terça-feira, 13 de novembro de 2012

Como fazer uma pesquisa de mercado

 

Como fazer uma pesquisa de mercado. Veja um pequeno roteiro para quem deseja saber como fazer uma pesquisa de mercado.

Se você está pensando em montar um negócios próprio, saber como fazer uma pesquisa de mercado é essencial. Uma pesquisa de mercado bem feita pode dar a qualquer empresa, um retrato fiel de que tipos de novos produtos ou serviços podem lhe trazer lucro. Para produtos e serviços que já estão sendo comercializados, uma pesquisa de mercado pode dizer claramente se as empresas estão no caminho certo, indo de encontro às necessidades e expectativas dos seus clientes. Ao pesquisar as respostas para questões específicas, proprietários de pequenas empresas podem descobrir com precisão se eles precisam mudar o design da sua embalagem ou ajustar os seus métodos de entrega, e até mesmo se eles devem considerar a oferta de serviços adicionais.
“Deixar de fazer pesquisa de mercado antes de iniciar um empreendimento comercial ou durante o seu funcionamento é como dirigir um carro do Texas a Nova York sem um mapa ou sinais de rua”, diz William Bill do “Wealth Design Group LLC” em Houston. “Você tem que saber em que direção viajar e quão rápido deverá ir. Um plano de pesquisa de mercado indica onde estão e quem são seus clientes. Ele também irá lhe dizer quando eles estão mais propensos a comprar seus produtos ou usar seus serviços”.
Quando você realizar uma pesquisa de mercado, você pode usar os resultados tanto para criar um plano de negócios (business plan) – ou de marketing – quanto para medir o sucesso de seu planejamento atual. É por isso que é importante fazer as perguntas certas, no momento certo, com as pessoas certas. Uma pesquisa mal feita pode guiar um negócio na direção errada e é justamente isso o que você não quer, estou certo?
A seguir, fiz uma relação de conceitos básicos sobre pesquisa de mercado que podem ajudar você a começar a sua própria pesquisa e também mostro alguns erros que você sempre deverá evitar.

Tipos de Pesquisa de Mercado

Vamos então a parte prática sobre como fazer uma pesquisa de mercado. Vejamos quais são o modelos básicos de uma pesquisa de mercado:

Pesquisa Primária

O objetivo principal dessa primeira pesquisa é o de coletar informações sobre seus resultados de vendas e do quão eficaz estão sendo suas ações de marketing. A pesquisa primária também avalia o plano de seus concorrentes, buscando lhe dar mais informações sobre suas ações e movimentos no mercado.
Os métodos de coleta de informações da pesquisa primária podem incluir:
  1. Entrevistas (por telefone ou pessoalmente);
  2. Pesquisas (online ou pelo correio);
  3. Questionários (online ou pelo correio);
  4. Grupos focais reunindo uma amostra de potenciais consumidores ou clientes, para receber feedback direto sobre um produto ou serviço.
Algumas questões importantes ainda podem ser incluídas nessa pesquisa, por exemplo:
  1. Que fatores você considera ao comprar este produto ou serviço?
  2. O que você gostou e o que não gostou sobre produtos ou serviços atuais existentes no mercado?
  3. Que áreas você sugere melhorar na empresa?
  4. Qual é o preço mais adequado para um produto ou serviço?

Pesquisa Secundária

O objetivo da pesquisa secundária é analisar os dados que já foram publicados por grandes instituições de pesquisa, como o IBGE e o IBOPE, por exemplo. Com esses dados é possível identificar concorrentes, estabelecer referências e localizar alvos (target) mais segmentados onde você possa atuar. Estes segmentos são aquela parcela da população que se enquadra em seu target demográfico – pessoas que vivem certo estilo de vida, que exibem padrões de comportamento especiais ou que se enquadram em uma determinada faixa etária.

O processo de coleta das informações

Se uma grande empresa já não pode se dar ao luxo de não conhecer seu mercado, uma empresa de pequeno porte não pode ter sucesso sem uma grande compreensão de seus clientes, de seus produtos e serviços e do seu mercado de atuação. A competição é na maioria das vezes cruel e feroz, e operar sem os parâmetros de uma pesquisa de mercado pode dar aos seus concorrentes uma grande vantagem sobre você. Existem duas categorias distintas de coleta de informações: a quantitativa e a qualitativa.

