráticas” também merecem sua devida atenção, pois estão chegando a um extremo de pasteurização do trabalho que é comparável a regimes de escravidão e outros parecidos. O único motivo pelo qual a pessoa trabalha 16 horas por dia e passa o seu colega para trás é grana. De novo, já escrevemos aqui sobre o perigo que é endeusar o dinheiro e resumir seus resultados em cifras é, na minha opinião, realmente deshumanizar o trabalho, que é um dos maiores, se não o maior, espaço de aprendizado e geração de valor que temos.

Qual a solução?


É claro que algumas regras são necessárias, mas seu árduo trabalho não é fazer o sistema perfeito, mas sim definir uma área vasta e de certa forma indefinida que será trabalhada por todos. Ou seja, o mínimo de regras e incentivos, que garantam apenas o norte e coerência das ações, até porque quanto mais você engessar (principalmente na questão das metas), menos adaptável será sua empresa para aproveitar oportunidades de ouro que você não foi capaz de prever.



Acredite, nós aqui executamos diariamente padrões, checklists, modelos e etc, mas o passo a passo não pode ser deshumanizador, mas sim orientador. A checklist não vai tirar a conclusão para mim, mas sim garantir que eu não deixei nada de fora.

Sim, confesso, é muito difícil encontrar esse balanço, e nós vivemos esse conflito diariamente, e é por isso que chego no último, e mais importante ponto:

A solução não é o sistema!!!

O sistema é trabalhado por pessoas, portanto tudo depende delas. Quanto mais regras e incentivos mais eles serão educados a tentarem burlar, já que você está mudando o sentido do trabalho para elas. Se eles estão ali pelos incentivos, não julgue quando eles aprenderem um corta caminho que não beneficia a empresa para conseguir mais bônus.


Na LUZ costumamos dizer que é possível medir a confiança que o gestor tem na sua equipe pela quantidade de controles gerados na empresa. Se você está controlando coisa demais repense sua equipe, não o sistema!!

Em última instância, a sua meta não é que o sistema seja perfeito, mas sim que o sistema seja inútil! O ideal é que você torne-se inútil também, não o tomador de decisões.

Resumindo:


1. Não acredite em tudo o que você lê pois quem escreveu está querendo vender seu peixe, portanto raramente a teoria consegue ser tão facilmente aplicável.
2. Não fique neurótico com seus controles. Se controlar sua empresa é um problema para você, repense as pessoas que nela trabalham! Ter em mãos os principais números, desdobrar metas simples e regras que garantem o bom senso já são mais do que o suficiente para empresas com pessoas sensatas terem espaço para criar e crescer.
3. Por fim e não menos importante não deposite toda sua esperança em um novo e infalível sistema. Vemos diariamente empreendedores dizendo que as coisas nunca funcionaram “mas agora, com esse NOVO processo/sistema/consultor/rotina, vai funcionar!” Muito provavelmente não! Se as coisas não funcionavam no sistema antigo, tire a culpa do sistema e entenda de fato o por que.

Resumindo de novo, regras e incentivos são como a maioria das coisas: até certo ponto fazem bem, mas em exagero trazem consequencias drásticas.

Obs: vale lembrar que tudo o que foi dito diz respeito a relações entre pessoas, portanto pode ser aplicado desde nível governamental a relacionamentos amorosos.

E você, anda se perguntando como fará para controlar o seu crescimento? Compartilhe conosco suas experiências!

Espero que tenham aproveitado o feriado, vamos fechar essa semana global do empreendedorismo com classe!!! Nos vemos por aí nos eventos ;)

Abraços!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novos Facebooks e Googles surgirão e mídias sociais podem perder efetividade

A opinião é de Charlene Li, uma das 50 pessoas mais influentes do Vale do Silício


Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 30/09/2011
fernanda@mundodomarketing.com.br


Assim como a mídia tradicional perdeu sua hegemonia pelo poder das mídias sociais de serem pessoais em escala, novos modelos surgirão no futuro, em um meio que muda constantemente. É o que diz Charlene Li, considerada uma das 50 pessoas mais influentes do Vale do Silício, na Califórnia. Para a especialista, com o tempo, o Facebook pode decair e ser substituído, a exemplo do que já ocorreu com outros players, como o Friendster. “Posso garantir que haverá a próxima grande novidade e que ela começará a acontecer antes de realmente fazermos algo a respeito”.



