segunda-feira, 30 de março de 2015

Muito além do ROI: As métricas na defesa das ações de Marketing


Livro “Métricas para comunicação de Marketing”, de Leandro Guissoni e Marcos Fava Neves, prepara os profissionais para a tomada de decisão, com análise dos resultados das campanhas

Por Roberta Moraes, do Mundo do Marketing | 30/03/2015

roberta.moraes@mundodomarketing.com.br

Em períodos de crise financeira, como a que o país atravessa atualmente, um dos primeiros departamentos a receberem cortes é o de Marketing. A redução de custos para a recuperação do fôlego financeiro das companhias é um caminho óbvio em tempos de instabilidade, mas prejudicar a comunicação das empresas pode ser uma estratégia perigosa que pode custar muito caro. Para defender o setor, os profissionais devem estar abastecidos com uma série de dados e números que darão argumentos sobre o melhor uso dos recursos da empresa quando o departamento financeiro começar a questionar.
Saber mensurar e analisar o resultado das ações é fundamental para estar preparado para passar por esse momento delicado e, principalmente, defender o próprio trabalho. Percebendo a dificuldade dos executivos de Marketing em metrificar as campanhas, o Professor Doutor Leandro Guissoni, da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com Marcos Fava Neves, lançou o livro “Métricas para Comunicação de Marketing – Guia para executivos justificarem campanhas e gerarem valor”, publicado pela editora Atlas.

O livro desafia o profissional de Marketing a abandonar o conservadorismo, afinal fazendo mais do mesmo ele não conseguirá atingir resultados diferentes. “As empresas que se diferenciarem por conta da capacidade analítica em Marketing conseguirão fazer um belíssimo trabalho em época de crise. E o profissional de Marketing conseguirá defender o seu trabalho, a sua área e o seu emprego”, comenta Leandro Guissoni, Professor da FGV e Sócio da Markestrat, em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Análise para tomada de decisão
O livro é composto por uma sequência de seis etapas que começa no planejamento da comunicação de Marketing e na seleção de métricas. A publicação traz um menu com 60 métricas eficazes na avaliação do resultado de propaganda, de Marketing direto, de promoção de venda, de eventos e de experiências, além de medidas financeiras aplicadas ao Marketing. Colocando esses indicadores juntos, é possível apresentar aos gestores subsídios que conduzirão a tomada de decisão.
O primeiro passo, de acordo com a publicação, é desenvolver o planejamento da comunicação e o entendimento do plano de Marketing para que sejam selecionadas as métricas prioritárias a serem mensuradas. “Um dos grandes desafios observados nas empresas é que, na maioria das vezes, os executivos querem mensurar tudo em Marketing. Enquanto algumas mensuram tudo, outras praticamente não analisam nada. Nenhum extremo é bom, o ideal é que as métricas sejam suficientes para dar condições para a tomada de decisão”, explica Leandro Guissoni.
Um dos grandes desafios para os profissionais de Marketing é saber como suas atividades contribuíram para o resultado de vendas e de participação de mercado diante de tantos fatos que acontecem no ambiente competitivo das empresas. “É claro que o Marketing não é o responsável por tudo. É preciso isolar os efeitos das campanhas. Esta etapa nós chamamos de purificação de resultados e apresentamos algumas técnicas para isso”, diz Guissoni.
Marketing x Financeiro
Apesar de muito cobrado pelos departamentos financeiros das companhias, o resultado das ações de Marketing não devem ser analisados apenas sob a ótica do lucro monetário - se gerou retorno de vendas ou margem. É preciso analisar quão bem elas foram executadas. “Muitas vezes, quando não operacionaliza ou executa bem, uma campanha de mídia online, um evento, ou uma campanha de Marketing direto dificilmente vão conseguir obter retorno. Antes de analisar o resultado financeiro, é preciso ficar atento à execução do projeto”, comenta o autor do livro Métricas para Comunicação de Marketing.
Depois desse processo, que avaliará a atuação da equipe na execução da campanha, entra então a análise para saber se os esforços foram responsáveis por gerar lucro para a empresa, o retorno por investimento. “Um ROI bom depende da taxa de atratividade, do capital da empresa e dos seus investimentos. A área de Marketing, em parceria com o setor financeiro, é que vai determinar o que é um ROI bom e o que não é”, afirma Guissoni.
As etapas elencadas pela publicação terminam ajudando os executivos a classificarem todas as campanhas de comunicação de Marketing. A proposta é que eles possam apresentar de maneira bem visual para os gestores e tomadores de decisão quais são os melhores caminhos a serem tomados, como melhorar a alocação de recursos entre as atividades, aumentar a efetividade da atuação, cortar orçamento, experimentar novas atividades. E para isso é fundamental que haja uma interlocução entre os CMOs e os CFOs.
Linguagem comum entre os setores
Estabelecer uma comunicação direta entre os departamentos de uma organização é fundamental para que todos falem a mesma língua e estejam em busca dos mesmos objetivos, mas cada um dentro de suas atividades. Para o autor, nem sempre as métricas são só financeiras, apesar de boa parte dos gestores acreditarem nisso.  “A ideia não é convencer o CFO a enxergar as métricas não financeiras. O ponto é estabelecer uma linguagem comum. Se esta for de ROI com a diretoria financeira, fale sobre. O Diretor Comercial, por exemplo, talvez não esteja interessado em ROI, mas em conversão, prospect, vendas, como o funil acontece, o número de novos clientes e contas. Para o profissional de Marketing tomar decisão, o ROI não é a melhor métrica”, acentua Leandro Guissoni.
Apesar da grande busca pelas métricas financeiras, o livro reforça que é preciso enxergar além do lucro, considerando os outros benefícios que a campanha de Marketing pode oferecer para as marcas. “A busca exclusiva pelo retorno financeiro muitas vezes acaba encobrindo outros ganhos que podem ser conquistados em uma campanha. Nem sempre um ROI alto representa ganhos em todos os lados, pois não significa awareness positivo. A ação pode ter gerado repercussão negativa, colocando dúvida sobre a qualidade do produto”, exemplifica o autor.
Assita ao hangout completo com Leandro Guissoni, Professor da FGV e Sócio da Markestrat, em entrevista à TV Mundo do Marketing.
Leia também: 5 dicas para melhorar o ROI e os resultados de sua campanha online. Dicas do Mundo do Marketing Inteligência.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Com novas ações de Marketing e Promoção, MTur quer empoderar os destinos brasileiros