Métodos quantitativos

Empregam análise matemática e exigem uma grande amostragem de dados. Os resultados destas informações jogam luz sobre diferenças estatisticamente significativas. Quer um exemplo? Se você tem um site e acompanha seus resultados, o Google Analytics é ótimo lugar para extrair dados quantitativos. As informações que ele traz todos os dias, podem ajudá-lo a determinar como seus visitantes estão chegando ao seu site, quais palavras-chave pesquisadas nas buscas estão trazendo mais visitas, quanto tempo os visitantes estão permanecendo em seu site, de que páginas estão saindo e até de que tipo de smartphones eles estão acessando seu site.

Métodos qualitativos

Vão ajudá-lo a desenvolver e aperfeiçoar sua pesquisa quantitativa, como se você fosse fazer uma “sintonia fina” em cima dos dados coletados. Eles podem ajudar os empreendedores a compreender os problemas que enfrentam e em muitos casos, podem usar métodos de entrevista para aprender com as opiniões dos clientes e conhecer seus valores e suas crenças. Geralmente, o tamanho da amostra na pesquisa qualitativa é pequena.

Erros de marketing mais Comuns

Muitos empreendedores iniciantes – com falta de tempo e dinheiro – podem tomar certos atalhos que mais tarde se tornarão uma dor de cabeça e o tiro fatalmente poderá sair pela culatra. Aqui estão três armadilhas que você deverá evitar a todo custo.

Usar apenas a pesquisa secundária

Se basear apenas no trabalho e nas informações publicadas por terceiros, mesmo sendo de institutos de pesquisa competentes, não vão lhe dar a imagem completa do problema. Pode ser um ótimo ponto de partida, mas as informações que você receber de uma pesquisa secundária (IBOPE, Nielsen etc) podem estar ultrapassadas. Em plena era da informação, pesquisas do ano passado já podem não refletir o momento social. Você pode perder detalhes importantes para o seu negócio se confiar apenas nessa categoria de pesquisa.

Usar apenas os recursos da Internet

Quando você usa os motores de busca para coletar informações, você recebe apenas o que está disponível para todos e nem sempre as informações podem estar totalmente precisas. E se você não for um especialista e conhecer muito bem a sua área (a maioria das vezes o empreendedor está justamente pesquisando para conhecer mais sobre seu mercado), você será facilmente levado a dar valor a tudo o que vier nas primeiras páginas. Fazer pesquisas usando o Google, o Bing ou qualquer outro mecanismo de busca é muito importante e deve ser feito sempre, mas para realizar pesquisas mais profundas – e se manter dentro do seu orçamento – você deve consultar outras fontes para comparar informações.
Algumas bibliotecas municipais, as Universidades, centros de negócios como o CIESP e a FIESP, e em instituições como o Sebrae e a Endeavor são excelentes referências. Estes centros de negócios têm um vasto acervo, mesmo em seus sites e podem ser consultados praticamente a qualquer hora do dia.

Fazer pesquisas apenas com quem você conhece

Proprietários de pequenas empresas (e até de algumas bem grandes), às vezes até por comodismo, entrevistam apenas os membros da família e os colegas mais próximos, quando estão realizando uma “pesquisa de mercado”. Saibam, no entanto, que os amigos e a família na maioria dos casos, não são as melhores opções de “target”, pois seu feedback não será totalmente isento e desvinculado a você.
Para obter informações mais úteis e precisas parasua pesquisa de mercado, você precisa falar com seus clientes (ou futuros clientes) sobre suas necessidades, desejos e expectativas. Não estou dizendo que você não deve conversar com seus amigos e sua família, apenas esteja ciente de que o retorno deles deverá ser considerado apenas como uma “opinião” e não como uma pesquisa de mercado verdadeira.
Bem, agora que você já tem uma ideia de como fazer uma pesquisa de mercado, basta elaborar a sua e colocar a mão na massa. Até breve!

