sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Gina Indelicada é um bom exemplo para as marcas?

 

Página criada no Facebook possui quase dois milhões de seguidores, números dignos de grandes marcas. Apesar da visibilidade, especialistas alertam para o risco desse posicionamento

Por Leticia Muniz, do Mundo do Marketing | 29/08/2012

leticia.muniz@mundodomarketing.com.br

Gina Indelicada,Luíza,Facebook,ActiviaUma marca icônica para as famílias brasileiras e uma ideia irreverente na cabeça. Assim nasceu a Gina Indelicada no Facebook. Criada há menos de um mês, a página já conta com quase dois milhões de seguidores, números dignos de grandes companhias. A empresa Rela Gina, proprietária da marca de palitos, vem estudando uma parceria com o criador do perfil, o estudante de publicidade Rick Lopes. Apesar da repercussão, especialistas atentam para o risco deste tipo de interação nas redes sociais.

O sucesso da página acabou empurrando a fabricante de palitos para as redes sociais. A marca até então esquecida pelos brasileiros precisou estudar uma negociação de parceria para administrar a visibilidade instantânea. Os números de seguidores estão equiparados a fan pages como a do Guaraná Antárctica, Heineken, Nestlé e Coca-Cola Zero.

Apesar de considerarem uma possível parceria entre o estudante e a Rela Gina como uma excelente oportunidade para gerar interação na internet, especialistas chamam a atenção para a linha tênue que divide o humor do tom ácido utilizado nas respostas do perfil e o que pode ser considerado ofensa pelos internautas.

Estilo alinhado à marca
O estilo utilizado na linguagem deve estar alinhado ao DNA da marca e precisa ser bem analisado antes de se pensar em parcerias utilizando o conteúdo produzido pelos internautas nas redes sociais. “Apesar de gerar uma excelente visibilidade, é preciso observar até que ponto o que está sendo colocado não fere a imagem e avaliar os riscos. Em alguns casos, o que é criado pelos consumidores é tão bem feito que acaba gerando um grande awarness de marca e, aí sim, deve ser aproveitado”, explica o CEO da E-Life Alessandro Barbosa em entrevista ao Mundo do Marketing.

A espontaneidade do ambiente social permite a criação de sucessos instantâneos, já que os internautas buscam a diversão e a irreverência. O sucesso de Gina Indelicada está ligado à própria marca, que há mais de 60 anos se apresenta da mesma forma e não conta com uma interação com os consumidores. A única ação desenvolvida pela Rela Gina no ambiente digital é o website, que apresenta apenas informações sobre a empresa e seus processos produtivos.
Marcas obrigadas às parcerias

Muitas vezes o sucesso dos conteúdos produzidos por terceiros acaba obrigando as marcas a seguirem o mesmo caminho. “É uma situação que acaba levando a empresa para a parceria. Neste caso, fazer algo contra acabaria gerando uma antipatia, já que a personagem caiu no gosto das pessoas. A marca pode sim usar o perfil como uma forma de Marketing, mas usar este tipo de posicionamento é arriscado”, diz Renato Abdo, especialista em Social Media e CEO da Sneezy.

As marcas podem criar ações semelhantes, mas devem estar focadas com a sua linha de posicionamento. A irreverência pode ser utilizada por empresas voltadas para o público jovem ou cuja imagem permita a utilização deste tipo de linguagem. “Isso funciona muito bem vindo do consumidor, mas não funciona de forma tão interessante quando parte diretamente das marcas. Não é tão natural. É importante que, caso se opte por este tipo de posicionamento, ele esteja totalmente ligado ao estilo da marca”, afirma Abdo.

Um exemplo de ação que perdeu a naturalidade quando relacionada a uma empresa foi a série de vídeos “Perdi meu amor na balada”, lançada pela Nokia. A ideia, que no início foi bem vista pelos internautas, que chegavam a torcer para que os dois personagens se encontrassem, acabou repercutindo mal para a empresa quando foi revelado tratar-se de um viral. Muitos consumidores não gostaram da iniciativa e criticaram a marca nas redes sociais.
O resultado mostra que o público prefere aquilo que é gerado de forma espontânea pelas pessoas. “É preciso cuidado por que, se a situação não for bem conduzida, pode acabar tendo um efeito contrário. Dependendo da situação, o conteúdo pode levar atributos ruins”, conta Renato Abdo.

Gina Indelicada,Luíza,Facebook,ActiviaBrincadeiras são comuns
A utilização das marcas para brincadeiras no ambiente social não é algo incomum. Activia, Johnnie Walker e Mastercard já enfrentaram esse tipo de situação e usaram as ações de forma bem humorada. “As marcas precisam saber lidar com isso, porque o embate pode acabar negativando a imagem. O posicionamento deve ser feito apenas em algumas situações, nos quais os valores são feridos”, explica Pedro Ivo Resende, Diretor-Executivo da Riot, em entrevista ao portal.

Seguir as tendências criadas pelos internautas é um caminho que pode ser usado pelas empresas, no entanto, não é algo fácil, já que, geralmente, tratam-se de modismos passageiros. “São sucessos imprevisíveis e muito rápidos. Esse tom ácido usado por Gina Indelicada pode ser seguido, mas implica em muitos riscos”, afirma Resende.

O ponto positivo de Gina Indelicada, além do humor, foi a capacidade de produzir visibilidade para a Rela Gina que, apesar de estar presente em boa parte dos lares brasileiros, quase não era notada. Mesmo gerando presença nas redes sociais, o posicionamento não agrega quando o assunto é construção de marca.

Valor para a marca
O boca a boca digital chama a atenção, mas não traz valor. “Usar o Facebook como construção de marca não traz benefícios. Usar apenas a graça pela graça não contribui. Pode-se sim pegar carona nesse posicionamento, mas o benefício maior é para o criador de Gina Indelicada, não para a empresa. O único benefício é o fato de ser uma marca que estava esquecida e agora é conhecida por todos. Isso só aumenta a lembrança, porém, sem levar nenhum benefício”, pondera Marcos Machado, Sócio-diretor da Top Brands, ao Mundo do Marketing.

Em uma sociedade onde se pratica cada vez mais o chamado Open Brand, onde as marcas deixam de pertencer às empresas para fazerem parte do que é produzido pelo consumidor, o melhor caminho é sempre investir na parceria para tirar o melhor proveito da situação. Evitar atacar diretamente o internauta é a melhor opção. “A situação é inevitável. O importante é que a marca analise se aquilo vai contra o seu DNA antes de agir, mas atacar nunca é o melhor caminho. Vejo sim a possibilidade de uma marca desenvolver uma ação como essa, mas não é algo fácil. Apesar de não parecer, o Marketing no Brasil ainda é conservador e tem medo de arriscar”, conta Marcelo Trípoli, CEO da iThink, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Apesar de não verem ganhos em termos de construção de marca para a Rela Gina a partir da Gina Indelicada, executivos de Marketing acreditam que a associação pode resultar em maiores vendas para a empresa por conta da visibilidade dada à personagem, mas não enxergam vantagens concretas em termos de branding.

Gina Indelicada,Luíza,Facebook,ActiviaSucesso passageiro
O sucesso da ação no Facebook pode ser passageiro, como no caso da “Luísa, que está no Canadá”. O bordão ganhou destaque na mídia, resultou em parceria entre a estudante e o Magazine Luiza, no entanto, não foi longe e acabou esquecido pelo público. Para analisar a repercussão de Gina Indelicada, a empresa eCRM 123 elaborou uma pesquisa nas redes sociais e concluiu que a personagem desperta sentimentos antagônicos de amor e ódio: 45% dos internautas consideram a ação positiva, 18% acham negativo, enquanto 37% se mantêm neutros diante do fato.

Ações desse tipo geram visibilidade, porém, sem engajamento. “Popularidade não significa engajamento. A utilização desse tom é algo complicado para a marca e pode resultar em prejuízos. As redes sociais são espaços sensíveis e que precisam ser trabalhados com cuidado. É necessária uma análise cuidadosa e coerente antes de se fazer uma ação dessas, porque utilizar esse tipo de posicionamento é muito arriscado”, alerta José Jarbas Pereira Jr, Diretor da eCRM 123, ao Mundo do Marketing.

Uma aula de Administração com Gina Indelicada

 

Fenômeno na internet nos ensina a enxergar a administração além do óbvio


"Gina, me disseram que você tá falida, porque ninguém mais compra palitos, pois todos preferem fio dental...", comenta um usuário do Facebook. "É? Você come petiscos com fio dental? Deve ser legal brincar de laçar as fritas, né?", responde a personagem que atende pela alcunha de Gina Indelicada, identificada com o rosto da modelo Zofia Burk, aquela que virou sinônimo da marca de palitos Gina.
Com tiradas sarcásticas como essa, a fan page Gina Indelicada tornou-se um fenômeno no Facebook: em uma semana, ultrapassou 1 milhão de fãs, tirou do limbo a adormecida marca Gina e tornou-se o centro das atenções no meio digital - e fora dele. Ok, você aí do outro lado deve estar resmungando que se trata de mais um desses virais da internet que aparecem da noite pro dia e somem com a mesma velocidade - do dia pra noite. Certo? Pode até ser, mas o que está por trás do sucesso da Gina Indelicada interessa e muito para os administradores. Keep calm que eu explico.
Boa parte dos virais são não-intencionais. Uma família com sua webcam grava um vídeo cantando uma música e, bum!, explode na rede a febre "para nossa alegria". O colunista social se gaba em um comercial que sua filha está fazendo intercâmbio, e todo mundo passa a comentar a gafe, "menos Luiza, que está no Canadá". Um adolescente judeu grava um vídeo para comemorar o seu Bar Mitzvah, e quase que automaticamente passamos a cantarolar "eu sou Nissim Ourfali". Gina Indelicada é um viral diferente: ela foi criada intencionalmente para fazer sucesso. O detalhe: por um garoto de 19 anos, recém saído da puberdade.
Mereceria até uma capa da revista Administradores, não? (Arte: Thiago Castor/Administradores.com)