Charlene é autora do livro “Groundswell: fenômenos sociais nos negócios – vença em um mundo transformado pelas redes sociais”, publicado em 2008, descrito como um dos mais importantes sobre o assunto por veículos como Fortune, BusinessWeek e Amazon.com. A profissional foi eleita ainda pela revista Fast Company uma das mentes mais criativas do planeta. Sua empresa, Altimer Group, ajuda companhias a criar e implementar estratégias digitais que complementem e fortaleçam os objetivos corporativos.

Em entrevista ao Mundo do Marketing, a especialista fala também sobre as transformações do mundo digital nos negócios e que ações as empresas devem - e não devem - fazer para obter sucesso nas redes sociais. “Não é tão importante ter uma conta no Twitter ou no Facebook, mas é importante que a empresa ouça e aprenda com o que as pessoas estão postando sobre ela”. Leia a entrevista na íntegra abaixo.

Mundo do Marketing: A mídia social já mudou bastante os negócios. O que mais será transformado?
Charlene Li: São muitas coisas em termos de Marketing, mas vemos ações dentro das organizações também. As pessoas estão se conectando mais frequentemente umas com as outras. Uma pesquisa que estou fazendo agora é de como as redes sociais funcionam dentro da empresa e como isso está mudando a maneira como nos conectamos e também como trabalhamos, as facilidades e o processo de transformação de toda a cultura dentro das organizações.

As mídias sociais impactam a maneira como as pessoas estão vivendo, externamente e internamente, o que pode trazer pontos positivos e negativos à empresa. No entanto, mais do que só uma ferramenta de comunicação, vemos pessoas se reunindo, se encontrando e compartilhando. Fundamentalmente, o que muda com as tecnologias sociais é que as pessoas estão compartilhando muito mais e sobre todos os aspectos de suas vidas. E, como resultado, quando compartilhamos, ficamos mais conectados e quando ficamos mais conectados temos contatos com coisas novas. Até o Twitter, que na verdade eu acho que não é bem uma rede social, é uma tecnologia muito social. Essa é a diferença.

Mundo do Marketing: Será que o Facebook terá o poder de criar uma internet paralela?

Charlene Li: Eu acho que não muito um mundo paralelo, mas um mundo conectado, com Facebook em todo lugar. O Facebook por si só não é tão poderoso quanto a rede conectada com o resto da internet e com tudo o que fazemos. Vejo um mundo onde o Facebook é muito poderoso em tudo que fazemos, mas não o vejo isolado.

Mundo do Marketing: É um lugar para compartilhar...
Charlene Li: Com certeza. O principal é a questão de compartilhar. O Facebook se importa com quantos pessoas estão lá, mas o mais importante é que os que estão lá compartilhem muito mais. O anúncio feito na semana passada pela empresa fala sobre compartilhar em um nível completamente novo. Será dividir tudo na sua vida, mas para você ficar confortável com isso, precisa confiar muito no Facebook.

Mundo do Marketing: Você acha que uma empresa que ainda não foca em mídia social pode continuar vendendo bem?

Charlene Li: Não acho que as empresas precisem focar. Elas precisam, no mínimo, ouvir o que os consumidores estão dizendo nas mídias sociais. Se não, é quase como dizer “Eu sei que as pessoas me ligam o tempo todo, mas não vou atender o telefone; sei que me enviam e-mails, mas não vou responder”. É a mesma coisa na mídia social. Elas são plataformas de comunicação, é assim que as pessoas se comunicam e compartilham. A diferença é que não estão te ligando diretamente, mas ainda assim estão falando sobre você. Em relação a negócios, não é tão importante ter uma conta no Twitter ou no Facebook, mas é importante que a empresa ouça e aprenda com o que as pessoas estão postando sobre ela.

Mundo do Marketing: Tudo hoje em dia parece ser guiado pela mídia social. Até que ponto isso é um acerto ou um erro para as companhias?

Charlene Li: É muito difícil, porque muda o tempo inteiro. Uma ação criada ontem, que parecia certa, já pode estar errada hoje. Tem coisas que você realmente não deve fazer, é preciso falar com voz humana, ser cooperativa, e não como um “press release”. Não existe uma maneira perfeita de agir. É quase como dizer qual é a maneira certa de fazer um comercial de TV. Há diversas maneiras de se fazer um comercial de televisão, mas qual a maneira correta? Nunca se sabe, não sabemos o que vai funcionar. É preciso testar, experimentar, ver o histórico do que funciona com a sua marca.

