terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como melhorar seu marketing pessoal

Por Wagner Campos

Você já teve a oportunidade de fazer seu marketing pessoal algumas vezes. Provavelmente, você teve sucesso que dividir estes momentos entre sucessos e fracassos. Mas, se a divisão teve maior participação dos fracassos, está na hora de você melhorar seu marketing pessoal.



Então, preste atenção nas dicas que darei a seguir:

Você é o que acredita ser? Tem mais rótulo e embalagem que conteúdo ou vice-versa? Um bom rótulo pode colaborar para adquirirmos algo, mas se o conteúdo for ruim, o produto será descartado imediatamente, ou seja, você pode até ter impressionado em um primeiro momento, mas se não pode contribuir com nada, tenha certeza que é uma questão de tempo para que você seja "descartado".


Como você se diferencia da maioria? O que você oferece a mais? Quais as vantagens que uma empresa pode ter em contar com você na equipe? Toda empresa quer investir em profissionais que ofereçam retorno a este investimento (de tempo, financeiro etc). Analise o que você poderá proporcionar para a empresa, como em quanto tempo.

Quais são suas forças e suas fraquezas? Quais são seus pontos fortes que contribuem para você se diferenciar de seus concorrentes? Sua formação, experiência, fluência em idiomas, seu networking entre outros. E quais são seus pontos fracos? Em que você precisa melhorar? Tem dificuldades de falar em público, de se relacionar, ou possui pouca experiência? Como você lida com suas dificuldades? Os pontos fracos devem ser eliminados ou reduzidos, ou seja, identifique todos seus pontos fracos e desenvolva um plano de ação para superá-los. Já os pontos fortes devem ser potencializados, ou seja, veja como pode valorizar ainda mais seus pontos fortes e utilize os mesmos em seu favor.


Como você investe em seu tempo? Aprenda a definir prioridades e abrir mão de coisas ou projetos fúteis. Dedique-se a você, sua família e seu futuro. Organize-se! Se você nunca tem tempo para nada, provavelmente esteja desperdiçando tempo demais com algo desnecessário. Desapegue-se, seja flexível e administre seu tempo de forma mais produtiva.


Tenha conteúdo. Obtenha uma boa formação, participe de palestras, treinamentos, leia vários títulos de livros para se manter atualizado.



Cuide de sua saúde, utilize vestuário adequado e atente-se aos pequenos detalhes. Sua imagem pessoal também refletirá o profissional existente. Lembre-se do início deste artigo. É preciso ter rótulo e embalagem, mas também, muito conteúdo. Não adianta ter um excelente conteúdo se a embalagem e rótulo não contribuírem para criar o destaque inicial.


Lembre-se que você é o "produto" mais importante que venderá em toda sua vida. E como todo produto, possui um ciclo de vida de introdução, crescimento, maturidade e declínio. Caso tenha atingido a maturidade, faça como os produtos tradicionais. Inove constantemente para permanecer este estágio, pois, ao ir em direção ao declínio, o retorno será pouco provável.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Sociedade Contemporânea e o Marketing Político

A sociedade contemporânea se configura a partir do processo de transformações em todos os níveis: social, econômico, cultural e político dentre outros. Tais transformações são reflexos do processo de evolução da sociedade oriunda das revoluções científica, industrial e tecnológica.




Hoje vivemos no mundo das mídias, das tecnologias da informação e da comunicação. A sociedade está em rede e na cultura da virtualidade.



A revolução tecnológica propiciou grandes mudanças nos domínios da vida social e, sobretudo política, visto que as tecnologias da informação também influenciaram no campo político. Isto porque os sistemas políticos também precisam se apropriar de meios mais eficazes e modernos para difundir seus ideais e pensamentos, gerar competições e, de certa forma, tentar influenciar as massas. Contudo, entender essa evolução no campo da política, requer em primeira instância que se faça algumas considerações sobre os primórdios do marketing político.