Ricck Lopes, o jovem estudante de publicidade, já havia criado outra página popular no Facebook, dedicada a compartilhar imagens cômicas e outras bobagens que alimentam os botões de Curtir e Compartilhar da rede de Mark Zuckerberg. Essa fan page foi o seu laboratório para entender a dinâmica da rede social, como as pessoas se comportam, o que gera mais "curtidas" e compartilhamentos, o que gera comentários e, o mais importante, como engajar os internautas.
Com base no seu exercício de antropologia digital, Ricck observou que, tradicionalmente, as pessoas no Facebook reagem a um determinado conteúdo, seja curtindo, compartilhando ou comentando alguma postagem, e decidiu fazer algo diferente: colocá-las do mesmo lado do editor da página, ou seja, ajudando a criar esse conteúdo. A dinâmica é bastante simples: os usuários enviam uma pergunta e Gina Indelicada responde - à sua maneira, claro. E a diversão dos fãs faz o resto, espalhando os diálogos de Gina pela rede milhares e milhares de vezes.
E o que isso tem a ver com Administração? Tudo. Há algum tempo, as empresas se deram conta da importância de marcar presença nas redes sociais - e têm feito isso da maneira que aprenderam desde sempre, ou seja, investindo pesado. Agências e consultores especializados são contratados, e dê-lhe anúncios nos mais diferentes meios (dentre eles, a própria internet) e promoções exclusivamente voltadas para aumentar o número de fãs e seguidores virtuais. O Burger King Brasil, por exemplo, criou sua página no Facebook há mais de um ano e apenas recentemente atingiu a marca de 1 milhão de fãs, feito que Gina Indelicada (ou Ricck Lopes, como preferir) realizou em apenas uma semana, sem gastar um mísero real e sem dar um hambúrguer a ninguém. Nem Philip Kotler conseguiria algo parecido.
Ricck Lopes nos ensinou que, antes de fazer qualquer investimento, devemos conhecer o nosso público-alvo a fundo e conhecer, também, o ambiente onde atuamos. Somente a partir daí, podemos criar e desenvolver o nosso produto (de preferência com a participação direta dos consumidores!). Gina Indelicada pode seguir a curva do ciclo de vida de qualquer viral, esfriando com o tempo, mas Ricck Lopes, seu criador, escreveu um importante capítulo no complexo livro que busca entender o que são as redes sociais, como ela nos afetam - e como podemos tirar proveito dela em nossos negócios.
Se fizéssemos à Gina Indelicada a seguinte pergunta: "Gina, o que devo fazer para ter mais sucesso em meu negócio?", com certeza ela responderia:
- Comece a enxergar a Administração além do óbvio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Senhoras e senhores, Gina do Palito! A garota propaganda mais cotada na internet


 

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Mais uma vez, brincadeira se transformando em um buzz incontrolável! Por meio de interações com os seguidores em respostas mal humoradas e irônicas, a página Gina Indelicada no Facebook virou sucesso. Ela foi criada pelo estudante de publicidade e propaganda Riccky Lopes, de apenas 19 anos. Em menos de 10 dias o perfil alcançou cerca de 1,5 milhão de seguidores. A criação do perfil foi trabalhada em cima da imagem da garota propaganda do palito da década de 1970, a Rela Gina.
E vem aquela “pulguinha” atrás da orelha: será que essa página criada prejudica a imagem institucional da marca Gina?
Inicialmente, a Rela Gina declarou que acionaria o jurídico para retirar a página do ar por uso indevido e de caráter comercial da marca Gina, que já está há 65 anos no mercado e possuí uma marca de prestígio junto a seus consumidores. Porém, a empresa repensou o seu posicionamento quando percebeu que, sem gastar nenhum centavo, tornou-se um dos assuntos mais comentados no Brasil nos últimos dias.
A empresa entrou em contato com o estudante e suspendeu a ideia de processá-lo e pedir o cancelamento da página, que causaria um grande desconforto aos mais de 1,5 milhão de curtidores e os mais de 2 milhões de perfis que falam sobre a Gina Indelicada.
Vivemos uma era em que a internet vem transformando todo o processo de comunicação entre empresa e público-alvo. Para chamar a atenção do consumidor, as marcas precisam apostar mais em meios diferenciados, que garantam a interação com os públicos.
Danilo Gentili entrevista o criador da página da Gina Indelicada. Veja o que Riccky Lopes fala a respeito:

Quem será o próximo personagem a ganhar esse tremendo destaque? Quem sabe você não será o próximo criador.

Mudança: entenda por que saber administrá-la faz toda a diferença

 

Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, David Miller, fundador da consultoria britânica ChangeFirst, especializada em gestão de mudança, explica qual o melhor momento para buscar uma mudança

Por Agatha Justino
O mundo globalizado é uma selva bem particular. Entre arranha-céus e grandes empresas, vemos, além da competitividade entre as organizações, a necessidade dos profissionais e empresas se renovarem. Mas mudar por mudar, de qualquer jeito, não faz sentido. Por isso, saber administrar as transições pode definir a grande diferença entre uma mudança bem sucedida e outra fracassa.
Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, David Miller, fundador da consultoria britânica ChangeFirst, especializada em gestão de mudança, explica qual o melhor momento para buscar uma mudança, por que nem toda empresa precisa mudar e dá algumas dicas para transições bem sucedidas.

Qual é o melhor momento para uma empresa buscar por mudanças?

A melhor época para uma empresa mudar é quando tem um problema para resolver ou uma oportunidade real de ser compreendida. Organizações se transformam de uma maneira melhor quando elas têm uma razão de mudança tangível e visível, de modo que todos na organização reconheçam e compreendam.

Uma empresa estabilizada no mercado também deve pensar em mudanças?

Nós nunca defenderíamos fazer uma mudança apenas por fazer. Mas se as organizações não estão prontas para mudar, o que pode acontecer é que quando os clientes ou acionistas exigirem uma transformação, eles não estarão preparados, porque não desenvolveram as habilidades ou a mentalidade para conduzir essa mudança. Faltará uma espécie de músculo para sustentá-la. Inclusive, será mais difícil para convencer aos profissionais, que estão habituados ao seu status quo, a aceitarem as mudanças quando o momento chegar.
Imagem: Thinkstock

Você afirma que é difícil um profissional mudar porque não estamos acostumados a sair da nossa zona de conforto. Como um líder deve agir para quebrar essa resistência?

Em primeiro lugar, eu acho importante se referir a isso como resistência, por que essa palavra possui uma conotação negativa. Nós, seres humanos, desenvolvemos maneiras de estar no controle por um longo período e não gostamos quando esse poder é interrompido. No entanto, os líderes podem ajudar de três maneiras: Eles podem mostrar aos funcionários a necessidade da mudança e que o status quo já não é mais uma situação viável. Podem também interagir com as pessoas e ajudá-las a perceber que elas também precisam mudar individualmente, mas isso deve ser feito oferecendo alternativas e sugestões de como repaginar seu trabalho. Por último, os líderes devem assumir um papel de modelo da nova forma de trabalhar. Muitos chefes costumam a apontar nos funcionários o que eles precisam mudar, mas continuam agindo da mesma maneira que sempre agiram.

De acordo com pesquisas, 70% das mudanças falham antes de atingirem seus objetivos. Por que isso acontece?

Bem, nós acreditamos que a maioria das mudanças não são falhas nesse sentido. Elas são o que chamamos, geralmente, de instaladas. Então, o investimento é feito, mas as pessoas não modificam seu comportamento. Assim o retorno sobre investimento (ROI) nunca é alcançado. Existem muitas razões pelas quais isso acontece, mas as três mais frequentes são: Poucas mudanças na liderança da empresa, em relação a todos os níveis de gerência; A incapacidade de engajar os funcionários que mais precisam de mudanças; Os profissionais não entendem por que a mudança está acontecendo, e as razões pelas quais precisam realizar mudanças individuais.

Qual a diferença entre seu método de mudanças, o PCI, dos outros?

Eu acredito que existam duas diferenças. Primeiramente, é uma abordagem que procura não apenas mudar, mas ajudar as organizações a executar seus planos e fornecer suporte as pessoas afetadas pelo projeto de transformação. Segundo, e talvez mais importante, o PCI acompanha todas as pessoas para que elas obtenham sucesso durante o processo. Nós ajudamos as pessoas desenvolverem habilidades e a confiança necessária para crescer. Nós estamos certos de que as organizações que têm as melhores gerências serão mais bem sucedidas na mudança;

Em todo o seu trabalho voltado para essa área, quais são as principais dicas você daria paras os gestores que desejam fazer algum tipo de mudança em sua organização?

Há muito a dizer! Mas deixe-me dar dois conselhos. Analise os pontos que você acredita que necessitem de mudanças, foque e trabalhe em como você vai fazê-la ser bem-sucedida. Líderes geralmente pensam que já mudaram e incorporaram as novas qualidades à maneira de trabalhar, e os casos que isto realmente acontecem são raros. Então trabalhe em como você vai mostrar a organização que você mudou. Quais são as atitudes que você tomará que são diferentes?

E em relação a forma de transmitir as informações aos colaboradores. Existe alguma maneira mais apropriada para essa comunicação?

Gostaria de tratá-los como stakeholders (partes interessadas). É necessário que as informações cheguem até eles desde o começo das mudanças. Evite surpresas e que a comunicação seja lenta.

