quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Apresentação em 60 segundos


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“Ninguém quer sair no meio da frase”, foi o que disse Johnny Depp certa vez, em meio a outro texto, em outro contexto, mas essa frase é perfeitamente ajustável para o nosso mercado: afinal, você não quer ver seu possível investidor cochilando no meio da sua apresentação, certo?
Investidores, empresários ou avaliadores assistem ou recebem apresentações o tempo todo. Centenas deles. E eles decidem em apenas alguns minutos, principalmente por já terem passado o dia todo assistindo a diversas outras apresentações – ou mesmo que você seja a primeira pessoa da agenda a apresentar, ainda assim seu tempo será curto pois haverá uma fila após você.
Conquistar a atenção já é difícil, mantê-la é ainda mais e fazer com que sua apresentação se torne memorável, então, um verdadeiro desafio. E tudo isso é possível, dentro de 60 segundos – a abertura abaixo ajudou uma grande multinacional de saúde a receber um alto investimento e vencer um prêmio importante em sua área:
Você sabia que são aplicadas mais de 1,8 milhões de vacinas a cada ano?
Você sabia que metade dessas vacinas são aplicadas com agulhas reutilizadas?
Você sabia que isso contribui para espalhar as mesmas doenças que estão sendo combatidas?
Imagine se houvesse agulhas de uso único disponível por uma pequena fração do custo atual.
Você não precisa apenas imaginar, nós criamos essas agulhas.

Iniciando a apresentação desta maneira, o apresentador obteve a atenção da sua plateia e conseguiu manter os smartphones guardados por mais algum tempo. Veja como você pode fazer o mesmo:

1. Comece com três inesperados “você sabia?” pertinentes ao seu tema
Faça uma pesquisa detalhada do tema e introduza elementos surpreendentes para levar sua plateia a pensar “sério?”: quais são os dados mais recentes que você pode fazer referência e oferecer um novo insight sobre o tema que você está apresentando?

2. Utilize a palavra “imagine” para sua resposta inovadora, já apresentando o ponto principal que você quer mostrar
Começar a resposta com um “Imagine” traz o seu espectador para o que você quer falar na sequência. Agora, ele está imaginando o que você está dizendo, totalmente engajado no seu conteúdo, ao invés de ficar olhando o e-mail no smartphone. Condense a promessa do que você está propondo em uma única frase sucinta faz com que seu espectador pense “quem não iria querer isso?”

3. Feche com: “Você não tem que imaginar, nós criamos…”
Essa é a hora de mostrar que aquela ideia não é mera especulação. Que aquilo existe, é possível e que você é o único que pode entregá-la.
Para isso você pode mostrar um estudo de caso que demonstra a validade do que você fez, ou buscar um depoimento de um perito da indústria que mostra veracidade em suas alegações.

Agora, os espectadores estarão mais motivados e interessados em lhe dar atenção, porque você provou que o tempo deles não será perdido e valerá a pena investi-lo em você.

Como Implementar uma Pesquisa de Satisfação na sua Empresa

Em empresas, uma das ferramentas mais úteis para a obtenção de informações valiosas sobre sua clientela é, sem dúvidas, a pesquisa de satisfação. Afinal, ficar agindo baseando-se em palpites ou em conjecturas, não é uma postura muito útil dentro do mundo dos negócios.

A pesquisa de satisfação é fundamental para o setor de marketing e é através dela que a corporação:
·         Reconhece se o público-alvo de seu produto ou serviço está satisfeito com o que vem sendo oferecido;
·         Tem uma noção mais clara das opiniões frequentes sobre a imagem da marca;
·         Consegue feedback sobre produtos ou serviços;
·         Analisa formas de captar novos clientes, entre outros.

pesquisa de satisfacao com clientes
Esses resultados, absolutamente fundamentais para o crescimento de qualquer negócio, permitem, inclusive, que a empresa consiga por em prática um programa adequado de fidelização de clientela. Tal estratégia é de grande validade, sobretudo em um mercado competitivo como o atual.
Essa pesquisa de satisfação é feita, geralmente, por meio de um questionário ou formulário a ser respondido por seus clientes. Sua elaboração deve ser feita, com o objetivo de conseguir dados claros para análise, comparação e consolidação. Cada uma dessas etapas influenciam diretamente nas estratégias de mercado que serão adotadas pela empresa.