Cinthia Marques e Luciana Fernandes, do Ministério do Turismo
(foto: Juliana Bellegard)
Tornar o turismo nacional um protagonista para os viajantes brasileiros. Com este mote central e foco na valorização das diferentes características e culturas regionais, o Ministério do Turismo desenvolve, ao longo de 2015, uma série de ações de marketing e promoção. Em bate-papo com a imprensa na manhã de hoje (25) em São Paulo, Luciana Fernandes, diretora de Marketing da pasta, detalhou as principais iniciativas desenvolvidas.
lançamento da campanha #partiuBrasil, em junho de 2014, e do Plano de Marketing Turístico - Experiências do Brasil (2014-2018), em dezembro, foram os primeiros passos deste novo posicionamento do Ministério. Com isto, o objetivo é fortalecer o Brasil e seus destinos, além da imagem do próprio MTur.
Neste sentido, a executiva destaca a participação da instituição em diferentes feiras, como a WTM-Latin America, o Workshop Trend e o Festival de Turismo das Cataratas. Nestas ocasiões, com um estande chamativo e sem paredes - "queremos derrubar as barreiras", justificou ela -, o MTur leva o Café Brasil, que destaca a gastronomia nacional, assim como outras experiências para os participantes, seja do trade, seja público final. Incentivando a participação dos Estados, o ministério trará eles para dentro de seu estande na WTM, por exemplo.
Com isto, segundo explicou Luciana, a ideia é aproximar o público das artes, das diferentes culturas dos destinos espalhados pelo Brasil. "Queremos estimular o consumo de viagens, fazer com que até 2018 isto apareça como segundo item na cesta de compras do brasileiro", relatou ela, explicando que hoje as viagens estão na quarta colocação na lista de consumo. "Hoje, a viagem internacional dá ao passageiro um certo status. Nosso objetivo é trazer este orgulho também para os destinos nacionais", definiu.
O momento é propício: com a alta do dólar, a tendência é de que parte dos brasileiros optem por viagens domésticas. Segundo dados do próprio MTur, oito em cada dez viajantes manifestaram a intenção de viajar pelo próprio País em 2015. Além disso, um levantamento do TripAdvisor mostrou que 44% dos brasileiros pretendem gastar mais com viagens neste ano.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Primeiro comercial via 4G da TIM é ironizado pelo público na web





Nesse último domingo (22/03), a operadora Tim transmitiu o primeiro comercial via 4G da história.

O vídeo de um minuto foi exibido durante o intervalo do programa Fantástico, protagonizado por Luciano Huck e a estrela da marca, Daniele Suzuki.

A repercussão, no entanto surtiu efeito contrário e logo a sequência do comercial, as redes sociais foram inundadas com comentários e piadas do tipo "queria que minha internet funcionasse como no comercial"

Confira o comercial:

https://www.youtube.com/watch?v=Mm7TrSsFJrQ

Quem pensa que a transmissão aconteceu em tempo real pode estar enganado.