Fórmula de Sucesso dos Casamentos = CRM + EFM

 

Postado por Guilherme Cerqueira - 28/08/2012
 
Muitos clientes me perguntam quais as diferenças entre EFM (Enterprise Feedback Management) e CRM (Customer Relationship Management). Tentarei explicar o assunto de uma maneira simples nas próximas linhas. Desde sempre, tanto os homens quanto as mulheres fazem uso do sucesso da combinação de CRM + EFM para conquistar a pessoa amada e alcançar o casamento. O problema é que, após conquistarem seus pares, essa combinação é abandonada e são raros os casais que alcançam a meta: “e viveram felizes para sempre”.

Na fase da conquista, ao se depararem com um “cliente potencial” (mulher), os homens disciplinadamente abastecem seu sistema de CRM – aqui, você pode entender como um telefone celular- usando o famoso jargão “você me dá seu telefone?”. Mas hoje existem os telefones modernos, que já organizam mais que uma agenda, mas cadastro de lembretes, idade, amigos e coisas em comum, que vão desde o histórico de relacionamento até percepção sobre cada “atendimento”.

Saber o nome, as rotinas e o perfil do cliente - CRM -, porém, não garante nenhum poder de oferta alinhada com as expectativas do momento de decisão compra. Acima de tudo, é importante estar alinhado com as demandas que ele tem no momento em que ele está disposto a negociar uma oferta – e nesse contexto se insere a Gestão de Feedback (EFM). Feedbacks coletados em eventos sociais ou em papos despretensiosos com as “melhores amigas”, permitem a realização “mental” de um projeto de Gestão de Feedback (EFM). Os mais espertos correm para aproveitar as informações ainda no auge do seu valor.

Ao combinar o poder do CRM (perfil e histórico) com o poder de um EFM (informações de momento), basta apenas que o homem gere uma oportunidade com a “cliente potencial” para finalmente cantar músicas para seus ouvidos. Ou seja, no momento certo ele aparece “por acaso”; sugere jantares em restaurantes que ela deseja ir; no encontro fala sobre seu amor por família; por crianças e comenta o quanto é difícil encontrar pessoas sérias e dedicadas nos dias de hoje. Informações valiosas obtidas através do feedback das amigas.

Esse simples exemplo pode ser intitulado como o próprio EFM em ação. Ele sabia que ela estava, naquele momento, em busca de um relacionamento sério para construir um futuro. Não é preciso dizer que por mais que a concorrência seja mais bonita, isso nunca será o suficiente para competir com o homem da nossa história. O fator decisivo deixou de ser o produto e passou a ser a informação que ele tem sobre o quando, sobre o porquê e sobre o como a mulher irá escolher o homem que ela busca naquele momento. Nem antes, nem depois. Cedo ou tarde, tanto os homens quanto as mulheres começam a ter desejos de fidelização eterna, ou melhor dizendo, “casamento”. Casei com o cliente, e agora? Acabou o CRM e o EFM?

Após o casamento, caem as cortinas e saber tudo sobre o cliente (CRM) não é mais um privilégio. Aquilo que o outro deseja deixa de ser prioridade e a pressa em prestar o atendimento mais curto torna-se a regra do relacionamento. O comodismo faz com que o casal esqueça a importância da gestão de feedback (EFM). Até que, por motivos óbvios, o cliente ameaça ir embora. Apenas nessa hora é que surgem ofertas desesperadas da área de retenção (churn) que prometem um futuro melhor. O problema é que muitas vezes o cliente já desistiu.

O CRM e EFM são conceitos de igual importância e absolutamente complementares. O CRM te mostra o “Quem”, “Onde” e o “Quanto (do passado)”, já o EFM te mostra o “Quando”, o “O Que”, o “Como”, o “Por que” e o “Quanto (do futuro)”. Combinar CRM e EFM é mais do que ouvir o cliente, é ouvir o dinheiro e ter sempre ofertas que vão ao encontro a ele.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Heineken, Petrópolis e Schin disputam segundo lugar nas redes sociais

 

Com base no comportamento de seus consumidores, marcas desenvolvem ações digitais diferenciadas para promover seus produtos e engajar seus seguidores

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 27/08/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Ambev,Skol,Kaiser,Heineken,Schin,Brahma,AntarcticaQuinto maior fabricante de cerveja no mundo, o Brasil produz anualmente 10,34 bilhões de litros da bebida e fatura mais de R$ 25 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). De olho no mercado e em seu potencial, os grupos Heineken, Petrópolis e Schincariol lançam estratégias cada vez mais focadas nas mídias sociais para atrair consumidores e disputar o segundo lugar, atrás apenas da gigante Ambev. Hoje, a dona da Skol, Antarctica e Brahma é considerada a companhia mais valiosa do país, estimada em R$ 215,14 bilhões pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Longe das estratégias agressivas da década de 1990, os quatro grupos assinaram recentemente um pacto de não-agressão para evitar sanções do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Depois das telefônicas, as cervejarias são as campeãs de disputas na publicidade e Marketing. Ainda que nas mídias tradicionais as campanhas sejam mais apelativas, nas redes sociais os grupos trabalham cada vez mais a interatividade para atrair novos consumidores.
Ambev,Skol,Kaiser,Heineken,Schin,Brahma,AntarcticaO reposicionamento da Kaiser é um case de sucesso recente no mercado cervejeiro. Comprada pelo grupo Heineken há pouco mais de um ano, a mudança na identidade visual e na fórmula do produto, é reforçada por meio do Facebook, que ajuda a fidelizar e atrair consumidores, principalmente da classe média emergente. A Kaiser tem mais de 188 mil fãs na rede social e conta com ações divertidas na plataforma, como o “Churrasco na Laje”, em que incentiva eventos nas comunidades sugerindo a compra da cerveja. O número é maior do que o perfil da própria Cervejaria Heineken Brasil, com 161 mil pessoas.
Como marca, a página mundial da cerveja holandesa conta com mais de oito milhões de seguidores e tem sistema de reconhecimento por países. A estratégia é fazer com que cada marca se sobressaia, sem mostrar competitividade entre elas, trazendo conteúdo. “A qualidade do diálogo é muito nítida e percebemos que no caso da Kaiser, por exemplo, passamos de um estado de rejeição e resistência para consumidores que se transformaram em advogados da marca. Hoje, o Facebook tem um papel estratégico e a audiência ajuda a criar nosso discurso baseado na verdade”, avalia Chiara Martini, Gerente de Mídia Digital da Heineken Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Quando a estratégia manda
Um perfil nas redes sociais não basta. Ainda que as marcas de cerveja estejam conectadas a plataformas digitais, o diferencial será feito por aquelas que entenderem que tipo de consumidor procuram e de que forma chegar até eles. A Skol, por exemplo, têm 6,4 milhões de fãs no Facebook, o maior número entre as marcas nacionais e, como estratégia de Marketing, conta com ações promocionais ao longo do ano e até uma rádio para interatividade. A Brahma também inovou ao lançar perfis na rede social a partir de times de futebol, o do Flamengo conta com mais de 1,5 milhões de seguidores.
Ambev,Skol,Kaiser,Heineken,Schin,Brahma,AntarcticaDesde que as redes sociais surgiram e se popularizaram, o comportamento do consumidor e a relação dele com as marcas passaram por mudanças até então impensáveis. No mercado cervejeiro, o destaque irá para os que souberem usar a linguagem a seu favor. “Nosso mercado é super competitivo, a diferença é que o ambiente do digital permite que a estratégia tenha mais valor do que o investimento. Antes era uma via: determinava-se a mensagem e a transmitia na TV, jornal e revista. Hoje existe uma preocupação de como entrar na conversa”, pontua Chiara.
A semelhança entre os produtos acaba sendo a maior dificuldade dos grupos. Mesmo que haja diferenciação na qualidade e ingredientes, a linguagem de abordar o consumidor será fundamental para as marcas terem destaque. “É preciso chegar ao consumidor participando da vida dele, celebrando bons momentos. Nas redes sociais, a relação é direta, ele reage a estímulos que fazemos e isso é essencial. Ouvir nosso público nos direciona para qual caminho devemos seguir”, diz Luciano Sadi, Gerente da Marca Nova Schin, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A diferença no relacionamento entre as mídias tradicionais e as mídias sociais acaba sendo a influência que o consumidor gera, antes preterido apenas ao papel de receptor. “As redes sociais são fundamentais, ou você tem ou terão por você. É uma ferramenta importante e um trabalho efetivo para formar opinião, buscar consumidores e embaixadores da sua marca. Acaba sendo um termômetro dos nossos produtos”, afirma Douglas Costa, Diretor de Mercado do Grupo Petrópolis, em entrevista ao portal.

#dasbancas: há horário nobre na internet?

 

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A resposta para a questão título deste post é: SIM, existe um prime time da internet brasileira. Quem garante é a revista Proxxima, que em sua edição de agosto mapeou os horários de maior acesso e interação dos usuários com plataformas digitais e publicidade na web.
 
Uma das primeiras constatações da reportagem é que o horário nobre da internet no país varia de acordo com o dispositivo e o target. Especialistas ouvidos pela publicação afirmaram que PC e laptop são fortemente usados durante o horário de trabalho (das 8h às 18h). Já os smartphones apresentam estabilidade ao longo do dia, e pico depois das 18h. Os tablets caíram no gosto dos brasileiros e movimentam o tráfego na web pela manhã e no final da noite, depois das 22h. Hoje eles são considerados a segunda tela da casa, perdendo apenas para a TV.
Um estudo da Hi-Midia, empresa especializada em segmentação, feito em junho deste ano aponta que o período das 19h às 22h é o horário nobre da internet. E a principal atividade dos usuários é interagir pelas redes sociais (41%), seguida pela leitura de notícias (32%) e visualização de vídeos (31%). Neste prime time também estão incluídos a leitura e o envio de e-mails.
Depois das 22h, a atividade que reina é a diversão com games e o download de filmes e músicas.
Para quem ficou curioso com relação aos sábados e domingos, o estudo relevou que o horário de maior tráfego é entre 14h e 22h.
No que se refere ao e-commerce, empresas do setor registram maior audiência antes do almoço (entre 11h e 12h) e à noite (das 22h às 23h).
A revista Proxxima de agosto traz mais dados bem curiosos e preciosos para quem precisa saber o melhor horário de postagem e interação.