A seguir, algumas dicas para dar início ao seu próprio questionário de pesquisa de satisfação:
1.     Conhecimento sobre o público e mercado-alvo
Delimitação é a palavra-chave. Isso quer dizer que: é preciso restringir, em termos tanto geográficos quanto demográficos. A área de marketing tende a se concentrar no que se convenciona chamar de “melhores clientes”, ou seja, os mais habituais. Assim, é possível acompanhar onde a empresa tem acertado. Além disso, para perceber onde estão os pontos frágeis do negócio, deverão ser analisados os casos de clientes que apenas fizeram uma compra, que reclamaram, ou deixaram seus “carrinhos de compras” de lado, sem converter a venda;

2.     Métrica
Espécie de medidor de fidelidade e de satisfação da clientela. A mais usada é o Net Promoter Score, que utiliza uma escala de 11 tópicos, identificando todos os pontos positivos e negativos de forma simples e objetiva. Separa o consumidor em três conjuntos: passivos, detratores e promotores;

3.     Modelo para criação
Todo modelo é criado para servir como base à sua proposta. Então, esse tipo de apoio deve ser buscado apenas como “inspiração” para criar seus próprios itens, focando em sua proposta de negócio e necessidades. A internet reúne farto material para essa finalidade, o que é de grande auxílio para qualquer empreendedor. Em geral, há quatro blocos básicos em uma  pesquisa de satisfação benfeita:
·         Qualidade – percepção do consumidor em relação a seu negócio. Trata-se do momento de opinar sobre a experiência vivida pelo cliente, em sua aquisição;
·         Valor – julgamento, por parte do cliente, da relação custo-benefício das ofertas da empresa;
·         Expectativa – como o cliente avalia que a empresa atuou para corresponder às suas expectativas de consumo e atendimento;
·         Satisfação – verificar qual o nível de satisfação do cliente. É importante, nesta seção, destrinchar em várias categorias – como, por exemplo, design, embalagem, entrega, preço, qualidade, atendimento, entre outros -, para resultados ainda mais completos;

4.     Simplicidade e concisão
O quanto mais simples for seu questionário, maior é a probabilidade de que mais clientes o respondam por completo. Com uma linguagem simples, perguntas curtas, divididas de forma equilibrada, reduzirá, ao máximo, a possibilidade de clientes abandonarem a avaliação;

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5.     Dar retorno
De tempos em tempos, é imprescindível que a empresa manifeste como faz uso dos resultados dessas pesquisas, de modo a valorizar a participação dos clientes. Deve ainda manifestar quais serão suas ações para melhorar o atendimento.
Tudo isso servirá para fidelizar os clientes habituais e, além disso, criar uma espécie de propaganda positiva para a empresa. Certamente, um dos resultados desse processo será a atração de novas fatias de público, em geral, carente de bom atendimento.

Fonte:http://blog.luz.vc/marketing/como-implementar-uma-pesquisa-de-satisfacao-na-sua-empresa/?utm_source=LUZ.vc+%7C+Blog&utm_campaign=156a7bec0c-RSS_EMAIL_CAMPAIGN&utm_medium=email&utm_term=0_16cade68b1-156a7bec0c-295015693

Como fazer um plano de marketing digital para sua empresa

É certo que muita gente se pergunta como fazer um plano de marketing digital antes de qualquer outra ação de divulgação online, mas é verdade também que esse percentual ainda é muito pequeno quando se fala de divulgação de pequenas e médias empresas. A maioria delas se lança no marketing digital sem qualquer tipo de planejamento e os resultados são catastróficos.
O processo de elaboração de um plano de marketing digital é visto por muita gente como uma etapa tediosa e muito teórica e por isso é muitas vezes ignorado ou relegado a um segundo plano. Concordamos que a etapa operacional é bem mais instigante e desafiadora, mas sem um planejamento estratégico em marketing digital, você estará navegando as escuras.
Ao criar um plano de marketing digital você já estará com meio caminho andado em direção ao sucesso. Para lhe ajudar nisso, a equipe da Academia do Marketing elaborou um roteiro básico de pontos que você deve incluir no seu planejamento.