Segundo o site Tecnoblog, primeiro os apresentadores transmitiram a gravação à sede da Rede Globo através de um streaming ao vivo para, minutos depois, o material ir ao ar em rede nacional.

Em poucos minutos o comercial já estava nos Treding Topics do Twitter. Os usuários da rede perguntavam como a tecnologia capaz de transmitir o comercial poderia ser a mesma de seus celulares.


As reclamações foram desde a velocidade do 4G até a curta duração do pacote de dados da operadora.

Confira abaixo o buzz (negativo) que rolou nas redes sociais:





Em resposta aos descrentes, a assessoria da TIM prometeu divulgar, o making of do comercial para provar a veracidade da campanha. 

Bem ou mal, a operadora conseguiu um feito e fez de seu 4G um dos assuntos mais comentados dessa segunda-feira.

terça-feira, 24 de março de 2015

Processo Seletivo – Quais As Etapas De Um Processo Seletivo


   
Consultando algumas literaturas a respeito, vamos tentar esclarecer o que ocorre em cada fase do processo e com isto permitir que sua resposta positiva para aquela tão sonhada vaga, ocorra com mais naturalidade.

Considere que ao ver um anúncio, ser chamado para um processo seletivo ou participar de um concurso, há vários termos utilizados pelos selecionadores que para nós leigos, parecem-se somente com avaliações psicológicas – que também são usadas nos processos, diga-se de passagem – e que nos torna ansiosos pelo resultado. Entender como funciona este processo pode lhe auxiliar a diminuir a ansiedade natural de quem está buscando uma nova colocação.

Consultando algumas literaturas a respeito, vamos tentar esclarecer o que ocorre em cada fase do processo e com isto permitir que sua resposta positiva para aquela tão sonhada vaga, ocorra com mais naturalidade.

Os termos técnicos e expressões podem confundir, mas são fases de um processo cada vez mais complexo que visa apenas contratar os melhores profissionais e garantir que ele permaneça na empresa o maior tempo possível. Utilize-se destas informações para planejar sua próxima oportunidade de trabalho.

Sem a pretensão de elaborar um dicionário ou uma Wikipédia sobre o assunto, os termos mais utilizados são:

Anúncio – É uma declaração pública de uma empresa indicando a necessidade de contratar um profissional para atuar em um cargo específico. Esta declaração acontece de forma direcionada – jornal, internet, fontes – visando atingir especificamente o perfil desejado nesta vaga, considerando uma verba de divulgação previamente estabelecida. Desta forma, nenhuma empresa saudável irá contratar uma copeira através de um anúncio na TV em horário nobre, sem nenhum demérito aos profissionais... a questão aqui é o melhor custo benefício a fim de garantir um número relativamente pequeno de candidatos e cada um tenha exatamente o perfil desejado.

Fonte – São empresas ou base de dados que podem disponibilizar os currículos do profissional com o perfil ideal que a empresa busca. Os bancos de currículos podem ser da própria empresa, dos sites de empregos ou instituições de ensino. Normalmente eles são muito padronizados e solicitaram exatamente o que é fundamental para identificar os melhores perfis, ainda considerando o custo benefício.

Triagem – É a análise dos currículos. O objetivo é escolher os melhores perfis analisando os históricos escolares, de empregos anteriores, identificar as habilidades necessárias. Normalmente, esta triagem agrupa de 5 a 10 profissionais que são contatados por telefone para uma verificação inicial das características. Considerando o risco de ser descartado sem uma entrevista formal, recomendo extremo cuidado neste primeiro contato. Você tem apenas um minuto para “encantar” o selecionador.

Entrevista – É realizada com quem passou pelo processo de triagem que reduziu o número de candidatos pela metade. A entrevista visa aprofundar as informações do currículo e entender as aspirações do candidato. Este contato pode ocorrer com o RH da própria empresa ou de uma empresa de seleção e recrutamento contratado para tal. O próximo passo é uma entrevista com seu líder direto.

Técnicas de processo seletivo – São aplicados pelo selecionador para avaliar as habilidades buscadas no candidato. Normalmente são usadas dinâmicas de grupo, provas situacionais ou avaliações psicológicas.

Dinâmica de grupo - São diversas atividades aplicadas com o objetivo de analisar o desempenho do candidato em equipe e detectar comportamentos e competências compatíveis ao cargo pretendido pelo candidato. Durante as atividades, o selecionador observa o desempenho de cada integrante.