Pesquisa: Redes Sociais influenciam paulistanos a fazerem compras pela internet

 

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Segundo dados da pesquisa Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) realizada com cerca de mil internautas de São Paulo em maio deste ano, informações veiculadas nas redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter influenciam as decisões de compra pela internet de 48,64% dos entrevistados.
 
Na capital paulista, 87,94% dos internautas fazem parte de alguma destas redes sociais, índice que aumenta para 92,08% na faixa de 18 e 35 anos. Deste total de internautas, cerca de um quarto (25,17%) faz compras por meio das redes sociais. Dos que ainda não o fizeram, 18,79% se mostraram propensos a aderir a este tipo de compra, segundo informações da pesquisa.
O Facebook é a rede social mais popular entre os internautas, com a preferência de 90,02% dos paulistanos em 2012, aumento de 35,98% em relação ao ano passado. O Twitter também teve um aumento expressivo, de 11,89 pontos percentuais, e agora é utilizado por 30,95% dos internautas, conforme apontou o estudo. Além disso, os pesquisadores constataram que mais da metade dos paulistanos utilizam a internet para fazer compras, o chamado e-commerce: 62,71% do total de internautas consultados, o que representa um crescimento de 11,21% em relação a 2011. A praticidade no momento de efetuar a compra é o principal motivo apontado, seguido por preço e confiança na empresa. Além disso, citaram variedade de produtos e o marketing como vantagens em relação à compra presencial.
Em contrapartida, o medo de fraudes é o que mais afasta o internauta das compras online, índice que subiu de 52,69% em 2011 para 61,04% neste ano. O custo final da compra, com o valor do frete embutido, por outro lado, deixou de ser um empecilho para a maior parte dos usuários.
No quesito segurança, cresceu o número de internautas que já foi vítima de algum crime eletrônico. Segundo a pesquisa, atualmente este total é de 12,76% contra 8,48% registrados no ano anterior. A não entrega do produto comprado é o crime mais comum, atingindo 28,13% dos internautas que afirmaram já terem sido vítimas de algum crime eletrônico. Em seguida, afetando 21,09% deste público, está a clonagem de cartão.
E você já foi influenciado pelas redes sociais na compra de um produto ou serviço?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Comunicação do varejo não é atrativa nem motiva compra

Foco das marcas nas liquidações e reduções de preço prejudicam identificação por parte consumidor. Para ele, em diversas categorias todas são iguais ou muito parecidas

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 20/08/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Varejo,pesquisa,comunicação,Brazilian Retail Week 2012,hipermercado,têxtil,eletrodomésticosA comunicação do varejo não é atrativa e não motiva a compra nas categorias de têxtil, hipermercado e eletrodoméstico. A falta de um planejamento adequado que faça o consumidor entender uma marca e, a partir daí, se identificar com a linguagem usada por ela é falha no Brasil. A conclusão faz parte da pesquisa “O que funciona e o que não funciona na comunicação de varejo”, da Officina Sophia, apresentada na Brazilian Retail Week em 2012.
Boa parte dos grupos dialoga com seu público-alvo de duas formas: primeiro na construção e exposição da imagem da marca e, em seguida, na mobilização da compra por meio de ofertas e ações promocionais. O problema é que a linguagem utilizada pelas empresas concorrentes para se destacarem é praticamente a mesma e a diferenciação pouco se nota.
Para o estudo, a Officina Sophia avaliou na categoria têxtil as redes C&A, Marisa, Renner e Riachuelo. A falta de discernimento é constatada a partir dos filmes feitos para a divulgação das coleções: 63% dos consumidores ouvidos na pesquisa não identificaram a marca que assinava o vídeo. “Se a comunicação não é bem trabalhada no sentido de mostrar os diferenciais daquela loja, para aquele target, a tendência é de distanciamento dos consumidores. O ponto de venda pode ter posicionamento muito claro, mas sem eficiência na comunicação, haverá uma lacuna entre marca e público”, avalia Valéria Rodrigues, Diretora da Officina Sophia, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Na categoria hipermercado, a instituição avaliou o Carrefour, o Extra e o Walmart. Ainda que haja confusão entre as marcas, ela é menor, com 65% de identificação. A categoria eletrodomésticos, com Casas Bahia, Magazine Luiza e Ponto Frio, também têm índices menos negativos, com 62% de reconhecimento por parte dos consumidores.
Elementos necessários
Mais do que oferta e ações agressivas que nem sempre alcançam o esperado, o essencial para um planejamento de comunicação é o posicionamento claro de quem é a marca e o que ela quer transmitir. O estudo da Officina Sophia indica, por exemplo, que 87% dos brasileiros entrevistados não se sentem atraídos para consumir e 86% não se sentem motivados por não se reconhecerem nas estratégias de Marketing das redes analisadas.
Varejo,pesquisa,comunicação,Brazilian Retail Week 2012,hipermercado,têxtil,eletrodomésticosA pasteurização que o mercado de varejo enfrenta hoje poderia ser atenuado com elementos que funcionem independentemente de ofertas ou ações promocionais. O personagem Sebastian, da C&A, é um case de sucesso neste sentido. Por 20 anos à frente de comerciais e estratégias da marca e encerrando a parceria em 2010, o dançarino permanece no imaginário do brasileiro.
Considerado garoto propaganda, o ator foi além em sua participação, transformando-se em um elemento de identificação da C&A. “O Sebastian tinha tudo a ver com a imagem que a marca queria passar. Moderno, jovem, antenado, ele personificava isso e personifica até hoje, ainda sendo exemplo de uma lembrança positiva e com aderência. O que não significa que todas as marcas precisem de personagens. Um slogan, cores bem definidas, ações de sustentabilidade são exemplos de elementos. Sem eles, os grupos acabam não conversando com os consumidores”, afirma Valéria.
Pensar além
Segundo meio de comunicação com capacidade de atrair e mobilizar consumidores, as vitrines são esquecidas pelas marcas. De acordo com o estudo, 90% dos consumidores não sentem vontade de entrar nos estabelecimentos de nenhuma das categorias estudadas ao se depararem com as vitrines e 89% não sentem motivação para comprarem a partir delas.
A identificação também é pouco assimilada: 80% não conseguem perceber qual é a rede apenas olhando uma vitrine. Para os entrevistados, não há entendimento do motivo que levam as lojas a taparem os produtos com preços em grandes formatos ou ainda cartazes que poluem a visualização dos mesmos. Estratégias como colocar looks completos ou apresentar peças com sobreposições e acessórios, na opinião dos consumidores, desmitificaria a funcionalidade do vestuário e, ao mesmo tempo, daria autenticidade à marca.
A não compreensão do uso das vitrines como mídia, tanto pelos grupos como pelas próprias agências criadoras de ações de Marketing, deixam uma grande oportunidade para trás e contribuem para a pasteurização. “Diariamente as marcas gastam dinheiro em mídias tradicionais ou online e não pensam na construção da imagem. Cada empresa deve ter seu posicionamento e usar isso para falar com o consumidor. Se as marcas deixarem de se comunicar, o distanciamento vai se tornar maior e a indiferenciação e comoditização também. Para o consumidor, tanto fará e tudo tem levado para esse caminho”, pontua a Diretora da Officina Sophia ao portal.

4 lições de empresas milenares


Se empresas centenárias já são uma grande referência e inspiração a qualquer empreendedor, o que dizer do seletíssimo grupo das companhias que foram capazes de ultrapassar os mil anos de vida?



Se empresas centenárias já são uma grande referência e inspiração a qualquer empreendedor, o que dizer do seletíssimo grupo das companhias que foram capazes de ultrapassar os mil anos de vida? Elas trazem lições inesperadas e até mesmo contrárias ao senso comum, questionando certas verdades absolutas do mundo corporativo. Vejamos alguns conselhos dessas avós.

Construa negócios como filhos, não como investimentos

Fusões e aquisições, tão comuns hoje em dia, passam longe dos planos das empresas milenares. O objetivo é manter os negócios dentro da família, como se esforça em fazer o hotel japonês Nisiyama Onsen Keiunkan, fundado em 705 d.C e atualmente administrado pela 52ª geração de descendentes. Essa atitude exige mais dedicação dos gestores, que se preocupam em criar negócios bons o bastante para sustentar os filhos e netos e não somente "repassar o ponto".
hotel
Hotel Nisiyama Onsen Keiunkan (imagem: divulgação)

Flexibilidade: se o mercado chora, venda lenços

Se todos os negócios evoluem sobre instantes de expansão e recessão, é importante saber que sempre há uma nova oportunidade escondida no momento de crise. Com base nesse princípio a construtora japonesa Kongo Gumi, fundada em 578 d.C, deixou a construção de templos budistas para se dedicar à fabricação de caixões funerários, ao longo da segunda guerra mundial. Uma solução que, apesar de mórbida, garantiu a sobrevivência da companhia num período sem qualquer demanda pelos seus serviços.