Pode-se dizer que o marketing político não é uma criação do mundo contemporâneo. Ele existe desde a Antiguidade e se apresentava de forma mais simples. A configuração atual foi que se estruturou a partir do século XX.



Segundo Drummond (1996) “o que difere o marketing político de ontem do de hoje são as condições sócio-econômicas, políticas e culturais usadas e os meios adotados, agora representados pela complexa sociedade contemporânea industrial e pelas modernas técnicas de informação e comunicação”.



Na Antiguidade os recursos não eram tão avançados. As estratégias de marketing adotadas para difundir os princípios políticos e as doutrinas religiosas eram as propagandas políticas, as quais propiciavam contatos sólidos com a massa.



Destarte, fica evidente que a história do marketing político está associada ao desenvolvimento das propagandas, as quais procuram criar, transformar e impor sentimentos, opiniões e condutas. Todavia, graças à evolução dos meios e campos de ação e, principalmente devido às transformações societárias, o marketing político evoluiu, atingindo uma maior abrangência e complexidade.



Mas afinal, o que é marketing político?



Segundo Figueiredo (1994) “marketing político é um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um (a) candidato (a) do seu eleitorado potencial...” .



Com esta conceituação fica evidente que marketing político não se limita a simples propaganda. Vai muito além do que isso é estratégia pensada e planejada antecipadamente e que requer uma série de instrumentos e/ou critérios, dentre os quais: análise geral do cenário social, sobretudo o político, análise da vida dos adversários e perfil, bem como os anseios do eleitorado, realização de pesquisas não só quantitativas mas também qualitativas (pesquisas de opinião) e por fim, comunicação.



Assim fica claro que o marketing político tornou-se ferramenta indispensável no campo da política como um todo.



Atualmente torna-se quase impossível pensar em processo eleitoral sem um bom marketing político por trás.



O marketing político nos dias atuais se configura como uma atividade profissional que requer multidisciplinariedade. Nesse sentido, as equipes que assessoram os candidatos, são formadas por uma gama de profissionais das mais diversas áreas com o objetivo de planejar adequadamente todas as estratégias a serem postas em prática numa campanha eleitoral.



As campanhas eleitorais deixaram de ser baseadas nas simples intuições e palpites aleatórios e se transformaram em um amplo espaço de discussões, planejamento e pesquisas com fins táticos. A distribuição de “santinhos” e as exibições de nomes e partidos de candidatos pichados nos muros das casas não são mais suficientes



Uma campanha vitoriosa requer a estruturação de todo um aparato físico e humano. Faz-se necessária não só a existência de planos estratégicos, mas também, a estruturação de mão-de-obra especializada em propaganda, bem como, a criação de um processo de avaliação da campanha.



Vale ressaltar que não apenas o marketing político é fundamental mas, todo e qualquer tipo de marketing, pois este permeia as nossas vidas seja no âmbito político, cultural ou comercial como ilustrado no artigo “a fábrica do desejo” do autor Franck Mazoyer, publicado no jornal Le Monde Diplomatique Brasil, o qual retrata o marketing no mundo do mercado.



Por outro lado, não podemos perder de vista um ponto crucial: a estratégia de marketing deve ser bem elaborada discutida e refletida com o intuito de analisar se o alvo desejado terá a possibilidade de ser atingido da forma adequada. Em muitos casos o marketing político pode ser interpretado às avessas ou expressado de forma negativa, o que tende a derrubar um candidato, ou transmitir uma imagem desfavorável, que a depender da mudança de estratégia implementada poderá ou não reverter e/ou maquiar a imagem previamente criada.



No documento “Fahrenheit 11 de Setembro” (Michael Moore) nota-se o uso de um marketing político negativo. A princípio as redes de televisão projetaram George Bush como candidato eleito à presidência dos EUA, em detrimento do favoritismo do também candidato Al Gore.



Diante de manipulação e de fraudes Bush foi eleito a contra-gosta da população. Sua imagem política ficou em baixa e sua popularidade na estaca zero.