Dicas sobre como elaborar um plano de marketing digital

Se você quer saber como fazer um plano de marketing digital de sucesso, leia atentamente o pequeno roteiro que criamos e faça as anotações que julgar devidas para adaptá-lo às suas necessidades.

Defina muito bem seus objetivos

Uma recomendação fundamental para quem deseja saber como elaborar um plano de marketing digital: Antes de tudo, defina muito claramente seus objetivos. Ao traçar um objetivo você deve especificar claramente o que deseja com as suas ações de marketing digital para que seu planejamento seja bem focado.
Outro ponto de orientação importante são as metas a serem alcançadas, para que possamos definir as métricas e KPIs aplicáveis. Estabelecer prazos de execução também é essencial, já que devido
ao volume de trabalho envolvido em qualquer campanha de marketing digital, a questão do tempo pode facilmente fugir do controle.

Pesquise e conheça o seu público alvo

Uma das etapas mais críticas para quem vai criar um plano de marketing digital é a de pesquisa das características do público alvo. Atualmente temos diversas ferramentas na Internet para saber com exatidão qual é perfil de visitantes de um determinado site. Com base nesta análise podemos traçar o perfil de um determinado público e assim adequar a linguagem e o conteúdo a ser produzido.
Depois de definir seu público alvo, crie uma Persona, ou seja, um consumidor em potencial imaginário que possui todas as características do grupo que você deseja impactar. A personificação do seu público vai ajudá-lo bastante na hora de entender o comportamento do grupo, suas necessidades e anseios.

Defina os canais a serem utilizados

As opções para divulgação de uma marca na Internet são muitas e é preciso, logo no início do projeto, definir quais são os canais mais apropriados para cada tipo de campanha em função do público alvo que pretendemos atingir. A variedade de canais não implica na obrigação de usá-los todos.
Você até pode usar um leque amplo de canais no início da campanha, mas deve monitorá-los de perto para identificar aqueles que não estão gerando tráfego ou conversão relevante para o site e então descartá-los.

Capacitação da equipe

No marketing digital moderno não há mais espaço para amadorismo, por isso, um dos pontos que você deve colocar em seu plano de marketing digital é justamente o da capacitação técnica da equipe. Qualquer ferramenta de marketing online requer treinamento e técnica, por isso é essencial ter pessoal capacitado para sua utilização.
Alguns empresários se sentem tentados a entregar seu marketing digital ao “rapaz da contabilidade que saca de Internet”, e depois não entendem o porque do fracasso de suas campanhas. Saber como navegar na Internet é
uma coisa e saber como fazer um plano de marketing digital, implementá-lo com profissionalismo e monitorar de forma adequada seus resultados é outra coisa completamente diferente. Nisso, a Academia do Marketing pode lhe ajudar bastante com nossa grade de cursos e programa de formação em marketing digital.

Determine qual o conteúdo a ser veiculado

Essa é uma etapa das mais importantes de todo o processo. A comunicação parte do princípio da afinidade de interesses e por isso precisamos desenvolver um conteúdo que crie um ponto de contato entre a empresa e o público que queremos impactar.
O consumidor moderno está em busca de informações antes de comprar alguma coisa e essa informação precisa ter qualidade e ser facilmente encontrada. Antes de qualquer oferta, é necessário disponibilizar conteúdo informativo, como em blogs, por exemplo.