Venda produtos culturalmente imprescindíveis

O investidor americano Warren Buffett mantém uma regra bastante coerente, como ele só faz investimentos de longo prazo, também só compra ações de empresas cujos produtos serão sempre imprescindíveis, como lâminas de barbear, refrigerantes ou ferrovias. A mesma receita é adotada pelas empresas milenares, que apostam em artigos religiosos, hotelaria ou mesmo vinicultura. Este último é o caso da alemã Staffelter Hof. Fundada em 862 d.C, ela é a vinícola mais antiga do mundo. Já são 1.150 anos vendendo um produto que, por questões culturais, sempre terá um mercado convicto: o de vinhos.

Longevidade exige moderação

O fanatismo pelo crescimento acelerado ou a superexposição publicitária não fazem parte da estratégia das companhias milenares. Entre elas a ordem é algo como "faça o seu trabalho da melhor forma possível, e isso basta". A ideia é que forçar situações significa tirá-las da condição de harmonia – do seu fluxo natural, como já conversamos no artigo "5 lições do aikido" – prejudicando a evolução dos negócios no longo prazo. Um princípio tipicamente oriental que se verifica no hotel japonês Nisiyama Onsen Keiunkan, com seus 35 quartos, 50 funcionários e nenhuma expectativa de ampliar ou diversificar os negócios, apesar da lotação constante.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

5 dicas de marketing para atrair o consumidor da classe C

 

Segundo pesquisa da empresa Cetelem BGN em parceira com o instituto Ipsos Publics Affair, realizada neste ano, 54% da população brasileira faz parte desse grupo


O consumidor da classe C caracteriza-se por possuir renda familiar de até R$3 mil mensais. Segundo pesquisa da empresa Cetelem BGN em parceira com o instituto Ipsos Publics Affair, realizada neste ano, 54% da população brasileira faz parte da classe C.
Desse total, cerca de 50% são consumidores virtuais – conforme a e-bit, que apostam no e-commerce como uma das principais formas de negociação. Sendo a classe C um público crescente, destacamos algumas dicas de marketing para conquistá-lo e ampliar o market share de sua loja virtual:

• Aposte em valores competitivos

É interessante que os valores oferecidos ao consumo da classe C sejam competitivos, não podendo ser preços altos, para que não comprometa o orçamento do seu consumidor. Nesse sentido, vale trabalhar com itens de valores agregados;
Imagem: Thinkstock

• Divulgue as ações de seu negócio

A classe C deve ser informada sobre as novidades da loja virtual, para manter-se ativa, principalmente diante das datas comemorativas. Nesse sentido, aposte na divulgação das ações através de e-mails marketing e das mídias sociais;

• Trabalhe a usabilidade

Trabalhe em sua loja virtual a usabilidade, ou seja, facilite o processo de compra ao consumidor. Disponibilizar o passo a passo da negociação também é uma forma de auxiliar os clientes que estão chegando ao e-commerce;

• Facilite o pagamento

Trabalhar com a classe C demanda facilitar a negociação, bem como as formas de pagamento. Nesse sentido, apresente todos os meios possíveis, para que o consumidor se sinta estimulado a comprar;

• Disponha-se ao cliente

É natural que o consumidor tenha dúvidas quanto ao processo de negociação. Por isso, caso essas dúvidas surjam, esteja disponível ao cliente. Apresente meios de comunicação para que seu cliente entre em contato quando necessário.
Comercializar para a classe C significa conquistar a atenção, o desejo e o bolso deste público repleto de potenciais consumidores. Por isso, atente-se às suas características e invista nessas dicas: aposte e boas vendas!
Felipe Martins - fundador e presidente da empresa DOTSTORE, especializada em criação e assessoria em Loja Virtual.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Marcas líderes já usam o Instagram em suas estratégias

 

Publicado por



Uma recente pesquisa da Simply Measure, empresa de monitoramento online, aponta que as marcas líderes de mercado já estão usando o Instagram em suas estratégias de atuação nas redes sociais. Os números foram cruzados com a lista Interbrand Top 100 e confirma que 40% desse grupo já aposta na rede voltada para compartilhamento de imagem.
Obviamente o Instagram está longe de ter o poder do Facebook (98%) e do Twitter (94%) na estratégia das grandes marcas, mas considere o seguinte:
  • o Instagram é um aplicativo relativamente novo e voltado apenas para dispositivos móveis;
  • o Instagram (ainda) não oferece administrativo ou ferramentas de manutenção para empresas e marcas.
No começo de 2012, o Instagram tinha 15 milhões de usuários no mundo todo e estava disponível apenas para os usuários de iPhone OS. Sete meses depois, os amantes do Google Android vibraram com a chegada do aplicativo para o sistema. Atualmente, são 80 milhões de usuários no planeta.

Para se ter uma ideia, Burberry, Tiffany & Co., Hermès, Gucci e Armani estão movimentando o Instagram. No entanto, Nike e Audi são as que mais engajam os seguidores nessa rede social.

Vale a pena observar como essas marcas se comportam no Instagram para ter alguns insights. #ficaadica

Franquias buscam empreendedores para expandir redes

 

Menos arriscado, grupos têm mirado no sistema de franchising para aumentar faturamento. Expectativa em 2012 é que o crescimento seja de 15%, com 913 mil empregos

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 14/08/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioO desejo das marcas de ampliar os negócios e aumentar o faturamento encontrou no sistema de franchising o casamento perfeito. Com um crescimento de 16,9% em 2011, as franquias estão em expansão no Brasil e, de olho no mercado, os grupos buscam cada vez mais perfis empreendedores para se tornarem uma extensão dos valores das companhias. Para os franqueadores, não basta ter dinheiro para investir, é essencial saber gerir a empresa.
Caminho menos arriscado na hora de abrir um ponto de venda ou oferecer um serviço, o franchising encontra segurança: de cada 10 empresas próprias que abrem sete fecham as portas, já no modelo de franquia, para cada 10 inaugurações apenas três se encerram. A economia estável e o acesso ao crédito são os principais fatores para que o setor esteja tão aquecido.

As facilidades e oportunidades, no entanto, não podem ser vistas de forma generalizada. Boa parte das marcas tem critérios bem definidos na hora de selecionarem um futuro sócio e a maioria acaba negando pedidos. “As marcas mais consolidadas falam mais não do que sim. É preciso estudar a região que um possível franqueado quer atuar e se tem realmente capacidade financeira. Na ansiedade de querer abrir algo, a franquia pode quebrar por não ter fôlego para enfrentar uma crise. Sem dúvida, avaliações criteriosas são fundamentais. Sem planejamento, até banco fecha”, exemplifica Denis Santini, sócio-fundador da MD Comunicação, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Mesmo em setores menos arriscados a análise de perfil do futuro empresário é primordial. Com 701 escolas de idiomas e apenas uma loja própria, a CNA tem como meta de expansão 546 novas unidades até 2016. “A franquia é um casamento, uma sociedade com a marca. Trabalhamos com diversos fatores para avaliar o perfil de um futuro franqueado e levamos em conta, por exemplo, se o negócio será familiar. As franquias que têm dado certo estão nesse perfil. Não exigimos conhecimento pedagógico ou do idioma. Grande parte dos nossos fraqueados, inclusive, não é da área acadêmica”, explica Leonardo Cirino, Diretor de Marketing da CNA, em entrevista ao portal.
No ranking das 25 marcas mais franqueadas elaborado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), as escolas de idioma estão em seis posições. A expansão do negócio pode ser compreendida em uma pesquisa realizada pela Marplan, que indica um índice de 3% de brasileiros frequentando alguma instituição. “É uma revolução. O índice significa que temos um mercado com demanda de 97%. Por tabela, a população tem se preocupado cada vez mais em falar outro idioma e, para isso, os grandes eventos que vamos sediar em 2014 e 2016 aceleram o processo de se comunicar e da gente de se expandir”, avalia Cirino.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioEvolução do setor
A expectativa é que o franchising cresça 15% em 2012, segundo a ABF. Em 2011, o Brasil alcançou um índice de 16,9%, o que gerou 60,5 mil novos postos de trabalho. Para este ano, as franquias devem ser responsáveis por 913 mil empregos. Hoje, o país possui 2.031 redes operando nesse tipo de sistema, o que significa 93.098 unidades em 12 segmentos diferentes.
O acesso ao crédito, o aumento da renda da população e o ingresso definitivo das mulheres no mercado de trabalho é o reflexo dos cinco segmentos que mais faturaram no ano passado. Hotelaria e Turismo está em primeiro lugar, com 85,9%, seguido por Móveis, Decoração e Presentes (35%); Esportes, Saúde, Beleza e Lazer (24,3%); Negócios, Serviços e Outros Varejos (14,9%), Alimentação (14,5%) e Acessórios Pessoais e Calçados (13,15%).
Entre as marcas que mais expandiram negócio, O Boticário é disparado o primeiro lugar, com 3.337 lojas, 1.575 a mais que o segundo lugar, ocupado pela Colchões Ortobom, com 1.762 pontos de venda. Presente em 1.650 municípios brasileiros, a marca de perfumaria e cosmética inaugurou em 2011 240 franquias e, para 2012, espera chegar a 250 novas lojas no país.
Com um faturamento de R$ 5,5 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 19% em relação a 2010, o plano de expansão da marca é feito em cima de estudos detalhados. Fora os grandes centros, O Boticário prioriza cidades com mais de 30 mil habitantes, onde está em quase 100% delas. O padrão, no entanto, não é único e localidades menores, mas que tiveram o poder aquisitivo aumentado, não são descartadas.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioPerfil certo
Mesmo que ocupe o quinto lugar em faturamento, a alimentação ainda é o destaque entre os segmentos mais seguros na hora de investir em um novo negócio. Sem ousadia, o Griletto pretende passar das 104 lojas atuais para 120 até o fim do ano e 150 até 2013. “Quem quer mais segurança acaba indo para a alimentação, o que não significa facilidade. Não adianta o franqueado achar que irá uma vez por semana na loja e ficará de longe, administrando o negócio. Cobramos um perfil pró-ativo e escolhemos alguém que vá entender e vivenciar isso diariamente”, avalia Ricardo José, fundador da marca.
Para a Hope, mais do que um investidor, é necessário um empreendedor. Hoje com 92 lojas, o objetivo é fechar 2012 com 130 e, até 2015, ter 350. “O modelo ideal não é aquela pessoa que tem muito dinheiro, mas que quer irá fazer do negócio algo de fato importante. Não precisa ter experiência, mesmo porque experiência a gente cria”, diz Sylvio Korytowski, Diretor de Expansão da Hope, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Além do empreendedorismo nato, outra característica fundamental do possível sócio é afinidade. “Vivemos um ótimo momento no Turismo, por exemplo, mas isso não significa que é nesse setor que todo mundo deve investir. Não adianta abrir uma franquia voltada para culinária, se não há a mínima vocação para isso. Há pessoas com perfil extremamente comercial que não conseguirão gerir um negócio que precisa de habilidades técnicas. Buscar informação e unir as habilidades pessoais é um passo para ter sucesso. Obviamente sempre alinhado ao crescimento e tendências do mercado”, afirma a economista Christiane Monteiro, da Mais Money.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioA segurança da marca na hora de expandir o negócio também é fundamental na relação com o futuro franqueado. Com 30 anos de mercado, a Melissa deve se lançar ao varejo em mais de 150 lojas nos próximos cinco anos, com o nome homônimo ou ainda como a já conhecida Jelly, que está em 42 pontos de venda.
Marca mais rentável da Grendene, o grupo não aponta dificuldades para o plano ousado. “A marca tem personalidade e credibilidade. É apoiada por uma grande empresa com excelente situação financeira, a Grendene. Também tem uma comprovada capacidade de criar produtos de vanguarda. Atrai pessoas competentes e dedicadas. O resto é detalhe, só não expande se os clientes não quiserem”, indica Francisco Schmitt, diretor da companhia.
O calcanhar de Aquiles
Ainda que haja adaptação e definição do perfil do investidor, o grande vilão que pode impedir o crescimento pleno do sistema de franchising é o mercado imobiliário. Citado como o maior empecilho por todos os grupos de diferentes segmentos, segundo a Associação Brasileira de Franchising, o alto custo dos imóveis, incluindo luvas e aluguéis, inibiu a abertura de novos pontos de venda.
Diversas marcas não têm conseguido repassar o custo do aluguel para o preço do produto ou serviço oferecido. No último ano, o valor aumentou entre 2% e 4%, principalmente no primeiro semestre. “O mercado de franquia cresce acima do PIB há mais de 10 anos. São números exponenciais, mas os pontos comerciais têm levado a uma migração, o que acaba alavancando o comércio em outras regiões”, avalia o especialista Denis Santini.
Para os empresários, mais do que supervalorizados alguns imóveis ficaram inviáveis. “Existe uma supervalorização de imóveis, principalmente nos shopping centers. Porém os valores também flutuam muito de acordo com o desejo da marca naquele local. No mercado de moda íntima, que tem crescido muito no país, os shoppings precisam de mais empresas dentro dele e viabilizam a preços melhores. A lição é não permitir uma franquia caso o valor do imóvel seja um empecilho”, indica Korytowski.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Estratégia: o que é isso?

"Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém" (Alvin Toffler)

Atualmente, todo mundo fala em estratégia. Talvez mais do que deveria, quer na literatura especializada, quer nos textos mais comuns, mesmo de âmbito jornalístico. Mas o que muitos não admitem é que o conceito de estratégia e seu entendimento não estão tão claros assim. Estratégia é uma daquelas palavras capciosas que todos pensam saber o que significa, mas quando têm de explicar, se atrapalham. Alem disso as definições do conceito de estratégia são quase tão numerosas quanto os autores que as referem.
Por isso procurei uma definição extremamente simples e curta que satisfaça a maioria das pessoas, sejam leigas ou especialistas: estratégia é o conjunto de passos mentais e comportamentais usados para realizar um objetivo específico.
Acredito que, na realidade, o desafio não está em definir o que é estratégia, mas em implementá-la. Segundo H. Igor Ansoff uma das maiores autoridades em Administração Estratégica e Planejamento Estratégico, não há nenhum mistério em formular uma estratégia, o problema é fazê-la funcionar. Já a revista Fortune publicou a seguinte frase: "Menos de 10% das estratégias efetivamente formuladas são efetivamente executadas".
Meu foco será voltado para estratégia pessoal ou de vida, pois acredito que ela seja a base para quaisquer outras estratégias que possam surgir ao longo de sua existência. São as pessoas que fazem as estratégias saírem do papel e se concretizarem, por isso a importância da sua estratégia pessoal estar alinhada as demais estratégias como de carreira, empresarial, política, relacionamento etc. Se isso não acontecer à estratégia não sairá do papel devido à auto-sabotagem inconsciente das pessoas envolvidas.
Em sua edição nº 16, a revista Administradores traz um especial sobre as lições de estratégia do Oriente (Imagem: Revista Administradores/Utagawa Kuniyoshi)

O projeto de vida é o carro-chefe de qualquer outro projeto que um ser humano possa ter, seja de caráter empresarial, comercial, político, religioso, artístico etc. Estes outros tipos de projetos podem ser atrelados ao projeto de vida, nunca ao revés.
Um pesquisador do comportamento humano, E.M. Gray, após uma vida inteira dedicada à busca do fator comum compartilhado pelas pessoas bem-sucedidas, concluiu que estas compartilham duas habilidades: saber priorizar de forma coerente, e fazer coisas que os fracassados não gostam ou não estão dispostos a fazer. Estas duas habilidades fazem com que estas pessoas consigam realizar suas estratégia e atingir seus objetivos e consequentemente sintam-se realizadas e felizes, ao passo que as pessoas fracassadas sucumbem a defeitos como preguiça, medo, imediatismo, entre outros e não conseguindo atingir seus objetivos, se sentem infelizes.
Quem vê apenas o momento, acaba sucumbindo aos desejos momentâneos e aos defeitos pessoais, pois não tem motivação para fazer algo da qual não esteja com vontade no momento. Mas quando você vê o caminho como um todo, o que o motiva é o resultado final e você faz o que tem que ser feito, pois sabe que a recompensa é muito melhor que o que tem no presente.
Eduardo Giannetti, filósofo e Ph.D. em Economia pela University of Cambridge, em seu livro "O Valor do Amanhã", define este comportamento de sacrificar algo no presente para se obter algo no futuro como troca intertemporal. O dilema que surge é qual o valor que atribuirei ao amanhã em relação à hoje?
Utilizando o exemplo de a dieta alimentar onde a pessoa abre mão de um prazer momentâneo para obter um benefício futuro, que é um corpo esbelto, saúde etc. Giannetti demonstra que sempre haverá uma troca em nossas vidas.
Giannetti classifica dois posicionamentos pessoais quanto à troca intertemporal.
Posição credora, quando a pessoa faz algum sacrifício no presente tendo em vista um benefício no futuro. É o chamado "pagar agora, viver depois". O termo de troca na posição credora é a recompensa da espera, o prêmio daquele sacrifício.
E posição devedora definida pelo viver agora e pagar depois. São pessoas estilo "Carpe Diem", ou aproveite o dia, onde o benefício precede o custo. Na posição devedora, o termo de troca é o preço da impaciência: quanto maior a urgência do indivíduo, maior será o preço que ele irá pagar por aquela escolha.
È importante ressaltar que não há nada de errado entre as duas posições, desde que os termos de troca sejam adequados. Eles devem refletir os valores pessoais de cada um.
Qual a sua estratégia de vida?
Quem não planejar sua estratégia está planejando fracassar.
Você deve definir claramente os seus objetivos adequar a sua imagem e a sua atitude, lembrando que manter um posicionamento correto exige disciplina e paciência, pois nada acontece do dia para á noite.
Somente o preparo, trabalho e perseverança poderão transformar e melhorar as condições que determinam o nosso estilo de vida.
Para garantir que qualquer meta ou objetivo seja conquistado da forma esperada, deve-se aplicar o conhecimento estratégico.
As soluções estratégicas devem libertar o homem de seus limites, condicionamentos e fragilidades, para que o amanhã seja melhor do que o hoje, para que cada um possa evoluir tornando-se cada vez mais inteligente, mais motivado, mais criativo e claro mais feliz.
Henry Mintzberg considerado o mais notável pensador de gerenciamento e estratégia da atualidade em sua obra "Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico" diz que "As estratégias pretendidas não têm valor por si mesmas; elas só passam a ter valor quando pessoas empenhadas às enchem de energia. É por isso que todo problema de implementação também é um problema de formulação – não somente para as estratégias reais concebidas, mas também para o processo pelo qual ocorre a concepção".
Resumindo não adianta apenas planejar, temos que realizar, e para isso deve-se colocar paixão nos sonhos e objetivos que nos propomos a realizar e atingir.
Encontro diariamente em minhas aulas, cursos, palestras, eventos sociais, pessoas que não sabem o que fazer e como fazer. Estão completamente perdidas quanto ao rumo de suas vidas. Seus sonhos são medíocres e mesquinhos. Não percebo o "T gigante" em seus olhares, estão apáticos e reativos á vida.
Reconheço que em muitos momentos, gostaria que as coisas se resolvessem rapidamente ou que fossem diferentes sem que eu fizesse nenhum esforço. Ou então "aguardar" que a boa sorte chegue um dia e mude completamente a minha vida. Mas que aprendizado isso me traria.
Tenho plena consciência de que à medida que os anos passam, a vida parece que se complicar em vez de ser mais simples: grandes mudanças repentinas, menos estabilidade, múltiplas obrigações, pouco tempo e dificuldades financeiras constantes são algumas características desses nossos "tempos modernos".
Antigamente na geração de nossos pais e avós bastava se formar, trabalhar e se não fizesse nenhuma grande besteira, aos poucos se podia comprar um carro e construir uma casa. Hoje não existem mais garantias.Tudo muda. Por isso que a estratégia pessoal se tornou ainda mais importante em nossas vidas atualmente. Sem estratégia nada acontece, você fica a deriva na vida, sendo levado pelas ondas dos movimentos da empresa que trabalha, dos amigos e familiares.
Desenvolver estratégias para viver ajuda a identificar aquilo que sabemos fazer bem e o que gostamos de fazer. Conhecer nossos talentos, qualidades e interesses facilitarão o avanço neste mar de oportunidades e desafios que a vida nos oferece.
Uma dica importante é nunca trabalhe pelo dinheiro, trabalhe pela realização, o dinheiro é conseqüência, nunca deve ser um objetivo.
Uma técnica interessante de definir sua estratégia de vida é contar duas historias. Se possível escreva-as ou grave-as, o importante é registrá-las de algum modo.
A primeira é para si mesmo. Imagine-se com cem anos sentado em uma confortável poltrona descrevendo sua trajetória de vida pra você mesmo, contando seus erros, acertos, medos, preocupações e claro dando muitos conselhos. Anote tudo.
A segunda historia você contará para as outras pessoas, seja da família, amigos, colegas, lideres ou liderados, enfim para qualquer pessoa que você tiver vontade de contar e claro esteja disposta a ouvir. Nesta historia você irá contar a sua estratégia de sucesso futuro, quais são seus objetivos e metas, quais os motivos de tê-los escolhido, como você tentará atingi-los, quais ferramentas irá utilizar, quais as competências e talentos necessários para isso, mas acima de tudo não se esqueça da habilidade de contar a história com paixão suficiente para inspirar as pessoas e principalmente a si próprio.
Depois de ter feito este exercício de contar as duas historias provavelmente você terá em mãos no mínimo um esboço do seu plano de vida pessoal com toda a estratégia descrita. Esse será o seu ponto de partida.
Agora, mãos à obra, pois tenha certeza que ninguém irá fazer isso por você