É a vez dos ZERO! Os cases da Coca-Cola e do Listerine

 

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Os ZERO estão dominando por onde passam e temos vários cases em que eles são os destaques! Podemos destacar os cases Coca-Cola Zero e Listerine Zero.
 
Primeiramente, vamos falar do case da Coca-Cola Zero, que foi uma extensão de uma ação realizada pela marca em Sidney para o mercado australiano. Trata-se da impressão dos 150 nomes mais comuns no país em embalagens (latas, 600 ml e 2 litros) de Coca-Cola Zero. Para reforçar a ação, um aplicativo foi criado no Facebook para que usuários possam realizar a personalização de sua latinha e compartilhar com toda rede. Já foram mais de 500 mil latinhas virtuais criadas pelo aplicativo.
Assista a um dos vídeos da campanha da Coca-Cola Zero:


Outro case é o do Listerine Zero que chegou no Brasil como uma alternativa para aqueles consumidores que gostariam de usar Listerine devido sua tradição e eficácia comprovada, mas consideram seu sabor muito intenso, ou apresentam preferência por versão sem álcool. O produto já é comercializado nos Estados Unidos desde 2010, e vem tendo uma ótima aceitação por parte dos consumidores. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Listerne Zero chega para dar ao consumidor brasileiro o poder de escolher a versão de sua preferência.
Assista também a campanha de TV de Listerine Zero:

Será que quanto mais zero, melhor?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marketing em campo: os prós e contras para as marcas que apostam no mercado esportivo

 

Em entrevista ao Administradores.com, especialista fala sobre as especificidades do segmento, destaca riscos e vantagens e explica como é possível medir o retorno desse tipo de investimento

 
 
No Brasil e na Europa, o futebol. Nos EUA, o basquete e o futebol americano. Paixões nacionais que, ao mesmo tempo, são namoradinhas do mercado publicitário. Esses nichos envolvem alguns dos negócios mais lucrativos do planeta e podem ter um peso gigantesco sobre marcas que resolvem patrocinar equipes, campeonatos ou desenvolver outros tipos de ação. Os benefícios, entretanto, não podem cegar os investidores para os riscos, que também são muitos: atletas que se envolvem em polêmicas, uma equipe que fracassa em campo, um campeonato que é envolvido em denúncias de corrupção etc.
Em entrevista ao Administradores.com, a especialista em marketing e diretora da Rio Dez Marina Almeida fala sobre as especificidades do marketing no mercado esportivo, destaca riscos e vantagens e explica como é possível medir o retorno desse tipo de investimento.

Para marcas que atuam no mercado de produtos esportivos, quais as especificidades das ações publicitárias?

As próprias ações publicitárias representam uma especificidade desse tipo de empresa. Elas não só investem em patrocínio, mas também em ações, que promovam esse patrocínio e, assim, atinjam seus consumidores finais.
Alguns pontos comuns dessas ações: patrocínio de atleta, patrocínio máster de eventos esportivos, comerciais institucionais bem elaborados usando os atletas patrocinados.
Foto: Thinkstock

Para as marcas em geral, quais as vantagens e também riscos de investir em marketing esportivo, associando - por exemplo - sua imagem a clubes, torneios, atletas ou mesmo um esporte?

As marcas não esportivas se interessam por ações publicitárias envolvendo esportes porque, assim, conseguem mostrar à população que acreditam e partilham os mesmos valores envolvidos nessa prática: disciplina, perseverança, força de vontade e determinação, por exemplo. Dessa forma, uma empresa se mantém "visível" no mercado e fortalece sua marcar diante de seus consumidores.
Os riscos deste patrocínio aparecem quando acontecem situações controversas. Quando o evento não dá certo e é criticado publicamente, ou quando o clube não consegue bons resultados nas competições em que disputa. Por outro lado, patrocinar atletas, individualmente, representa um risco diferente. Nesse caso, os maus resultados não são os maiores problemas, em se tratando de pessoas, não é possível saber suas condutas fora de jogo, suas reações diante de uma situação adversa em quadra, ou sua reação ao ser abordada por repórteres após uma partida perdida.

Para uma marca que - por exemplo - patrocina um clube de futebol, como se mede o retorno sobre esse investimento?