O ponto em relação às redes e mídias sociais é que não existe um histórico, elas mudam constantemente enquanto as tecnologias se desenvolvem. Fique longe do que é obviamente errado e todo o resto será baseado nas experiências que a empresa tem com seu cliente, seu relacionamento. E, mais do que tudo, é preciso estar preparado para cometer vários erros, para ver estratégias dando errado, do mesmo jeito que quando as pessoas começaram a fazer publicidade na televisão, elas não sabiam o que estavam fazendo, mas tiveram coragem de ir lá tentar e experimentar muitas coisas novas.

Mundo do Marketing: As mídias tradicionais hoje em dia perderam sua total efetividade e não são sociais. Há algum risco de isso acontecer com a própria mídia social?

Charlene Li: Com certeza. Não sei qual será a próxima grande novidade, mas sei que haverá algo. Isso é garantido. Do mesmo jeito que surgiu o jornal impresso, rádio, televisão, internet e a mídia social no topo da internet, haverá algo novo. Eu também queria saber o que é, mas o que posso garantir é que haverá e que ela começará a acontecer antes de realmente fazermos algo a respeito. Temos que esperar cerca de dois anos para uma inovação tornar-se tão “mainstream” que será necessário fazer algo em relação a ela.

O certo é que a empresa deve pensar no mix de mídia. O impresso nunca vai embora, ele se mantém poderoso. Vemos diversas conexões entre a mídia tradicional e a mídia social, elas se alimentam mutuamente muito bem. É importante trabalhar com todas as formas em conjunto.

Mundo do Marketing: Os canais normais perderam sua efetividade, entre outras razões, porque não são interativos, mas a mídia social pode se tornar tão massiva quanto as tradicionais até perder sua efetividade também?
Charlene Li: Acho que o motivo da mídia tradicional ter perdido sua efetividade é que o ponto em que ela era muito boa era a massa, poder enviar a mensagem a vários. Isso funcionou até termos diversos canais de TV, várias estações de rádio e jornais impressos. Agora, por ser tão distribuído, é difícil fazer o que desenhamos originalmente para uma grande massa. Eles perderam a efetividade por isso. É uma novidade poder ser interativo, mas agora podemos ser pessoais em escala. É uma evolução.

Mundo do Marketing: Hoje temos dois grandes players na internet, Google e Facebook. Você acha que podemos ter vários deles no futuro?
Charlene Li: Sim, mas a questão é que o Facebook está tentando usar os perfis como uma plataforma, criar coisas especializadas para nichos. Eu, por exemplo, tenho um filho vegetariano desde que ele tinha seis anos de idade. Esse é um nicho muito pequeno. Eu pertenço a grupos que falam sobre famílias que tem filhos vegetarianos quando os outros parentes não são. Isso nunca se tornará uma rede social, será um grupo que usa outras redes sociais.

O internauta tem uma reputação que tem uma leve conexão com Facebook, ou Google, ou Yahoo!. Existe uma identidade, e você provavelmente a mantém com um número pequeno de players. Sempre haverá um player dominante, mas com a necessidade de plataformas menores. Eu acho que eventualmente o Facebook vai decair, como já aconteceu com outras redes sociais antes dele, como o Friendster. E, mesmo assim, uma ferramenta não é a mais forte em todos os países. O Google, por exemplo, não é o mais forte na China.

Mundo do Marketing: Em que ponto as empresas mais erram na estratégia de mídia social?
Charlene Li: Mais do que pensar em uma estratégia para criar relacionamento com os clientes, é pensar no business. O maior problema para uma companhia é pensar na tecnologia em prioridade à parte de negócios. Se você não sabe qual será seu objetivo em uma prospecção de business, então não dá para saber o que fazer para atingir aquele objetivo. Alguns executivos vêm mostrar a página da empresa no Facebook e falo “Não me importo com essas coisas”. O motivo é que quero entender o negócio da companhia antes, se eu não puder entender seu objetivo, então não dá para ajudar com a estratégia. Esse é o maior erro, não pensar nos negócios antes.