Após os atentados de 11 de setembro de 2001, Bush se aproveitou do clima de tensão na sociedade americana e criou um clima de medo constante, ao divulgar a possibilidade de novos ataques terroristas ao país. Com o discurso de que iria proteger “o seu país” passou a receber apoio popular.



O fato ocorrido ilustra perfeitamente uma das grandes estratégias do marketing político: a manipulação. Em muitos casos, se distorce a imagem do real ou até mesmo a postura de um candidato ou representante político, em função de que o objetivo deste seja alcançado.



Comunicação: um instrumento essencial para a efetivação do marketing político



Comunicação é tudo. É a peça fundamental para a difusão do marketing político nas campanhas eleitorais.



Na sociedade contemporânea onde há o predomínio da cibernética e da robótica, em suma das tecnologias da informação e da comunicação, o marketing político tem se apresentado com uma nova roupagem: mais moderna, eficiente e bastante diversificada.



O marketing político na sociedade contemporânea se apresenta de forma digital.



Nas campanhas políticas alguns candidatos têm se apropriado do uso do “blog” como uma ferramenta para a difusão de suas idéias e propostas de governo, bem como, para a promoção de uma interatividade expressa pela configuração de espaços de debates virtuais.



Além disso, vem sendo utilizado outros instrumentos tecnológicos como celulares e wallpaper mobile para a divulgação da imagem do candidato na sua campanha política. Sites de relacionamento, como por exemplo, o orkut também vem sendo utilizados com esta finalidade.



A internet vem se constituindo em uma excelente ferramenta da comunicação para os candidatos e seus marketeiros. Todavia, vale lembrar que a internet não é uma mídia de massa. Muitas vezes, as pessoas estão conectadas “navegando” por coisas inúteis. A televisão ainda é o principal veículo de comunicação, dominação e manipulação coletiva. É a mídia das massas.



Contudo, diante das transformações ocorridas em todo o meio social, principalmente no que se refere aos avanços tecnológicos, a tendência é a de que o marketing político digital atinja, aos poucos, outras camadas da população.

Considerações finais:



O marketing político, portanto, surge como um instrumento capaz de evidenciar o candidato de forma planejada, utilizando técnicas, estudo e os diversos meios de comunicação.



Nesse contexto, a atuação do gestor público é algo fundamental para o desenvolvimento do marketing político, uma vez que, o exercício de sua profissão implica diretamente na visão político da sociedade.



Referências bibliográficas:



CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: A era da informação, a sociedade e a cultura. 4ª. Ed. Trad. Klauss Brandini Gerhardt e Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2000.(V. 01).



DRUMMOND, Kátia Mattos. Marketing eleitoral. Planejamento e ação. Salvador: Ruído Rosa, 1996, p. 17-39.



FIGUEIREDO, Rubens. O que é marketing político. São Paulo: Brasiliense,1994. (Coleção Primeiros Passos, v. 289).



MARKETING Político.

Disponível em: < http://www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/mktpol.htm.>. Acessado em 1º de setembro de 2007.



SILVA, Valdir Roberto da. Marketing político. Disponível em: www.portaldomrketing.com.br/Artigos/Marketing%20político.htm.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desculpe ou desculpa?

Artigo escrito por Gustavo Rocha
O título não é uma pegadinha de português.

Normalmente usamos o desculpe no significado de desculpar-se de algo que fizemos e queremos perdão.

Quando usamos desculpa, queremos dizer algo para fugir, não cumprir aquilo que foi ou está sendo pactuado.

O Perdão é o mais nobre dos sentimentos. Precisa de muito amor, verdade e autoconhecimento para perdoar alguém de coração.

Desculpar-se no universo corporativo é fundamental.

Somos falíveis, as vezes erramos, somos grosseiros com pessoas queridas, somos ríspidos, enfim, agimos diferente da nossa conduta habitual.

Se erramos, pedimos desculpa e pronto. Certo?

Errado!

Pedir desculpas não é o suficiente. Devemos tentar reparar o erro. Compensar a pessoa se for possível.