Elabore um cronograma de ações

Definir um cronograma de ações é fundamental para que possamos criar uma sinergia no marketing digital como forma de potencializar cada ação isolada. No marketing online moderno, existe uma correlação muito grande entre os diversos canais e explorar esse potencial de alavancagem é muito importante. Peças promocionais, marketing de conteúdo, redes sociais e tudo mais precisa estar alinhado em termos de veiculação.
O marketing digital atualmente é composto por uma sucessão de ações e por isso é preciso ter todos os passos muito bem definidos e cronometrados para que as diversas ações não acabem por se sobrepor e perder seu verdadeiro potencial. Se você quer saber como fazer um plano de marketing digital, um dos conceitos que deve ficar bem claro é que não existem ações isoladas.

Defina como será feito o monitoramento

Antes de pensar em como elaborar um plano de marketing digital, precisamos definir como essas ações online serão acompanhadas e verificadas em termos de resultados. Para isso é necessário definir quais as ferramentas de monitoramento, como o Google Analytics, por exemplo, serão utilizadas.
No caso de mídias sociais, é preciso também definir qual será a ferramenta utilizada para acompanhamento de menções e outras métricas específicas dessa categoria. O Google Analytics é uma ferramenta bem completa, mas não é o suficiente para acompanhamento de redes sociais.
Como você pode ver, a elaboração de um plano de marketing digital é trabalhosa e demorada, mas cada passo é importante para que os resultados surjam da forma desejada. O planejamento é a alma do negócio em qualquer empreendimento e no marketing digital não é diferente.
Agora que você já sabe como fazer um plano de marketing digital é hora de começar a elaborar o seu. Boa sorte e conte sempre conosco!
Com informações do Blog da Academia do Marketing

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Segmentação Digital: Behavioral Targeting e Remarketing

 

Postado por Sandra Turchi - 28/10/2013
                       
A publicidade na Internet é muito mais rica e eficiente do que apenas uma publicação de banners. Não basta obter cliques em massa ou atrair uma grande quantidade de visitantes para um site sem selecionar o seu público e praticar estratégias de bom relacionamento. A Internet é um meio que possibilita essa segmentação pois permite encontrar, se relacionar com inúmeros públicos e criar sites customizados com ofertas específicas para cada tipo de público (cliente e novos possíveis clientes), de acordo com o perfil ou histórico de compras.

Há duas formas de realizar essa segmentação na publicidade digital. A primeira é a mais básica de todas, que é a segmentação demográfica (sexo, idade e classe social) e/ou geográfica (estado e cidade), onde os veículos de mídia conseguem acessar o cadastro realizado pelo usuário, principalmente em áreas logadas, como o email, e apresentar um banner com base nessas informações. Nas demais áreas do site, não logadas, como páginas internas e home, são realizadas apenas a segmentação geográfica, com base no IP do usuário.

A segunda é a segmentação comportamental, que pode ser feita por Behavioral Targeting e Remarketing. O Behavioral Targeting se refere à segmentação baseada no comportamento de navegação do usuário nos sites, ou seja, os conteúdos acessados como entretenimento, esportes, notícias e viagens. Exemplo, um usuário que navega em conteúdos ou sites de esportes, será categorizado como interessado em “esportes” e, a partir daí, pode ser impactado por banners que ofereçam produtos relacionados com esse assunto, como a Netshoes.

Já o Remarketing, também conhecido como Retargeting, refere-se à segmentação comportamental baseada no comportamento de navegação dos usuários que visitaram seu site anteriormente, ou seja, essa segmentação permite atingir a pessoa certa, na hora certa e com a mensagem certa, de forma eficiente e em larga escala. Para isso, basta que os usuários sejam marcados com um "cookie", arquivo criado por um site quando o internauta o visita e, assim, controlar o histórico de visualização do consumidor. Com isso, o anunciante vai manter o registro, permitindo apresentar um banner para este consumidor quando ele acessar os sites que contenham uma mídia comprada por esta empresa.

Um exemplo de empresa, que faz esse tipo de ação, é a Netshoes - após uma visita em um produto do seu site, ao acessar páginas, mesmo que não relacionadas ao segmento esportivo, como, por exemplo, blogs de culinária ou mesmo o Facebook, será apresentado um banner da empresa com o mesmo produto visto pelo usuário nas diversas cores disponíveis. Ainda seria possível melhorar os resultados desta campanha ao identificar o usuário que já realizou a compra deste produto e oferecer produtos relacionados, realizando um cross-selling.