Mundo do Marketing: Quais são os pontos-chave necessários para uma boa estratégia?
Charlene Li: Há quatro objetivos principais que você pode atingir com tecnologias sociais. É aprender com os consumidores, obter um diálogo e uma conversa com eles, apoiá-los e inovar com eles. Esses são pontos de partida, pensar no que você pode usar para cumprir seus objetivos de business. Além desses pontos, também deve-se pensar em que métricas usar. É preciso olhar para os diferentes cenários e tipos de objetivos e atingir uma métrica específica que funcione com a mídia social. Por último, é pensar no quanto a organização está preparada para conseguir executar a estratégia que deseja. É ótimo poder dizer “Eu quero ter um diálogo profundo ao invés de criar inovações”, mas se a empresa não tem os componentes necessários internamente para por isso em prática, ela vai falhar. É preciso um movimento dentro da organização para poder usar essas ferramentas e atingir a estratégia.

Mundo do Marketing: O primeiro passo é entender o comportamento das pessoas?

Charlene Li: Sim, a empresa tem o seu objetivo próprio, sabe o que quer atingir, mas não sabe qual é o objetivo dos consumidores. E esses objetivos precisam se encontrar. Se você não sabe o que passa na cabeça do consumidor, não vai atingi-lo.

Mundo do Marketing: O que a empresa pode fazer para entender o comportamento dos consumidores, além de ouvi-los?
Charlene Li: Eu acho que não é tanto ouvir, mas aprender como uma organização. Não é só fazer uma típica pesquisa de Marketing, mas entender como são os consumidores, o que realmente importa para eles. Só conseguir atingir isso já é um grande desafio. Por exemplo, uma empresa como a Dell tem uma maneira muito organizada e avançada para isso. Eles investiram, mais do que nada, em como ouvir e passar o conhecimento para toda a organização. A empresa treina seus funcionários sobre o que é a mídia social, como as pessoas usam, como a empresa usa, e tem um programa de certificação que 5.600 funcionários já fizeram para saber como usar a mídia social em beneficio da empresa. A maioria das companhias tem somente 50 pessoas aptas para usar mídia social e milhares de pessoas online. Pense na vantagem que a Dell tem sobre a HP, por exemplo, neste quesito.

Mundo do Marketing: Você acha que todo mundo na companhia deve usar a rede social?
Charlene Li: Eu acho que todos na empresa devem conhecer e entender as mídias sociais, para que quando alguém quiser interagir com eles pela rede, saibam responder. Nos Estados Unidos, 50% dos adultos estão online e usam mídias sociais. Parte das atividades que realizam, mesmo na vida pessoal, passam pela mídia. Assim, imagine que um amigo fale a um funcionário da Dell pelo Facebook “Estou pensando em comprar um computador Dell”. O que é preciso fazer? Responder ou não? O que dizer? Após o treinamento, aquele funcionário sabe que pode responder e o que falar.

Mundo do Marketing: Qual é o melhor caminho para as empresas participarem da conversa na mídia social?
Charlene Li: As empresas devem escolher seu foco, porque tem muita coisa no meio digital. Os internautas falam sobre tudo, até sobre as empresas b2b ou de manufatura. O principal é escolher um ou dois objetivos profissionais que a companhia quer atingir e aplicá-los na mídia social. Acredito que foco, disciplina e linhas-guias são essenciais. Não vai te levar muito longe ir tentando um monte de coisa diferente. É aceitável experimentar no começo, mas se a empresa quer usar a mídia social para propósitos comerciais, ela precisa dessas ferramentas.

Mundo do Marketing: Como medir o sucesso das estratégias?

Charlene Li: Vamos dizer que uma das coisas que você quer fazer como objetivo em business seja entrar em um novo mercado, por exemplo, para pessoas mais jovens. O que você pode fazer para medir é ver quantos deles usam o produto pelo mundo e usar esse resultado para avaliar todos os esforços. Usar um processo consistente de medida para tudo te dá o poder de tomar decisões. O ROI é importante, mas é relativo. É necessário comparar com outro resultado. Agora, o que é essa outra coisa? Costumo perguntar como as pessoas medem seus esforços em Marketing e a maioria diz que não usa métricas.

Mundo do Marketing: Você conhece algum caso de sucesso brasileiro nas mídias sociais?

Charlene Li: A L’oreal e a Oral-B do Brasil, além da Avianca, são muito ativas no Facebook e respondem imediatamente quando alguém faz uma pergunta. Eles têm pessoas dedicadas ao diálogo com os clientes, prontas para respondê-los. Essa estratégia vai longe em termos de criar relacionamento.

*Com reportagem de Bruno Mello