Agora, se não for possível reparar, olhe bem nos olhos da pessoa que cometeste a injustiça e diga: “Errei. Me desculpe. Você pode me perdoar?”

Se você foi o injustiçado, aceite de coração o pedido de desculpas. Não é fácil pedir perdão a alguém. É um gesto nobre, de coração. E mais, se for sincero o pedido, podes ter certeza que perdoar fará do perdoado um amigo verdadeiro.

Esta é uma das facetas da desculpa.

A outra é muito, diria largamente utilizada nas empresas: Desculpas.

Desculpa para não cumprir no prazo;

Desculpa para chegar mais tarde;

Desculpa para sair mais cedo;

Desculpas.

Por óbvio, ululante, diáfano que ao errar, chegar atrasado ou sair mais cedo fornecemos motivos.

Uma coisa é o motivo. Outra é a desculpa.

O motivo é aquele utilizado vez em quando, quase nunca, já que somos conscientes da obrigação que temos e assumimos. Desculpa, é quando qualquer motivo é motivo para não trabalhar.

Analise seus motivos, seus porquês, seus sonhos.

Está descontente com o trabalho? Procure outro!

Acha o salário baixo? Estude, seja diferente, crie!

Sente-se menor que os outros? Veja se está mesmo ou se não é coisa da sua percepção.

Afinal,

Desculpar-se sim, desculpas, não!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Redes Sociais: Você está preparado?

As redes sociais são a mídia do momento. Artigos, reportagens, não importa onde, só se fala disto.

Traça-se paralelos entre as redes sociais e o mercado de trabalho, redes sociais e o marketing jurídico, redes sociais e a nova forma de comunicação da sociedade.

A reflexão que ecoa em todas as perguntas é: Estamos preparados?

Talvez sim, talvez não.

Estar preparado para as redes sociais significa muito mais do que estar com a sua marca nas redes e atualizar periodicamente.

Significa interagir com outros nas redes;

Significa monitorar o que é debatido e interagir;

Significa dedicar tempo e assuntos com foco nas redes e para as redes;

Você faz isto ou apenas atualiza?

Atualizar é imperioso, contudo não resolve tudo.

Sem interatividade a rede fica monótona, vazia, sem qualquer sentido.

O importante é se tornar conhecido das pessoas pela interatividade, pensamento, atualizações e visões sobre os fatos do dia a dia.

Isto mesmo! Fatos do dia a dia.

As redes estão cheias de pessoas vazias, é verdade.

As redes estão cheias de pessoas querendo apenas fama, é verdade.

As redes estão cheias de pessoas com interesses pessoais, é verdade.

Mas, apenas isto é verdade?

Claro que não!

As empresas cada vez mais optam pelas redes como forma de se relacionar com o seu público alvo, com o seu mercado.

Repito, não basta atualizar. Tem que interagir. Tem que ouvir o cliente.

Você está preparado para ouvir o cliente e lhe responder em tempo real?

Você está preparado para monitorar críticas e sem brigas e discussões resolver as situações?

Você está preparado para toda esta interatividade?

Em caso positivo, parabéns, você está preparado para as redes sociais. Caso negativo, pense bem. O futuro da sociedade passa pelas redes sociais e sua empresa depende disto…

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – www.gestao.adv.br
blog.gestao.adv.br
gustavo@gestao.adv.br

Todos direitos reservados.


FONTE/ORIGEM => http://blog.gestao.adv.br/

As mídias sociais e o novo modelo de recrutamento

O artigo da Fernanda Fabian ilustrou muito bem como as pessoas podem perder seus empregos usando as mídias sociais de forma inadequada, porém existe o outro lado. As mídias sociais vêm se tornando uma ferramenta muito eficaz tanto para recrutadores como para quem está em busca de um novo emprego (ou do primeiro).
Quando estamos em busca de um novo trabalho o que nos vem à cabeça em primeiro lugar é procurar uma agência de recrutamento, porém, essa opção resulta em entrar em uma fila e concorrer com centenas de pessoas que tiveram a mesma idéia que você. No entanto se você é um profissional antenado com as novas tendências deve ter percebido que as mídias sociais estão se tornando o lugar ideal para mostrar o seu talento e dar o pulo do gato em relação a uma vaga de emprego.