Mensurar esse retorno ainda é bastante subjetivo. Atualmente, esse retorno pode ser medido por indicadores de retorno de mídia, como clipping e cálculo de exposição de marca, por análises financeiras sobre a empresa, ou aumento das vendas.

O que uma marca precisa levar em conta na hora de decidir patrocinar uma equipe, atleta ou campeonato?

É preciso definir os objetivos, que se pretende atingir com tal patrocínio. Após entender os objetivos, fica mais fácil definir o que patrocinar e traçar ações para um melhor aproveitamento desse investimento.
As empresas devem se perguntar o porquê de patrocinarem determinado evento, como isso vai repercutir externamente, quem estará vendo a sua marca, de que forma ela estará associada com o evento e o que isso pode representar para seu cliente final.

Não é raro, quando publicamos matérias sobre o mercado esportivo, alguns leitores perguntarem o que isso tem a ver com Administração de Empresas (somos um portal e revista segmentados para o público dessa área). Essa percepção que muitos brasileiros ainda têm do esporte, dissociada do negócio, ajuda ou atrapalha no desenvolvimento de ações de marketing?

Infelizmente, esse pensamento atrapalha. A maior parte das pessoas pensa no patrocínio como exposição de marca, mas o patrocínio pode ser muito mais. Talvez, por isso, executar ações de ativação de patrocínio seja mais importante do que apenas pagar em dia seu patrocinado.
Ativar um patrocínio é fazer ações de marketing atrelando marca/empresa e patrocinado. Essas ações são infinitas, dependem da criatividade da equipe de Comunicação de Marketing e, é claro, dos limites estabelecidos pela cota de patrocínio aderida.
Além de ações para clientes, é interessante elaborar ações internas, para os funcionários da empresa patrocinadora, tais como tarde de autógrafos e fotos, bate-papo com atletas, sorteio de ingressos para jogos, dentre outros.

Os cuidados para sua marca não desaparecer do mercado

 

A maioria dessas marcas desapareceu devido à fusão de uma empresa com outra. Esse é o caso da Cica, que foi fundada em 1941, e mudou de dono várias vezes, sendo que, a Unilever foi um deles

Por Maria Isabel Montañes, Administradores.com

Arapuã, Mappin, Mesbla, Kolinos, Cica, Gurgel e Bamerindus. Esses são alguns exemplos de marcas poderosas, que impactaram diretamente o consumidor por anos a fio, mas que, de uma hora para outra, 'desapareceram' do mercado. Mas qual é o motivo? O que leva uma empresa a dar fim em uma marca?

A maioria dessas marcas desapareceu devido à fusão de uma empresa com outra. Esse é o caso da Cica, que foi fundada em 1941, e mudou de dono várias vezes, sendo que, a Unilever foi um deles. Em 2003 foi criada a Knorr Cica e em 2007 a marca foi eliminada do mercado. Outro caso é o da Kolynos, uma das mais célebres na área de cremes dentais no Brasil. Sua fabricante, a subsidiária brasileira dos laboratórios Wyeth-Whitehall foi comprada numa operação mundial pela Colgate. Ao proibir o uso do nome Kolynos, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, na época, tentou evitar o que considerava uma "concentração excessiva", já que as marcas Colgate e Kolynos, juntas, detinham aproximadamente 79% do mercado nacional. Uma decisão inédita no Brasil tirou a Kolynos do mercado por quatro anos. Em 2003, a Colgate decidiu aposentá-la. Resultado: a Kolynos se transformou num daqueles estudos clássicos da gestão e do marketing.

Todos nós, como consumidores, percebemos como o mundo está mudando de forma acelerada. As relações dos consumidores com os produtos e serviços seguem um caminho que já está traçado. Esse fato só reforça a importância das marcas em nossas vidas. Neste mundo globalizado, onde várias marcas já não mais existem, que os empresários, principalmente os pequenos e médios, devem fazer para que suas marcas entrem e permaneçam na galeria daquelas que vencem o jogo do mercado, numa disputa tão acirrada e competitiva?