As principais vantagens do Remarketing é a assertividade com o público, o que significa uma segmentação mais precisa, já que a marca atinge os usuários que demonstraram interesse nos seus produtos ou serviços, permitindo uma alta frequência, que é a divulgação para o mesmo usuário por diversas vezes até a sua conversão, além de dar para sua campanha uma escala de percepção grande e gerar economia devido a sua efetividade. Afinal, em média, 98% dos visitantes navegam em sites de e-commerce sem converter.

O mais interessante é que a ação de Remarketing permite à marca orientar sua estratégia de comunicação com base no interesse do usuário, já que é possível alterar as peças de comunicação se baseando no conhecimento que a empresa obtém do usuário, como a identificação do produto que o usuário está interessado, seu estágio no carrinho de compra, se ele é cliente, ou possível cliente, para apresentar uma oferta customizada e, também, conceder desconto promocional para os consumidores que não finalizaram a compra, tornando a oferta mais agressiva, além de fazer com que seus clientes retornem e efetuem mais compras. Enfim, é uma estratégia importante, que dá trabalho, mas que, consequentemente, dá muito mais resultado.

* com Renata Benigna, profissional de Mídia Online e Offline no segmento de telecomunicações e é especialista em Marketing Digital. Pós-graduada em Administração em Marketing pela FAAP e Comunicação com o Mercado pela ESPM, atualmente é professora do curso de extensão em Comunicação e Marketing Digital da ESPM.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Quer entender o consumo? Estude a cultura!


 

Por que fogão no Brasil tem tampa? Você gosta de catchup na pizza? Qual a cor preferida das crianças? Entenda como fatores culturais influenciam decisões de consumo e por que toda marca precisa compreender isso

Marcos Hiller,


A Unilever, por exemplo, trabalha suas marcas de sorvete de maneira particular em cada país. Com as aquisições, o tradicional coração é absorvido, mas os nomes originais são mantidos
Só no Brasil fogão tem tampa. No sul do Brasil, uma parcela da população come pizza com maionese. No Rio de Janeiro, se tem o hábito de colocar catchup na pizza. Peça catchup numa pizzaria tradicional da cidade de São Paulo para você ver a olhada de repressão que o garçom te dará. Em algumas regiões do Nordeste se tem o costume de comer catchup no meio do feijão com arroz. Só no Brasil, alguns carros modelo SUV, como a EcoSport, por exemplo, possuem aquele pneu do step afixado na traseira do veículo à mostra para os demais motoristas da rua verem e, geralmente, envolvidos com capas estilizadas ou até personalizadas.
Só no Brasil máquina de lavar tem a abertura na parte superior e, geralmente com tampa de vidro, para a dona de casa brasileira poder ver a roupa revirando pra lá e pra cá, limpando e lavando. Há quem diga que uma parcela de pessoas que usam dentadura no estado de Mato Grosso do Sul tem o costume de colocar aparelho dentário na dentadura, justamente para que o fato de possuir aparelho tente negar a existência de uma prótese dentária. No Brasil, a cor do luto é o preto e no Japão a cor do luto é o branco (vi isso outro dia numa cena de funeral em um dos filmes do Bruce Lee).

Todos esses fatos, por mais esquisitos e até mesmo pitorescos que possam parecer, se dão fortemente por conta de um elemento chamado cultura. Estudar marketing, comunicação, branding e práticas do consumo em geral nos requer cada vez mais, na contemporaneidade, que compreendamos a cultura do consumidor. E o que é a cultura? Nada mais é do que esse acervo de conhecimentos que modela e modula boa parte das relações entre as pessoas. Cultura é aquele elemento central formado por uma mistura de questões sociais, econômicas, políticas de um determinado grupo.
É na cultura onde encontramos as respostas mais profundas para desafios e dilemas do processo de marketing hoje em dia. Ferramentas mercadológicas, teoremas de Paretto, cinco forças de Porter, teorias de estratégia competitiva, os exaustivos quatro “pês” de marketing, entre outros modelos são fundamentais para entender os processos de marketing e consumo em dia? Acho que sim. Mas quer compreender um pouco mais a fundo as verdadeiras motivações, desejos e comportamentos das pessoas? Vá estudar a cultura. Tire o snorkel e coloque o tubo de oxigênio. Mergulhe. E nada melhor do que se ancorar em outras áreas do conhecimento.