O desafio para quem está buscando uma nova vaga de emprego é saber construir online a sua marca pessoal. As mídias sociais oferecem algumas tecnologias que se usadas corretamente vão levá-lo de encontro ao tão sonhado emprego.

Em minha opinião não existe nada mais poderoso do que um blog para criar uma marca pessoal na internet. O blog pode destacar seus valores, suas habilidades, sua criatividade, seu conhecimento e sua capacidade de interação social. Além disso, ele pode ser integrado com outras mídias sociais como o LinkedIn, por exemplo, o que te coloca em contato direto com recrutadores do mundo todo.

Para as empresas, usar as mídias sociais como ferramenta de recrutamento está tornando-se uma prática bastante comum. As organizações que possuem políticas de recrutamento online estão economizando milhares de dólares em taxas de recrutamento e contratações contornando as empresas de headhunting e encontrando os candidatos diretamente nas redes sociais.

Um exemplo disso é um atributo do LinkedIn chamado “LinkedIn Recruiter“, desenvolvido pela SAP, que permite que as empresas rastreiem na Web os talentos de acordo com a análise de critérios como habilidades, idade, sexo e até mesmo a interação social. Muitas companhias têm economizado milhares de dólares com esse novo modelo de recrutamento. No Brasil não só o LinkedIn mas redes sociais como o Twitter, Orkut e Facebook, assim como os blogs são enormes bancos de dados que vem crescendo de forma exponencial e servem como fonte de informações para contratar novos funcionários.

As mídias sociais estão norteando uma mudança no modelo de recrutamento atual utilizado pelas empresas e todas as evidências apontam para um caminho onde as companhias que fazem a mediação entre candidatos e contratantes deverão mudar o seu modus operandis ou arcarão com as consequências.

O que determina a influência no Twitter?

mídias sociais são consideradas uma revolução na comunicação, isso devido ao fato de serem democráticas. Qualquer um com acesso a internet pode utilizar essas mídias e influenciar pessoas o que qualifica o marketing em mídias sociais como uma forma de boca a boca ou marketing viral. Nesse novo cenário, os modelos mercadológicos tradicionais perderam seu valor, os consumidores deixaram de ser uma estatística e passaram a ser indivíduos com preferências e atitudes.


A mídia social é o local onde se encontra um novo tipo de consumidor, que possui um papel mais ativo. É o espaço onde não só as grandes empresas têm o poder de criar conteúdo e formar opiniões, mas sim, dividem essas funções com os indivíduos presentes nesses ambientes online, onde todas as ações geradas pelas marcas são necessariamente complementadas pelas ações geradas pelos usuários, ou seja, não há controle das conversações mas é possível influenciá-las.


Os influenciadores nas mídias sociais fazem parte de uma meio onde não existem posições formais e as posições estabelecidas devem ser consolidadas diariamente, afinal as pessoas precisam de um motivo para segui-lo, caso esse motivo deixe de existir existem milhões de pessoas que estão somente a um clique de distância.


Nesse ecossistema as pessoas são vistas de acordo com o valor agregado de suas ações e mensagens, não se trata apenas de números. Muitos usuários do Twitter possuem inúmeros seguidores, porém, são poucos que conseguem ser retweetados de maneira significativa. Por outro lado existem aqueles que conseguem realmente prender a atenção das pessoas, como é o caso do @revrunwisdom, que é provavelmente uma das pessoas mais influentes do Twitter, isso devido ao fato de ele ser o usuário mais retweetado de todos os tempos. Por que ele é tão influente? O que faz as pessoas serem multiplicadoras e difusoras espontâneas de suas informações? Como podemos definir e reconhecer quem são os influenciadores nesse meio? Um grande número de seguidores não se converte em influência? Por que? Está aberta a discussão.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Memória mercadológica

O motivo é que toda marca ou produto traz alguma sensação ou um sentimento que pode ser negativo ou positivo

Por Paulo Araújo

Responda rápido: qual é a cor do "S" da Perdigão?