Independente do porte ou segmento da empresa é importante, em primeiro lugar, saber gerenciar a marca de forma eficaz e efetiva. O objetivo é evitar problemas de imagem com os produtos e serviços ofertados. Vale lembrar que hoje, além da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon, há diversas mídias sociais, como oFacebook, Twitter, e sites especializados em reclamações. O Reclame Aqui, por exemplo, é um deles: com mais de quatro milhões de pessoas cadastradas e uma média de 7 mil reclamações de consumidores por dia, o que antes era um canal informal de queixas se tornou uma eficaz ponte entre empresas e consumidores. Não é a toa que essas mídias causam mais danos às marcas do que o Procon!

Os empresários não podem ignorar, de forma alguma, o poder dos usuários nas redes sociais para a imagem de sua marca. O acesso à informação está cada vez mais fácil. Ou seja: tudo que diz respeito a uma determinada marca não é mais segredo para ninguém. Um exemplo: no dia 17 de outubro a Marisa lançou a campanha Primavera/Verão. O filme, que foi ao ar em rede nacional, causou enorme controvérsia nas redes sociais, porque uma moça magra apareceu experimentando peças de roupa e se olhando no espelho, ao comentar seus esforços para conquistar a silhueta sequinha para o verão. O texto faz uma "justa homenagem às leguminosas e sopas ralas que fizeram minhas refeições menos alegres, mas que farão meu verão mais feliz". Com certeza, a Marisa chamou atenção. Mas não do modo que almejava. Na página da marca foram inúmeras críticas que acusam a loja de machismo e de estar fazendo apologia aos distúrbios alimentares. De uma hora para outra, o slogan da maior rede de lojas de moda feminina e íntima no Brasil se tornou "De mulher pra mulher. Machista".

Nesse contexto, podemos perceber o nível de relacionamento que os clientes têm com a marca a todo o tempo. Para os detentores desse poderoso instrumento de comunicação, é importante se posicionar, encontrar um caminho ainda não explorado e atuar de forma criativa e eficaz sobre o mercado. É imprescindível sempre lembrar que as pessoas, ao consumirem uma determinada marca, sabem que estão levando um conjunto de valores por trás dela. Uma marca tem o poder de transmitir confiança, criatividade, responsabilidade e ética. Ela é muito mais que um logotipo. Qualquer pessoa que deseja ter um negócio bem sucedido, precisa, antes de mais nada, se preocupar com a marca.

Maria Isabel Montañes é diretora da Cone Sul Assessoria Empresarial e especialista em marcas e patentes há 26 anos.

Plano de marketing pessoal nas redes sociais

 

Qual a importância de um plano de marketing pessoal nas redes sociais para os empreendedores

Ser empreendedor também é conseguir exposição e ter um plano de marketing pessoal nas redes sociais é um dos primeiros passos para a construção de um bom networking em mídias sociais. Não basta apenas sair criando perfis aleatoriamente nas redes sociais e achar que isso é uma estratégia de marketing pessoal na Internet. No caso do empreendedor isso fica ainda mais importante, pois a divulgação não é apenas pessoal, mas também do seu próprio negócio.
No caminho para criar um plano de marketing pessoal nas redes sociais, o empreendedor estará dando estrutura para suas ações de marketing de forma racional e eficiente. Um dos grandes segredos do marketing em mídias sociais é que as diversas ações são potencializadas pela integração e por isso seu planejamento é tão importante.

Os passos de um plano de marketing pessoal nas redes sociais

Para que o empreendedor possa criar um plano de marketing pessoal nas mídias sociais, eficiente e bem estruturado, em primeiro lugar é preciso estabelecer critérios para escolha das mídias das quais, você deve participar, caso contrário você estará em meio a um verdadeiro caos, pois não haverá tempo para administrar todas e muito menos conteúdo relevante para veiculação.
Vejamos algumas dessas diretrizes:
  • Quais as redes sociais que o público-alvo que você pretende atingir costuma usar?
  • Qual o padrão de utilização destas redes?
  • Sobre o que giram as conversas nestas mídias;
  • De que forma você colaborar para o enriquecimento dessa discussão.
Reparou nesse último item? O que você tem a acrescentar nessa discussão? Se você não tem conteúdo, você não tem o que fazer nas redes sociais, a não ser se transformar em um expectador da conversa, o que significa não ser uma referência, o que é péssimo em termos de marketing pessoal.