Vamos com outro exemplo! Recentemente um amigo que trabalha na área de pesquisa de mercado da Kibon/Unilever me disse que fizeram algumas seções de pesquisa, por meio da técnica de grupo focal (ou focus group, como habitualmente se fala no mercado), com grupos de crianças para se detectar novas cores de picolé que a Kibon deveria lançar no Brasil. E após as discussões com a criançada, quais foram as cores preferidas? Rosa? Laranja? Vermelho? Verde? Amarelo? Azul? Quem respondeu alguma dessas, errou. A cor favorita da molecada foi o preto. Sim, um picolé de cor preta. Absolutamente imprevisível e inusitado. E se lançarmos um picolé preto seria um tremendo sucesso? Eu não apostaria nisso. E justamente por isso que esse negócio chamado pesquisa é tão fascinante.

Mas por que o preto? Confesso que não sei a razão exata. Precisaria me aprofundar um pouco mais para encontrar respostas críveis. Mas acredito que a razão do porquê o preto foi a cor vencedora não esteja no marketing, mas sim na antropologia, na sociologia, na psicologia, na semiótica. No chamado Neuromarketing talvez? Eu acho que também não. Aliás, não quero soar como uma percepção leviana, mas eu acho que misturar Marketing com Medicina é forçar um pouco a barra. Pra mim, mergulhar nas ciências sociais e ler autores como Nestor Garcia Canclini, Jesus Martín Barbero, Gilles Lipovetsky, Gisela Castro, Rose de Melo Rocha e Maria Aparecida Baccega tem me dado respostas bastante lúcidas para todos esses dilemas e complexidades das relações entre pessoas e marcas. Aliás, estudar mais a fundo o porquê de o preto ter sido a cor favorita das crianças na pesquisa talvez nos traga evidências sobre por que a meninas piram hoje em dia nessas bonecas vestidas de vampiras e monstros. Isso particularmente me inquieta.

Muito de minha visão nesse despretensioso texto é fruto de um curso de mestrado que estou para concluir hoje na ESPM/SP na área de comunicação e práticas do consumo. Estudamos o consumo não como consumismo, não como uma mera relação de troca entre bens e valores monetários. Discutimos o consumo não à luz de teorias clássicas de comportamento do consumidor, como a de Abraham Maslow e tantos outros. Pensamos o consumo como uma apropriação social, sinérgica e simbólica. Consumir hoje em dia é estar na sociedade. Consumir é se inscrever em algo. Consumimos o tempo todo, desde um maço de cigarros que compramos na esquina até mesmo uma lata de Coca-Cola que seguramos na mão ou uma telenovela a que assistimos. Consumimos sempre. Negar o consumo é negar que vivemos em sociedade.

Ah, por que diabos só no Brasil fogão tem tampa? Oras, por conta de uma questão cultural. Mais que isso: para a dona de casa brasileira, e só para a brasileira, por mais que a cozinha não esteja com aquele brilho impecável, o ato sígnico de se abaixar uma tampa de fogão significa: “Pronto! Missão cumprida! Posso curtir minha novela e meu maridão”.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Inteligência competitiva: O que é e como colocar sua empresa na frente

 


              
inteligencia competitiva
Nos dias de hoje, a competitividade entre as empresas está mais acirrada do que nunca. Uma maneira de ter vantagem é possuir mais informações que o concorrente. Para isso, as empresas tem que ter um setor de inteligência competitiva. Com ela, essa informação se transforma em conhecimento e inovação.

Mas o que é inteligência competitiva?