Vermelho?! Sinto muito, resposta errada! A palavra Perdigão não tem a letra "s".

Mas dificilmente você não pensou na cor vermelha. E por que isso?

O motivo é que toda marca ou produto traz alguma sensação ou um sentimento que pode ser negativo ou positivo.

Essa lembrança é o que chamo de memória mercadológica. Vamos ver abaixo como podemos iniciar o processo de venda desde cedo na mente do cliente e assim sair na frente da concorrência.

Sensações e sentimentos. Pesquise junto ao seu cliente que tipo de sensação ou sentimento lhe desperta ao lembrar-se da sua marca ou produto. Nós pensamos em forma de imagens e não em palavras, por isso todo cuidado é pouco quando o assunto for comunicação, propaganda ou publicidade. A forma como a sua empresa se comunica com o seu público é sempre o início da relação comercial futura que a sua empresa pretende ter com o cliente. Por exemplo: nada mais irritante do que a concessionária de veículo que propaga que faz a melhor avaliação do seu carro usado. Aí você pega o seu carro, a sua intenção de compra e junto com o seu tempo e energia aguarda pacientemente todo aquele processo. É incrível a quantidade de vezes que fiz isso e obtive nem a melhor e nem a segunda melhor avaliação do meu carro. Ponto para a concessionária concorrente.

Atendimento e experiência de consumo. O atendimento somente será bom se a experiência de consumo for inesquecível. Chega de confundir bom atendimento com atenção e cortesia. Isso é o básico! Não tem nada de diferente. Quem quer comer fast food está atrás de bom preço, rapidez e praticidade. Não está preocupado com um jantar a luz de velas. Mas que tal bolar alguma coisa para entreter as crianças que esperam ansiosas com seus pais na fila. Qual empresa não deseja ter clientes leais, vender com lucro e ainda receber indicações dos clientes atuais? Todas querem, mas para isso é preciso criar e insistir em tornar o processo de compra algo inesquecível! Não estou falando de brindes e paparicações sem fim, estou falando de algo inusitado. Veja o exemplo do hotel Crowne Plaza que fica em Copenhague, na Dinamarca. O hotel conectou bicicletas ergométricas a geradores e assim os hóspedes que se exercitam produzem eletricidade. Investindo na própria saúde e ao gerar 100 watt/hora o hóspede-atleta recebe como prêmio uma refeição no valor de aproximadamente $60,00 ou por volta de 27 euros. Pedala Robinho!

Posicionamento e investimento na marca. Não basta somente fazer anúncios bonitos é preciso aliar a sua marca a uma causa. O apelo é sempre o mesmo: preço - qualidade - serviço. São poucas as empresas que conseguem ganhar a simpatia do cliente pelo motivo de mostrar a que veio, para que existe. Antes da fusão o banco ABN Real sempre focava na questão de um banco socialmente responsável, inclusive com ações voltadas a terceira idade. A Toyota trabalha forte na produção de carros ecologicamente corretos, inclusive já conta com alguns modelos em seu portfólio. Entenda que quando falo em causa, não precisa ser necessariamente algo ligado ao social ou a ecologia. Podemos pensar em fabricar alimentos saudáveis, produtos que contribuem com a educação e aumento da cultura das pessoas, entre outros tantos exemplos. O importante é vivenciar a missão da empresa, tirar as palavras do papel e torná-las realidade.

O assunto é vasto e interessante e neste artigo apresento pequenas dicas para que independente do tamanho da sua empresa você possa refletir e criar mecanismos e ações para que esteja onde estiver, ao lembrar da sua marca o cliente tenha sempre aquela sensação de que fez ou irá fazer um bom negócio.