Provas situacionais – São simulações de problemas rotineiros ocorridos na empresa em que o candidato deverá atuar como se já estivesse contratado. Quanto mais alto o cargo, menor a possibilidade de o selecionador aplicartestes como esses. Eles são bastante utilizados para a contratação de trainees e estagiários.

Avaliação psicológica - São diversos testes aplicados durante o processo seletivo para analisar aspectos da intelectualidade, personalidade e a coordenação motora do candidato. Nem todas as empresas aplicam testes deste tipo. Eles não são eliminatórios, podem parecer estranhos, mas sempre seja sincero nas respostas. Nunca menospreze ou se recuse a fazê-los. Eles são apenas formas de confirmar o resultado das entrevistas e visam auxiliar os selecionadores a escolher o melhor perfil. Lembre-se, não há respostas certas ou dicas para preenchê-los. Use apenas a sinceridade.

Devolutiva ou Feedback - É uma resposta dada ao candidato sobre o seu desempenho e a sua situação no processo. Por meio do feedback, o candidato pode saber os motivos pelos quais ele foi ou não escolhido pela empresa. Infelizmente é muito pouco utilizada.

Carta de agradecimento - É uma correspondência que algumas empresas mandam para agradecer pela sua participação no processo seletivo. Confira alguns modelos de carta de apresentação.

Com este resumo, acredito que ficou mais fácil entender as etapas que virão no seu próximo processo. 

Nós da Factor9 (www.factor9.com.br/educacional.php), desejamos Boa sorte!

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Processo-Seletivo-%96-Quais-As-Etapas-De-Um-Processo-Seletivo&idc_cad=0l0hdfg65

sexta-feira, 20 de março de 2015

Case de Sucesso da Dolly - Você sabe cantar o jingle dos comerciais?




O novo profissional do marketing


Por Redação Melhor do Marketing
O novo profissional do marketing
Sempre me perguntam em aulas ou palestras o que é preciso para ser um bom profissional de Marketing. Lendo o jornal hoje, me deparei com as palavras do Diretor de Marketing da IBM, essas palavras me encorajaram a refletir o que esse “novo” profissional do marketing precisa ter ou fazer. Abaixo segue a minha reflexão sobre essa questão:
Hoje o profissional de marketing precisa saber navegar dentro e fora da empresa. Estabelecer parcerias e desenvolver bons relacionamentos. Acabou a era do profissional isolado. É preciso ter espírito conciliador, ser capaz de influenciar e engajar parceiros. Essas condições passam a ser premissas para alcançar os resultados, e por consequência, o sucesso.
A empresa continua esperando que o trabalho de marketing e comunicação seja ousado e transgressor, que a leve para um outro patamar de imagem e relacionamento com o mercado e consumidores. Portanto, inovação e criatividade continuam sendo alicerces para esse profissional, que tem de gostar muito de experimentação, novas tecnologias e ser condutor da introdução do “novo” na empresa.
Não basta escrever bem, elaborar e editar fotos, vídeos e conteúdos, saber monitorar, engajar e trazer resultados das redes sociais.Estamos cada vez mais falando de profissionais multitarefas, em um mundo onde a comunicação não é mais ON ou OFF, e, sim, integrada.
As companhias estão em constante transformação, trabalhos e projetos estão mais complexos, exigindo do profissional capacidade de liderar com pressão e mudança contínua, trabalhar com equipes multidisciplinares em prazos curtos, desafiantes e visão holística.
Quem quiser se destacar nesse mercado, tem de substituir a aversão aos números pela vontade e determinação de aproveitar as oportunidades que já estão aí, e principalmente focar na execução, filtrar e analisar dados extraindo e traduzindo números em resultado para empresa.
Acredito muito na frase: “Informação não é poder. Execução é poder”.
Um dos mais renomados consultores e autor de livros sobre o tema da execução de estratégias bem-sucedidas nas empresas, Ram Charan, já dizia: “Pode ser difícil, mas é na execução que se faz a diferença”.
Acredito que o “novo” profissional de marketing precisa ter Determinação. Determinação é paixão e perseverança em objetivos de longuíssimo prazo. Determinação é ter resistência, é agarrar o futuro, dia após dia, não apenas durante uma semana, não apenas durante um mês, mas durante anos, e trabalhar bastante para tornar real esse futuro. Determinação é viver a vida como uma maratona, não uma simples corrida.
Enfim, não espere que as empresas e as escolas desenvolvam esse novo profissional. Essa missão é pessoal e está em cada um de nós.
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Este post foi escrito por Marcelo Trevisani, Head of Digital Marketing at BRF e professor convidado do curso: Mídias Sociais – do planejamento à execução, edição Vitória/ES.