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Etapas primordiais para o sucesso do Marketing de Incentivo

ago 8

Publicado por


Complementando o tema fidelização que abordei no post de segunda-feira, gostaria de fechar o assunto falando sobre o Marketing de Incentivo e quais estratégias são possíveis desenhar para termos um plano de sucesso e de resultados efetivos junto aos públicos envolvidos. Por meio das ações de incentivo é possível proporcionar a motivação das pessoas envolvidas com a organização. Essas ações podem ser voltadas aos clientes, aos canais de distribuição, a funcionários, a parceiros, etc. Os prêmios ofertados só serão efetivamente desembolsados se os resultados propostos no início da campanha de incentivo forem plenamente atingidos e superados.
Por meio do Marketing de Incentivo é possível ter um direcionamento concentrado de esforços para atingir as metas propostas. Pode, por exemplo, ser planejado para ajudar a alavancar ou lançar um produto, uma linha inteira de produtos, ou várias marcas; motivar pessoas; levar à conquista de novas contas; suplantar a concorrência; e muito mais. Mas, para se concretizar, é necessária primeiramente uma campanha. Essa campanha deve ter prazo determinado para acontecer, regras bem definidas e amplamente divulgadas e a participação dos envolvidos deve ser facultativa. No que tange ao regulamento da campanha, todos os documentos devem ser arquivados por, no mínimo, cinco anos.
É importante ressaltar que alguns cuidados devem ser considerados para que a adoção desta ferramenta seja realmente um sucesso. Seguem as etapas que garantem a efetividade de uma ação de Marketing de Incentivo:
1) O diagnóstico - É essencial entender os fatores geradores da campanha, ou seja, para que ela foi criada. É importante também mapear o perfil do público, conhecer bem o mercado, entender a cultura da empresa e analisar a concorrência.
2) O planejamento – Nessa etapa são definidos: o objetivo, a meta, o regulamento, a premiação, as métricas de avaliação, as estratégias de comunicação e criação – com cronograma de peças e ações motivacionais. Um dos segredos aqui é estabelecer metas possíveis de serem alcançadas. Esse é o primeiro passo para conquistar a adesão e a motivação das pessoas.
3) O lançamento - Momento para “engajar” os participantes e fazê-los perceber que a empresa investe, valoriza aposta e reconhece sua equipe. Um lançamento de impacto é fundamental para conquistar as pessoas.
4) A sustentação - É uma etapa de extrema importância, pois os participantes da campanha precisam de estímulos constantes para continuar motivados. Além disso, vale salientar que, durante o processo é importante ir medindo a “temperatura” da campanha. O mercado e a empresa podem mudar, os produtos envolvidos podem sofrer alterações, enfim, uma série de fatores pode exigir a busca de novas ações para corrigir rotas e manter as pessoas envolvidas e engajadas.
5) Premiação – A premiação deve ser feita em vouchers, cartões de compras, catálogos de prêmios, viagens e congêneres, excluindo-se dinheiro e cartão de saque, evitando definir prêmios em percentuais de remuneração.
6) O encerramento - Merece a mesma atenção de um lançamento, com a entrega dos prêmios e a análise dos resultados. O reconhecimento da empresa é um dos objetos de desejo dos participantes.
7) Relatório final – Momento de comprovar os resultados, mostrar o que se ganhou com a campanha. Cabe lembrar que, ao premiar um funcionário, fornecedor, distribuidor, ou quem quer que se queira sensibilizar com as soluções de premiação, é interessante oferecer ao contemplado a liberdade de escolha de seu prêmio através de cartões ou vouchers de premiação.
Compartilhe com a gente suas experiências e ações de sucesso de Marketing de Incentivo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Linda ação da Nivea!

O que as Olimpíadas podem nos Ensinar sobre Marketing

           

Postado em 7 de agosto de 2012 por Rafael Ávila

Muitas vezes a gente nem pensa a respeito, mas esportes e empreendedorismo tem muito mais em comum do que apenas suas letras iniciais. Existe a pressão de ser bem suscedido, a importância da dedicação, altos e baixos, expectativas e tudo mais. Uma ideia que tivemos aqui na LUZ foi mostrar o evento mais importante do esporte mundial (as Olimpíadas, claro) por um outro lado. Não como fãs (que de fato sou), mas como marketeiros, já que todo mundo (principalmente os que tem empresa) deveriam se ligar nesses ensinamentos:

1. Tenha seguidores fiéis a sua marca


Um dos pontos mais importantes para qualquer empresa hoje em dia é a percepção dos seus clientes a respeito dela né?! Afinal de contas, é o consumidor que vai gastar seu rico dinheirinho com produtos e serviços que irão fazer o seu lucro ser maior ou menor no final do mês. Acontece que existem muitas empresas que trabalham muito mal a sua marca e, com isso, acabam sendo esquecidas ao longo do tempo.
Como você deve imaginar as Olimpíadas não tem esse problema. A gente está falando aqui de um objeto de desejo de milhões de atletas ao redor do mundo e com certeza marca certa na cabeça de diversos fãs de esporte (aposto que você queria clientes que pensassem assim de você). A marca Olimpíadas é tão forte, que vira e mexe você vê alguém com a tatuagem dos aros Olímpicos, como esse cara aqui:



Agora me diz, que marca não gostaria de ter clientes tão satisfeitos a ponto de fazer uma tatuagem com sua logo? Moral da história, se você quer que seus clientes desejem e queiram a sua marca, você precisa ter algo único e com conteúdo animal (nas Olimpíadas estão os melhores atletas de suas categorias, ponto.), que seja desejado (quem nunca sonhou em colocar aquela medalha olímpica no pescoço?!) e que possa ser muito bem divulgado (quem nunca viu os aros olímpicos por aí?!).

2. Aceite que “cagadas” fazem parte da vida do marketeiro


Olha essa foto que legal:



Tudo parece normal certo? Jogo de futebol feminino e as fotos das jogadoras das seleções estão aparecendo no telão. De fato estaria tudo certo se não fosse por um pequeno errinho. Esse jogo era da Colômbia com a Coreia do Norte (e como você percebeu a bandeira que aparece é da Coreia do Sul). Êêêê mancada hein organização?! Para vocês terem noção, esse jogo quase não aconteceu por causa desse “pequeno erro” e foi atrasado em mais de uma hora.
A verdade é que todo mundo erra em um momento ou em outro quando está fazendo o marketing da sua empresa. Eu mesmo já deletei sem querer toda a lista de contatos da LUZ certa vez. O mais importante é estar sempre atento e dar um jeito de fazer a “cagada” se acertar e não repetir (tudo bem que as Olimpíadas não acabaram ainda, mas não vi mais nenhum caso de bandeira trocada ou de hino tocado errado) e só para deixar claro, eu consegui recuperar a lista de contatos da LUZ!!! =]

3. Aproveite as “ondas” do momento


Já falamos algumas vezes aqui que quem não tem criatividade usa propaganda:



Isso é uma verdade bem clara também no mundo do marketing e das Olimpíadas, basta analisarmos os tubos de dinheiro que são gastos em patrocínio para se ter uma exposição de marca (que convenhamos é grande pra cacete mesmo). Para você ter uma ideia, só nas últimas Olimpíadas foram arrecadados mais de $4 Bilhões de dólares em patrocínios e direitos de imagens para emissoras de TV. Confira mais sobre o negócio por trás das Olimpíadas aqui.