Inteligência competitiva é uma maneira de juntar informações sobre a concorrência, clientes e comportamentos de mercado. Com essas informações colhidas pela inteligência competitiva, a empresa vai analisá-las e definir com maior precisão os objetivos a serem seguidos. A área é tão importante que as 500 maiores empresas dos Estados Unidos já possuem um departamento dedicado à inteligência competitiva.

Vantagens de realizar

Além de obter informações mais rapidamente, a inteligência competitiva ainda dá como vantagem:
  • Análise SWOT do mercado e da concorrência
  • Definição mais correta dos objetivos
  • Compreensão da dimensão da empresa nos concorrentes e no mercado
  • Aprendizado das práticas corretas e erradas do mercado
  • Diminuição das surpresas da concorrência
  • Percepção e “adivinhação” do que o cliente deseja

Como criar inteligência competitiva?

Para colocar sua empresa na frente da concorrência e criar, de forma mais eficiente, o processo de inteligência competitiva, conte com os serviços da Alizarine Intelligence. Basta entrar em contato conosco que começamos a juntar as informações essenciais para sua empresa.

Veja mais em:
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG80520-8373-10,00.html

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Como atingir o jovem na web?


Volume e dispersão de material geram maior liberdade de escolha e marcas precisam entender seu público para gerar conteúdo que seja realmente relevante

Por Lilian Calmon, do Mundo do Marketing | 22/10/2013

lilian@mundodomarketing.com.br

O uso dos canais digitais para as ações de Marketing já é algo comum para as empresas, mas ainda há certa dificuldade para atingir o jovem na web. A chegada da internet mudou a maneira como as pessoas consomem conteúdo e se relacionam com as marcas. Como não há mais a figura de alguém que, do alto, define o que será consumido, todo o volume de conteúdo que circula na web é muito diverso e disperso, gerando também maior liberdade de escolha. Com isso, o processo se torna mais democrático e demanda das companhias um conhecimento maior do seu público para conseguir atingir com precisão este consumidor.

Cerca de 17% da população das principais regiões metropolitanas são jovens, o que equivale a 12 milhões de brasileiros entre 17 e 25 anos. A internet é a principal fonte de entretenimento para 47% deles, enquanto que, na população total, o número é de 33%. Os dados são da pesquisa “O jovem digital brasileiro” desenvolvida pelo Ibope Media em parceria com o YouPix em 2012 e 2013.

A juventude hoje é multimídia e 60% utilizam mais de um meio por vez. Além da internet, seu consumo é maior para mídia extensiva, televisão paga e cinema. A simultaneidade de veículos coexiste com a tendência à convergência, já que eles acessam a internet pela televisão, por exemplo. Cerca de 76% dos jovens acessam a internet regularmente, sendo que 92% acessam às redes sociais e 67% veem ou baixam vídeo pela internet. Enquanto 94% possuem telefone celular, 22% têm smartphones. “Eles trabalham, são independentes, conectados, informados, buscam ter uma vida de descobertas e são bastante ambiciosos”, resume Juliana Sawaia, Gerente de Learning & Insights do Ibope Media.

Desintermediação
Antes o sistema vigente no relacionamento do anunciante com a agência e com o veículo e do produtor de conteúdo com a televisão era o modelo de atacado. Para chegar até o consumidor, o produto tinha que passar por dois ou três intermediários. Com o YouTube, o modelo passa a ser de varejo, permitindo que o conteúdo chegue direto ao consumidor final. “Isso muda a dinâmica do negócio sob todas as perspectivas. E essa desintermediação é definitiva e irreversível”, afirma Federico Goldenberg, Gerente de Parcerias Estratégicas do YouTube Brasil.

Tanto no Brasil como no exterior, existem casos de artistas que começaram divulgando seus vídeos em formato artesanal no YouTube e, a partir da aceitação do público, tornaram-se sucesso. Os cantores Luan Santana e Justin Bieber são exemplos disso. “No YouTube, chamamos esses jovens de ‘Geração C”, porque ela está conectada, cria, compartilha, faz curadoria e comenta são ações. No modelo tradicional, isso não existe”, compara Federico Goldenberg.