Você conhece a mídia em que irá atuar?

Embora as redes sociais possam parecer uma coisa fácil, é necessário conhecer cada uma delas para pode criar um ambiente propício ao networking. Um plano de marketing pessoal nas redes sociais passa obrigatoriamente pelo conhecimento das ferramentas que irão ser usadas. Veja o caso do Twitter, por exemplo. Se você não conhecer o uso correto de “linguagens” do Twitter como DM, RT e Hashtag, seu relacionamento nessa rede pode ficar prejudicado.
No Facebook e Linkedin não é diferente. Todas as mídias sociais possuem um ritual próprio de aproximação e desenvolvimento de relacionamentos que você deve dominar antes de tentar qualquer tipo ação promocional nas redes sociais.

Seu plano de marketing pessoal nas mídias sociais

Conhecendo as ferramentas é hora de estruturar seu planejamento. É a hora de botar a mão na massa. Em primeiro lugar, você deve criar o seu perfil e completa-lo com suas informações pessoais. Lembre-se, de nada adianta ganhar exposição nas redes sociais se as pessoas não podem saber mais detalhes sobre você.
Customize seu perfil de forma minuciosa, com uma boa foto e seus dados de contato. Se a rede permitir um pouco de customização, como no caso do Twitter, tente criar uma identidade visual para sua marca pessoal, pois isso sempre é visto como um sinal de capricho e dedicação ao que você se está se propondo a fazer.
Ter um plano de marketing pessoal nas redes sociais é praticamente uma imposição do mercado atual. No caso dosempreendedores é essencial para networking e divulgação de suas iniciativas e sucessos.

Cinco mitos de inovação em comunicação

 

Fundamental para marcas que querem ganhar destaque, mudanças e estratégias de Marketing nem sempre devem ser tomadas com base em verdades absolutas criadas no Brasil

