segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Estilos Comportamentais – liderando através das diferenças humanas


 
Muitos de nós, quando mal humorados ou afetados pelo estresse que toma conta do cotidiano, provavelmente preferiríamos trabalhar com um punhado de robôs, ao invés de colegas e subordinados, ou seja, gente. 
Quem um dia já não teve um pensamento como esse? Afinal, robôs bem programados responderiam sem questionar, sem cara-feia e seriam neutros aos nossos dias de mau humor.
 
Parece chocante, entretanto, a maioria de nós já pensou em algo análogo! Somos humanos, sujeitos a quaisquer pensamentos. Porém, é preciso ficarmos atento. Se frequentes, tais atitudes podem trazer prejuízos em vários âmbitos da sua vida, dos quais gostaria de destacar três:
 
  1. 1) Pessoal – afetará sua saúde física e mental;
  2. 2) Profissional – como líder, por exemplo, você sedimentará uma cultura de prostração e reatividade, instalando a desmotivação;
  3. 3) Relacionamento interpessoal – as pessoas se afastarão de você.
 
Muitas organizações não conseguem quantificar o que isso pode significar e o que isso pode representar em perdas financeiras. Isso mesmo,financeiras! 
 
Estudos mostram que, em ambientes desmotivados e reativos, há 34% mais paradas de máquinas provocadas por colisões e falhas humanas que poderiam ser evitadas se o clima fosse motivador e se houvesse respeito às características individuais.
 
Quando pensamos que as pessoas poderiam ser robôs, deveríamos nos perguntar também – Por que eu estou pensando isto? Se identificarmos os motivos, sem preconceitos ou pré-julgamentos iremos perceber que muitas vezes isso decorre da nossa dificuldade em lidar com as diferenças humanas. Afinal ao longo de nossas vidas aprendemos que diferente é igual a errado.
 
Exercitando a inteligência emocional, oxigenando ou revendo aspectos que podem influenciar os relacionamentos e a motivação, poderemos atingir um novo paradigma e aprender que diferente é igual a diferente e que isso é muito saudável para a vida. 
 
Estabelecer esse novo paradigma exige um exercício que pode fazer muita diferença na vida das organizações. Gostaria de compartilhar três passos para aprender a lidar com as diferenças humanas:
 
  1. 1) Conheça seu estilo predominante – faça um exercício de reflexão: você é mais racional ou emocional, prefere lidar com concreto ou possibilidades, analisar detalhes ou o quadro geral, trabalhar só ou com pessoas, analisar ou organizar, ser lógico ou intuitivo? E as pessoas que te cercam, o que causam em você? Por que? 
Quando se observar e observar o outro, identificará reações diferentes diante dos mesmos estímulos. Isso porque recebem e processam informações de maneiras diferentes.
 
  1. 2) Identifique as preferencias das pessoas – da mesma maneira que buscou o autoconhecimento, compreenda as características emocionais e racionais dos que convivem com você. Busque começar, principalmente, com aquelas pessoas com quem você possui mais dificuldade de relacionar-se, mas isso só será possível se você fizer esse exercício sem pré-julgamentos.
 
 
  1. 3) Ação – utilize os resultados anteriores para desenvolver sua capacidade de lidar com as diferenças e respeitá-las. Não utilize suas preferências como escudo diante dos outros, mantendo-se em uma zona de conforto. Enfrente as dificuldades. Encontre pessoas com preferências opostas às suas e utilize-as como modelo de desenvolvimento de suas habilidades mais vulneráveis. São pessoas que, involuntariamente, você prejulga, estereotipa ou foge quando ouve a voz. 
 
Reflexão – quem sabe um dia, quando estiver em um momento ruim, você possa mudar seu mapa mental e, conseguir espontaneamente, pensar ou dizer - “gostaria de encontrar pessoas dispostas e motivadas, ao invés de continuar agindo como um robô fechado às diferenças individuais”. 
 
Quando compreendemos as pessoas elas respondem as nossas perguntas e entendem nossos dias de mau humor. Se estiver disposto a contribuir com as pessoas e desenvolver sua inteligência emocional, através delas, certamente terá maior facilidade para encontrar o seu próprio “quem somos nós”.
 
Pedro Luiz de Almeida Alves – Sócio da ACT – AÇÃO CONSULTORIA E TREINAMENT

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