A identificação é hoje a palavra mais importante no mercado de entretenimento, já que o talento de alguém é capaz de chegar até a audiência sem ninguém, em termos, interferir nesse percurso. “Para todos os veículos, é um processo de reestruturação e vejo o intermediário apavorado, porque perdeu a importância. Seja uma gravadora, uma canal de televisão ou YouTube, é preciso achar um jeito de jogarem juntos e construírem algo que faça sentido”, avalia Mauro Bedaque, Gerente da Área Digital para América Latina da Red Bull.

Mais inteligência
Num cenário em que o jovem é conectado e multimídia, as marcas que produzem conteúdo digital precisam ser mais inteligentes e capazes de ouvir o seu público, para conseguir gerar material que os agrade. “Há 20 anos, a gravadora, do alto do seu pedestal, deslocava a atenção das pessoas para onde queria. Ela tinha todo um mecanismo de Marketing construído e fazia investimentos pesados, então, a certa altura, era quase como um efeito manada. O processo agora é muito mais democrático.”, diz Luiz Calainho, empresário com negócios em entretenimento, web, conteúdo, música e mídia.

Antes, a divisão de disciplinas era bem clara entre as agências, os veículos e as produtoras. Hoje, um único negócio é capaz de reunir os três, como o Porta dos Fundos, que estão indo muito bem do ponto de vista econômico. “O Porta dos Fundos é um veiculo de comunicação, porque distribui o próprio conteúdo. É uma agência de propaganda, já que é procurado por marcas interessadas em criar campanhas através dele. E é uma produtora, porque ele mesmo se produz”, enumera Luiz Calainho.

O público de sucessos como Porta dos fundos é a primeira geração “self-marketing” de jovens, porque tem um olhar especial para saber o que é genuinamente interessante, diz Tiago Warcman, Vice-Presidente de Conteúdo e Programação da MTV. Hoje, não se consegue mais cercar o usuário e definir o que ele vai assistir. “Ele verá o que quiser e aonde quiser, seja no YouTube, seja no Netflix. São muitas opções de escolha”, diz o Gerente de Parcerias Estratégicas do YouTube Brasil.
Tendência mobile
Se o jovem digital tem liberdade para assistir ao que deseja, ele também encontra hoje mais opções de gadgets para se conectar à internet. Embora apenas 22% deles tenham smartphones, é muito grande o potencial de crescimento para os próximos anos, diz Juliana Sawaia, Gerente de Learning & Insights do Ibope Media. Cerca de 30% deles possuem televisão digital e 4% contam com tablets.

O uso de aparelhos móveis como smartphones e tablets para acessar canais como o YouTube vem crescendo. Em 2011, a média global era de 7% dos views, no ano seguinte foi para 25% e, de acordo com dados recém divulgados pelo Google, chegou a 40% em 2013. “Esse valor deve ser menor em termos de Brasil, mas, mesmo assim, mostra uma tendência. O YouTube e as redes sociais criaram experiências legais para  o mobile e a televisão terá dificuldade para replicar isso”, diz Federico Goldenberg, Gerente de Parcerias Estratégicas do YouTube Brasil.

Os meios tradicionais também estão tendo que se adaptar ao jovem, que tem uma relação mais interativa com as marcas e quer fazer parte das suas histórias. “No início, fazíamos um programa de televisão e pensávamos o que colocaríamos na internet. Alguém falava ‘coloca umas cenas extras lá’ e isso já era o suficiente. Hoje em dia não é mais isso, hoje tudo tem que ser pensado junto”, comenta Tiago Warcman, Vice-Presidente de Conteúdo e Programação da MTV.
Veja ainda: 10 características sobre o perfil do jovem digital, a partir da pesquisa realizada pelo Ibope Media. Conteúdo exclusivo para assinantes + Mundo do Marketing. Acesse aqui.
Aproveite e leia também:  Perfil de consumo dos jovens de hoje. Conteúdo exclusivo para assinantes + Mundo do Marketing. Acesse aqui.