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 08/11/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Coppead,Inovação,inovar,comunicação,TV,mídia,redes sociais,pesquisaA inovação é fundamental para que as marcas tenham destaque no mercado. Em um cenário brasileiro atual de transformações, onde os conteúdos direcionados ao consumidor podem ser gerados em múltiplos canais, é preciso estar atento aos mitos – verdadeiros ou não – que se apresentam. Enumerados na pesquisa “Inovação e o Ecossistema de Mídia”, do Coppead, são eles: 1 - nada vai mudar no mercado brasileiro; 2 – a TV é a mãe do Brasil; 3 – audiência é igual à atenção; 4 – conteúdo é rei; 5 – sucesso nunca é demais.
A premissa de que tudo permanecerá imóvel e como sempre esteve falseia o primeiro mito. Apesar de a TV ter sido e continuar sendo, desde sua implantação no Brasil na década de 1950, o principal canal de comunicação entre público e marcas, outras mídias surgiram e o grau de engajamento e co-criação atualmente é muito maior. Segundo o estudo do Coppead, não haverá mudanças bruscas e definitivas, mas elas começam a acontecer.
Ainda assim, mesmo que as mídias sociais tenham ganhado um espaço maior no relacionamento entre as empresas e seu público-alvo, existe lentidão. “O Brasil tem uma situação única no mundo. Temos uma audiência de Super Bowl diariamente em nossas novelas e as marcas ainda conseguem uma abertura grande trabalhando especificamente com essa mídia. Por outro lado, o cenário de inovação tem diversas possibilidades e múltiplos futuros. O que percebemos é que haverá um investimento cada vez maior em mídia própria e mídia espontânea e pessoas cada vez mais jovens assumindo cargos de liderança e mudando todos os formatos antes tradicionais”, indica a pesquisadora Paula Chimanti.
Coppead,Inovação,inovar,comunicação,TV,mídia,redes sociais,pesquisaO Brasil no alvo
A revolução digital que o país passou e os números de usuários brasileiros nas redes sociais ainda não foram suficientes para derrubar a verdade do segundo mito da inovação: “A TV é a mãe do Brasil”. Boa parte da importância e da permanência acentuada de ações das marcas por meio dos televisores se explica pela inserção do aparelho em 99% dos lares brasileiros e de sua penetração forte em diversas regiões, ainda que com diferenças marcantes entre si.
Outro fator prioritário é a conveniência do canal. “Geralmente escutamos a frase de que a TV é a mídia mãe do Brasil acompanhada de um ‘ainda’. Não sabemos quanto tempo vai durar, mas trabalhamos com análises de cenários e, nesse ponto, surgem a internet e os celulares, que estão crescendo e sendo bem avaliados. Porém, a televisão é mais conveniente e entrega uma quantidade maior de conteúdo, junto com entretenimento e uma imagem mais trabalhada diante de seus consumidores”, indica Paula.
Mídias tradicionais x mídias digitais
Mais do que medir qual o número de leitores e assinantes de um jornal ou quantos estão com a televisão ligada em determinado canal, o mundo digital, incluindo as mídias sociais e as plataformas mobile, revolucionaram a forma que as empresas podem e devem falar com seu público-alvo. Diferente dos formatos tradicionais de mídia, hoje a internet permite ir além da simples aferição da efetividade das ações, levando os grupos a entenderem o potencial de interação do consumidor.
Nesse cenário, o terceiro mito, audiência é igual atenção, encontra seu problema na intersecção entre modelos tradicionais e digitais e se mostra falso. “Na internet eu consigo de fato saber onde o usuário está colocando sua atenção. Um modelo de negócios do Google, por exemplo, cobra o anúncio da empresa só se houver o click. Existe então um deslocamento dos formatos antes usados para outros onde existe o engajamento. A união deles é o grande desafio porque, no final das contas, a empresa quer vender”, avalia Paula Chimenti, responsável pelo tema “Inovação e o Ecossistema de Mídia”, apresentada durante o 4º Encontro Internacional Coppead de Comportamento do Consumidor.
Coppead,Inovação,inovar,comunicação,TV,mídia,redes sociais,pesquisaAparecer nem sempre é bom
Facebook, Twitter, blog, portal, ações em pontos de venda, televisão, jornal, rádio: não importa se são todas de uma vez ou uma pequena seleção, toda empresa deseja aparecer e estar entre os assuntos mais comentados – e de forma positiva – nas mídias. A saga pela prioridade do consumidor, no entanto, pode ser um tiro no pé e levar ao quarto mito que não é verdadeiro: “Conteúdo é Rei”.
A lição, de acordo pesquisa “Inovação e o Ecossistema de Mídia”, não é quantidade e sim qualidade. “Sim, o conteúdo continua sendo uma base importante, mas não é suficiente e não ganha o jogo sozinho. É preciso que haja conveniência, imagem, comunicação e relevância no que se aborda. O consumidor não quer apenas saber o melhor filme para assistir, ele quer um lugar no celular onde ele possa clicar, receber um ingresso e ir para o cinema sem se preocupar com mais nada”, diz Paula.
Outro erro comum dos grupos é acreditar que o importante é aquilo que eles definirem em suas estratégias de Marketing. “Qualidade de conteúdo é muito questionável. Não é o que a empresa acha que é bom, é o que o consumidor percebe como relevante. Existem empresas como o Netflix ou o iTunes que são grandes plataformas e não produzem conteúdos. O case de sucesso é no sentido de serem agregadoras e organizadoras de acervos relevantes para os usuários”, completa a pesquisadora.
O último mito, sucesso nunca é demais, se torna, portanto, complemento do quarto mito. A falsa premissa indica que em um cenário onde as redes sociais têm aparecido cada vez mais e que o futuro da TV ainda é incerto, grupos que se tornaram grandes no passado não necessariamente continuarão da mesma forma em novos cenários onde a instabilidade comanda o futuro.
A inovação, nesse caso, pode vir de onde menos se espera. “Sempre que existe uma tecnologia que rompe e realmente muda as coisas, criam novos modelos de negócio ou novos mercados, geralmente são as menores empresas que lideram o processo de inovação. Grupos que não faziam parte daquele nicho, daquela cadeia de valor, mas abriram os olhos. As grandes empresas ainda continuam reticentes e esse cenário já ocorreu com a música, com a indústria editoral norte-americana e continuará acontecendo. A pergunta não tem que ser ‘por que mudar?’, mas sim ‘por que não mudar?’”, define Paula Chimanti.