O que eu gosto mais é de ver alguns exemplos alternativos, que aproveitam eventos importantes (nesse caso as próprias Olimpíadas), para usar o humor e aparecer bem, mesmo não tendo gasto quase nada por isso:



4. Faça “barulho” nas Midias Sociais


Outro ensinamento, dessa vez de algo mal feito nas Olimpíadas de Londres, é o uso das mídias sociais a seu favor. É bem verdade que as Olimpíadas possuem uma fanpage com 1,3 Milhões de fãs e uma página no Twitter com 1,5 Milhões de seguidores, mas esses números me parecem pequenos em relação aos quase 1 Bilhão de usuários do Face ou aos quase 1,5 Bilhões de pessoas que assistiram de suas casas a corrida em que Usain Bolt se consagrou o homem mais rápido do mundo no domingo passado.



Acho que a melhor lição é a de uma comunicação integrada, aproveitando a rede para ampliar o “barulho” que a sua empresa faz, seja através do Facebook, Twitter, Blogs, YouTube, Pinterest ou as diversas outras mídias sociais disponíveis!



5. Cuidado ao usar as Olimpíadas (e outros eventos) para mandar bem no SEO


Como já falamos na dica 3, tem muita grana envolvida nos jogos Olímpicos e, para o bem ou para o mal, isso faz com que se criem várias regras a mais de proteção e uso da marca de maneira devida. Mas porque eu to falando isso em um tópico de SEO??? Bom, para você ter uma noção, a preocupação com o uso da marca Londres2012 e dos Jogos Olímpicos é tão grande, que o COI (Comitê Olímpico Internacional) contratou a Nielsen para monitorar as mídias sociais e o Google para encontrar casos de uso indevido da marca. Se quiser se aprofundar mais, confira esse post aqui.



E o que você tem a ver com isso? Ao invés de mandar bem ao usar a marca das Olimpíadas 2012, você pode estar sendo penalizado pelo Google e piorando seu rankeamento. Pode isso Arnaldo?!

Para fechar com medalha de ouro


Com certeza existem diversos outros ensinamentos que eu não coloquei aqui. Basta ficar de olho no dia a dia dos jogos que a organização sempre vai fazer coisas extremamente maneiras, umas outras não tão boas assim e ma “cagadinha” de vez enquando. O importante é levar o aprendizado para o que fazemos em nosso dia a dia para sermos melhores em nossos negócios.
E você, quer dividir uma lição que você aprendeu com as Olimpíadas? Compartilha aqui com a gente nos comentários! Aproveita que as Olimpíadas ainda não acabaram e compartilha com sua rede para termos mais opiniões aqui. Grande abraço.

Modelos mentais favoráveis ao empreendedorismo

Este artigo avalia o impacto dos modelos mentais positivos e negativos que determinam o sucesso ou o fracasso no mundo do empreendedorismo



Empreender é uma atividade desafiadora. Pessoas que empreendem por iniciativa própria desenvolvem suas habilidades técnicas, humanas e conceituais de maneira mais rápida e se tornam mais eficientes no mundo dos negócios. Aliado a isso, com planejamento e muita determinação, empreender pode ser uma atividade recompensadora.
A prática do empreendedorismo requer a construção de modelos mentais positivos, outro grande desafio para a maioria dos empreendedores. Modelos mentais são determinantes na capacidade de ação e reação das pessoas diante das situações mais adversas. Portanto, dependendo de como foram construídos ao longo do tempo, eles definem o seu grau de comportamento empreendedor.
Antes de prosseguir, é necessário identificar a origem dos modelos mentais e a maneira como se consolidam na sua vida. De acordo com Daniel Goleman, psicólogo e autor do best seller Inteligência Emocional, as fontes dos modelos mentais são a maneira pela qual os seres humanos organizam e dão sentido às suas experiências.
O comportamento humano, segundo Goleman, é condicionado por modelos mentais e estes, por sua vez, são definidos com base em quatro pressupostos:
(imagem: Thinkstock)

Biologia: rotula a capacidade de realização do ser humano com base nas suas limitações fisiológicas. O fato de alguém ser alto ou baixo, branco ou negro, cabeludo ou calvo, gordo ou magro, bonito ou menos favorecido em termos de beleza deve ser um fator de sucesso ou insucesso no mundo dos negócios? Infelizmente, é assim que muitas pessoas pensam e, por puro preconceito, inúmeros potenciais se dissipam no meio do caminho.
Linguagem: é o meio no qual se estrutura a consciência do ser humano. Quando você ouve um nordestino, um catarinense, um gaúcho dos pampas, um paulista do interior ou um carioca descolado conversando com aquele sotaque típico da sua região, o que lhe vem à mente? A forma de comunicação pode se constituir num fator de sucesso ou insucesso no mundo dos negócios?
Cultura: dentro de qualquer grupo - famílias, tribos, indústrias, organizações e nações -, os modelos mentais coletivos são desenvolvidos com base em experiências compartilhadas, razão pela qual a cultura pode ser considerada um modelo mental coletivo. Se você é filho de judeu, italiano, grego, alemão ou japonês, não importa, existe um conjunto de valores ou pressupostos típicos de cada cultura. De alguma forma, isso afeta os relacionamentos pessoais e profissionais. Se você é descendente de italiano, japonês, árabe ou judeu, por exemplo, já nasce com o espírito empreendedor mais acentuado.
Experiência pessoal: diz respeito ao sexo, à nacionalidade, à origem étnica, à condição social e econômica, às influências familiares, ao nível de educação e à maneira como as pessoas são tratadas por seus pais, irmãos, professores e companheiros de infância. A maneira como as pessoas começam a trabalhar e alcançam a autossuficiência também é fruto da sua experiência pessoal e isso também influencia o seu sucesso ou insucesso.
Na prática, os modelos mentais de uma pessoa, quando mal construídos, são determinantes para o fracasso nos negócios por conta própria. Por outro lado, quando bem construídos, os modelos mentais são o combustível necessário para a superação das dificuldades inerentes a qualquer negócio por conta própria.
Embora seja necessário considerar outros fatores, os modelos mentais são determinantes na formação do pensamento empreendedor. Prosperidade, riqueza, felicidade e sucesso nos negócios não acontecem para pessoas com modelos mentais negativos predominantes que atribuem a culpa do seu insucesso ao governo, à família, ao mercado e outros fatores.
Como saber se os seus modelos mentais são favoráveis ao empreendedorismo?
Em primeiro lugar, avalie o seu discurso. Se você é de origem humilde e natureza católica, como a minha, por exemplo, deve ter ouvidos coisas do tipo "o pouco com Deus bastante", "dinheiro não dá em árvores", "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que o rico entrar na porta do céu" e outros típicos da sua criação.
Acredite ou não, essas pequenas frases foram mal utilizadas ao longo de milhares de anos e incorporadas de maneira repetitiva na vida de muitas pessoas. Se você considerar ainda os milhares de "nãos" que recebeu nos anos da infância e da adolescência, é natural que sua mente seja predominantemente negativa. Ao persistir nisso, torna-se mais difícil substituir o conforto do emprego fixo pelo arriscado mundo dos negócios.
Em segundo lugar, com base nos modelos mentais negativos, fruto da sua biologia, da sua cultura, da sua linguagem e da sua história pessoal, não existe outra forma de prosperar por conta própria se você não mudar radicalmente a sua forma de pensar.
O fato de você conhecer empresários falidos ou de ter passado necessidade por conta de um negócio familiar malsucedido não significa que também está condicionado ao fracasso, a menos que incorpore esses exemplos como seus modelos mentais negativos.
Como construir modelos mentais positivos e favoráveis ao empreendedorismo?
De acordo com T. Hark Eker, autor do best seller Os Segredos da Mente Milionária, o seu mundo interior cria o seu mundo exterior. Acredito piamente nisso. O sucesso ou o fracasso também é reflexo do seu discurso e, consequentemente, das suas atitudes em relação ao dinheiro e aos negócios.
Com base nisso, muitas coisas que você sempre ouviu sobre dinheiro e negócios não são necessariamente verdadeiras. É preciso optar por novas formas de pensar, novas ideias e novos modelos mentais que contribuam para a sua felicidade e para o seu sucesso.
Dessa forma, procure condicionar a sua mente para se libertar das experiências negativas passadas em relação ao dinheiro e aos negócios a fim de criar um futuro rico, próspero e diferente daquele impregnado pelos seus pensamentos negativos.
A maneira de fazer as coisas na sua vida é você quem escolhe, portanto, avalie suas ideias e pensamentos e procure alimentar somente aqueles que lhe fortalecem. Pensamentos negativos não poderão ajudá-lo a construir um empreendimento de sucesso; ao contrário, vão consolidar ainda mais os seus modelos mentais negativos.
Você é responsável pelo seu próprio grau de sucesso financeiro, portanto, seja remunerado com base nos seus próprios resultados. Significa assumir a responsabilidade de construir o seu patrimônio por meio do seu próprio esforço, criatividade e persistência.
Procure focalizar as oportunidades e não os obstáculos. Espelhe-se nos empreendedores de sucesso que passaram por obstáculos até então julgados instransponíveis. Abra a sua mente e o seu coração. Pense grande com os pés no chão. Comprometa-se a ser bem-sucedido e o mundo não terá outra alternativa senão curvar-se aos seus pés.
O grande segredo é que não há segredo. O que existe é uma mistura de planejamento, garra, determinação, criatividade e uma vontade imensurável de vencer todos os desafios que existem quando se deseja trilhar o caminho do sucesso. There is no free lunch!
Por fim, esteja aberto e propenso a vencer por conta própria e risco. Aja, apesar do medo, da dúvida, da preocupação e do desconforto. Comprometa-se a crescer e a aprender todos os dias a fim de se tornar maior do que seus problemas. Do resto, o universo se encarrega.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!